“Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil” foi o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021. A prova foi aplicada no primeiro dia do exame, juntamente com Linguagens e Ciências Humanas.
Segundo o professor e autor de Língua Portuguesa do sistema de ensino pH, Thiago Braga, essa proposta de redação está “dentro do padrão do Enem e o tema é tranquilo para os alunos”.
Textos de apoio do tema de redação do Enem 2021
Os participantes precisavam desenvolver um texto dissertativo-argumentativo de até 30 linhas sobre essa temática com base em quatro textos motivadores, veja quais foram:
O sonho de todo estudante é tirar nota 1000 na redação do Enem, mas como o resultado só é divulgado depois de uns meses, a Revista Quero quer te ajudar a diminuir a ansiedade.
Por isso, apresentamos aqui o modelo de redação do professor e autor do Sistema de Ensino pH, Thiago Braga. Assim, você pode perceber se sua redação atende os critérios avaliativos e se teve um bom desempenho nessa prova.
Confira a seguir um exemplo de redação nota 1000 sobre o tema de 2021, veja os repertórios utilizados e use como inspiração para praticar a escrita de suas próprias redações:Tema de redação Enem 2021: “Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil”
“Não era um cão. Não era um gato. Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem”. O poema de Manuel Bandeira retrata uma realidade tão precarizada e tão ausente da dignidade em que o indivíduo é coisificado. Essa desumanização, infelizmente presente em diversos aspectos da vida do brasileiro, o qual não tem seus direitos devidamente assegurados, atinge de forma ainda mais cruel parte da população que nem a sua cidadania tem garantida. Apesar de basilar para a construção de qualquer sociedade democrática, a ausência de registro civil mostra-se como um triste retrato de um Brasil de estreitas molduras, que invisibiliza e negligencia parte da sua população.
“Mais velho” e “mais novo” assim são chamados os filhos sem nome de Fabiano da obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos. A verossimilhança externa não é fruto do acaso, mas reflexo de uma persistente negligência por parte do Estado com populações já historicamente marginalizadas – como pessoas em situação de rua, quilombolas e ribeirinhos. Isso porque, embebidos de cordialidade e buscando a reeleição e a manutenção do poder, governantes direcionam sua atenção e investimentos para setores com maior visibilidade e retorno eleitoral. Dessa forma, brasileiros sem registro, aos quais os direitos são negados, são excluídos do olhar do Estado e, por consequência, de qualquer política pública, sendo fadados a uma vida seca e precária.
Além disso, a partir de um comportamento passivo e acostumado diante das desigualdades que assolam o país, a maioria dos cidadãos menospreza a invisibilidade de seus semelhantes. Isso ocorre devido à prevalência de um zeitgeist predominantemente individualista e pouco empático. Essa postura reflete o conceito de banalidade do mal, cunhado pela filósofa alemã Hannah Arendt, já que demonstra como a ampla falta de acesso da população à documentação básica, ainda que seja um obstáculo fundante para o exercício da cidadania democrática, não se mostra suficiente para romper com a inércia e descaso dos indivíduos diante do problema. Por conseguinte, essa anomia fica ainda mais obscurecida no corpo social, não suscitando visibilidade coletiva ou engajamento midiático.
A inoperância do Estado e a passividade populacional são, portanto, fatores que contribuem para esse perverso cenário de desumanização no qual milhares de brasileiros se encontram. Diante disso, cabe às ONGs alertarem a população sobre essa problemática através de campanhas de mobilização social, com uso de voluntários, para que tal pauta seja discutida pelo público e para que receba a devida atenção dos governantes. Além disso, fica a cargo das prefeituras a realização de mutirões de registro, por meio dos cartórios regionais, e a ampla divulgação em diversos meios comunicacionais, a fim de trazer a dignidade e garantir o acesso aos direitos presentes na Constituição aos brasileiros invisibilizados. Assim, será possível promover uma maior humanização dos cidadãos, construindo um país capaz de incluir aqueles que jamais estiveram no retrato.
A redação equivale a 20% da nota final do exame, por isso é um motivo de preocupação para muitos estudantes. Ela é avaliada de acordo com os seguintes critérios:
Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa;
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa;
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista;
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação;
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Se você está estudando para o Enem, saiba que a redação deve ser uma de suas prioridades, já que a nota da redação equivale a 20% da prova.
Por isso, é importante saber tudo sobre a estrutura da texto, os critérios avaliativos e as estratégias para garantir a nota mil. Quer saber mais? Confira o artigo: Redação do Enem: tudo o que você precisa saber
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