Quantas questões precisa acertar no Enem para ir bem?
Antes de tudo, é necessário explicar que o conceito de “ir bem” é muito individual e varia dependendo do curso e da faculdade que o candidato escolhe. Por exemplo, tirando a mesma nota, o candidato pode passar ou não passar na faculdade dependendo do curso que escolher.
Segundo o diretor Fabrício, embora seja possível saber a nota exata da prova somente com o TRI, enquanto o resultado não é divulgado o estudante pode especular a sua nota de acordo com o número de questões corretas, baseado em notas de corte dos semestres anteriores.
“É importante pro aluno ter uma noção do número de acertos que ele fez. Por exemplo, um aluno que vai concorrer a um curso de média concorrência, é importante que ele tenha feito acima de 100 questões. Já o aluno que quer um curso de alta concorrência, é importantíssimo que ele tenha feito uma pontuação acima de 140 questões“.
Segundo o diretor, existem variados cursos nas mais variadas universidades ofertando cursos pelos programas do governo, então a nota para “ir bem” varia de acordo também o curso, faculdade e até programa do governo escolhido.
“De uma forma geral, o aluno que vai concorrer às vagas dos principais cursos, precisa estar com a média aritmética acima dos 700 pontos. Por exemplo, o aluno que quer Direito com cerca de 740 pontos, o aluno que quer as áreas de Engenharia e Arquitetura, 710 para cima“, explica.
Já um aluno que deseja ser aprovado em um curso tão concorrido como Medicina nas principais universidades do país, por exemplo, precisa ter obtido de 800 pontos para cima na média das cinco áreas, para ter uma garantia de aprovação.
O diretor reforça ainda que, devido ao grande leque de opções no Sisu, por exemplo, existem vários casos de cursos com menor concorrência, que a partir de 660 pontos é possível ingressar na universidade.
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Como funciona o cálculo da nota do Enem?
O diretor explica que o cálculo da nota do Enem leva em consideração a linha de respostas do aluno, chamada de Teoria de Resposta ao Item (TRI). Dessa forma, por exemplo, não é porque o participante acertou 9 de 10 questões que irá tirar 9.
No Enem, devido à TRI, existem questões de níveis fáceis, médias e difíceis e a nota do aluno vai depender se ele teve uma linha de resposta coerente com o nível de dificuldade também.
“Imagine que você tem três questões. Uma fácil, uma média e uma difícil. O aluno que acerta a questão fácil e a média e erra a difícil vai ter uma pontuação de TRI provavelmente maior do que aquele aluno que acertou a questão média e difícil, mas errou a questão fácil. O TRI entende que, se eu acerto uma questão média e difícil, porque eu errei a fácil? Teoricamente, eu teria que ter esse conhecimento para acertar as outras”, explica.
Portanto, segundo o diretor, o TRI é um sistema que leva em consideração a coerência das respostas e prejudica aqueles que tentam “chutar” para acertar as questões, exatamente para fazer uma análise do conhecimento do aluno que faz o exame.