
O que é Matriz Ansoff? Veja como aplicar e exemplos práticos
redacao revista quero | 06/11/25Descubra como usar a matriz Ansoff para planejar o crescimento da sua empresa, entender riscos e escolher o quadrante certo.
Entenda como operar o modelo D2C no Brasil com estratégia, implementar canais diretos e crescer com sustentabilidade.
O modelo D2C (Direct-to-Consumer) vem ganhando força no Brasil como uma estratégia de negócios que une controle de margem, domínio de dados e experiência direta com o cliente.
Mais do que uma tendência, é uma mudança de mentalidade: vender sem intermediários exige planejamento financeiro, estrutura operacional e foco total na experiência.
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Ao contrário do que muitos acreditam, o D2C não é um atalho para vender mais rápido. É um compromisso com o cliente e com o P&L (lucros e perdas) da empresa. Requer clareza estratégica, disciplina de execução e visão de longo prazo.
Principais insights do texto:

A seguir, entenda melhor o que é D2C, como funciona o modelo e como utilizá-lo como diferencial competitivo.
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O D2C é o modelo de venda em que a marca comercializa seus produtos diretamente ao consumidor final, sem a intermediação de distribuidores, varejistas ou marketplaces.
Isso significa que a empresa controla o preço, o relacionamento, o canal e, principalmente, os dados do cliente.
Ao eliminar intermediários, a marca passa a capturar uma margem maior e a ter uma visão completa da jornada de compra. Em contrapartida, também assume responsabilidades adicionais: marketing, operação logística, atendimento e gestão financeira.
Em resumo:
O ambiente digital brasileiro é favorável à expansão do modelo. O comércio eletrônico segue em alta e o Pix se tornou o principal método de pagamento online, impulsionando conversão e recorrência.
Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o e-commerce brasileiro deve alcançar cerca de R$ 235 bilhões em faturamento em 2025. Já o Pix deve representar até 40% das compras online no mesmo período, com o Pix Automático fortalecendo o mercado de assinaturas e pagamentos recorrentes.
Além disso, o aumento do custo de mídia e a busca por dados próprios tornam o D2C uma alternativa estratégica para marcas que desejam depender menos de plataformas externas.
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No D2C, a marca se relaciona diretamente com o cliente, definindo preços, experiência e narrativa. Ganha controle sobre a margem e coleta dados valiosos para melhorar produtos e comunicação.
O custo de aquisição é maior no início, mas o aprendizado acumulado gera eficiência e fidelização ao longo do tempo.
No atacado, o foco está na distribuição em volume. A marca terceiriza parte da experiência, aceita margens menores e tem pouco acesso às informações sobre o cliente final.
É um modelo que funciona bem para expansão rápida, mas oferece menos capacidade de diferenciação e inovação.
Em resumo:
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Com o fim dos cookies de terceiros e o avanço da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), ter dados próprios se tornou um diferencial competitivo.
O D2C permite coletar informações diretamente do consumidor, desde que o processo seja transparente e o consentimento esteja bem estruturado.
Esses dados, chamados de first-party data, reduzem o custo de aquisição de clientes (CAC), aumentam a personalização e fortalecem a confiança do consumidor.
Boas práticas incluem:
Quando tratados com ética e governança, os dados se tornam o motor de crescimento do canal direto.
Antes de abrir o canal direto, a marca precisa avaliar sua prontidão operacional e financeira.
É necessário garantir que a experiência de compra seja confiável, que o produto tenha apelo e que a estrutura logística suporte a demanda.
Os três pilares básicos de prontidão são:
Se a marca ainda não domina esses fundamentos, o ideal é começar pequeno, com um produto herói e um funil de aprendizado bem definido.
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No D2C, a entrega é parte do produto. Cumprir prazos e comunicar status de forma precisa é essencial para a reputação da marca.
Diante dos altos custos logísticos no Brasil, mapear SLA por CEP, trabalhar com operadores logísticos terceirizados (3PLs) e adotar hubs regionais são formas de reduzir custos e manter eficiência.
Indicadores-chave como OTIF (On Time In Full) e NPS pós-entrega ajudam a medir a experiência e ajustar processos.
Modelos de assinatura funcionam bem quando simplificam a vida do cliente e reduzem atritos de pagamento.
Com o Pix Automático, o Brasil se tornou um dos países mais preparados para expansão de assinaturas em e-commerce.
O segredo está em oferecer conveniência: permitir pausas, upgrades e benefícios reais (como descontos e brindes). O foco deve ser reter clientes de forma previsível e acompanhar métricas como churn e LTV por coorte.
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A sustentabilidade do D2C depende de uma métrica central: contribuição por pedido. É ela que mostra se o canal é rentável ou não.
A fórmula é simples:
Contribuição = margem bruta – frete – taxas de pagamento – custos logísticos – atendimento.
Para complementar, acompanhe o payback do CAC (em quantos ciclos o cliente se paga) e o LTV (valor total gerado por cliente).
Um bom programa de D2C equilibra crescimento e rentabilidade, priorizando a qualidade da base sobre o volume de pedidos.
O D2C exige uma estratégia de marketing de longo prazo, menos dependente de anúncios e mais sustentada por conteúdo e comunidade.
O tripé de marketing do canal direto é:
Social commerce, influenciadores e SEO trabalham juntos quando há propósito, mensuração e consistência.
O D2C brasileiro já tem referências sólidas.
Esses casos mostram que o sucesso do D2C vem da combinação de produto diferenciado, narrativa consistente e disciplina operacional.

O omnichannel é a evolução natural do D2C. Enquanto o canal direto garante dados e margem, lojas físicas e marketplaces ampliam a capilaridade e a experiência do cliente.
A integração entre canais precisa seguir três princípios:
O futuro é híbrido: a força do canal direto somada à presença de múltiplos pontos de contato.
No D2C, o SEO é mais do que uma tática de visibilidade, é um pilar de sustentabilidade.
Assi, se posicionar pelas dores do cliente e otimizar páginas de produto com FAQs, comparativos e prova social gera tráfego constante e qualificado.
Conteúdo evergreen, atualizado com frequência, constrói autoridade de marca e reduz o custo de aquisição ao longo do tempo.
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Os principais vazamentos financeiros do D2C ocorrem em frete, taxas de pagamento, embalagem e mídia.
O antídoto é medir a contribuição por pedido e negociar constantemente com parceiros logísticos e financeiros.
Testes por CEP, embalagens modulares e controle de chargebacks ajudam a preservar margem e previsibilidade no P&L.
O caminho do D2C não começa com grandes investimentos, mas com disciplina.
Um plano de 90 dias ajuda a estruturar o canal passo a passo:
Dias 1 a 30:
Dias 31 a 60:
Dias 61 a 90:
O segredo é medir, aprender e ajustar rápido. D2C não é um projeto de vaidade, é um sistema vivo de melhoria contínua.
O D2C não é apenas uma alternativa de canal. É um modelo de operação que fortalece a marca, aproxima o cliente e cria aprendizado constante.
Empresas que dominam esse formato conseguem combinar inovação, eficiência e relacionamento de longo prazo.
Na Allevo, apoiamos empresas na estruturação de programas de canais diretos, unindo dados, governança e performance.
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