Entretanto, em comparação, isso não necessariamente significa que uma prova de questões objetivas seja muito fácil porque, independente do formato da prova, o aluno que deseja fazer uma boa pontuação deve se dedicar para aprender os conteúdos e assim saber qual a resposta certa dentro das alternativas apresentadas.
De acordo com o coordenador, nas questões dissertativas, o principal é se “ater ao comando da questão, ao enunciado”, ou seja, entender qual pergunta está sendo feita para encontrar a melhor forma de responder. Além disso, na hora de responder, é importante saber equilibrar o tamanho da resposta.
“A gente tende a querer mostrar conhecimento, então na dissertativa o que você precisa buscar é o equilíbrio em escrever, ser sintético o suficiente pra que você seja compreendido e ser analítico o suficiente para também se fazer compreendido. A resposta não deve ser nem tão pequena, nem tão grande, deve ser exatamente o que se pede na medida do exercício“, explica.
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Como estudar para uma prova dissertativa?
O coordenador ainda ressalta algumas dicas na hora de estudar especificamente para provas dissertativas, confira abaixo:
- Refaça questões dos vestibulares anteriores: uma ótima forma de treinar para esse tipo de prova é responder as questões de edições anteriores do vestibular desejado. É indicado, por exemplo, refazer provas mesmo já sabendo a resposta do gabarito. Dessa forma o estudante estará “aprendendo a responder”, treinando a sua organização de pensamento e construção de respostas.
“Quando é dissertativa, a gente tem que treinar a resposta, às vezes a resposta está dentro da gente, mas não conseguimos escrever. Então, diferente da objetiva, que é você deixar sair o conhecimento que você tem, na dissertativa você deve organizar e construir a resposta diante de uma situação que lhe é apresentada”, afirma.
- Peça para amigos e/ou professores lerem sua resposta: essa é uma forma eficiente de descobrir se a sua resposta está bem elaborada e entendível, não só para você, mas para qualquer um que leia. Caso a resposta não esteja clara para um amigo, por exemplo, dificilmente ela estará bem elaborada para um corretor de vestibular.
“O ideal é que você tenha uns 2 ou 3 amigos de confiança e você apresente a resolução para ver se eles entendem. Quando todo mundo que leu, compreendeu a sua resposta, essa é a chamada resposta perfeita”.
- Compare a sua resolução com outras: ao fazer um simulado ou refazer a 2ª fase de um vestibular, é importante comparar as suas respostas com a de outras pessoas, não somente com o gabarito oficial. Neste ponto, montar um grupo com pessoas que desejam prestar o mesmo vestibular e depois comparar as respostas para ver qual se aproxima mais do gabarito é uma ótima estratégia.
“Muitos estudantes só comparam suas respostas com aquelas que vem dos vestibulares, que estão tão completas e tão distantes da sua realidade, que eles pensam que jamais conseguiriam fazer uma resposta desse jeito”. Segundo o coordenador, é preciso enxergar os “micro níveis de melhora”, ou seja, aprimorar a sua resposta a partir do exemplo de outras que estejam mais completas e só então comparar com as resoluções oficiais e perfeitas.
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Como estudar para uma prova objetiva como o Enem?
O Enem é uma avaliação longa e conteudista, composta totalmente por questões objetivas e uma redação, o que exige bastante atenção dos estudantes. Segundo o coordenador, a melhor forma de se preparar para uma prova como o Enem é entender o jeito que a prova é elaborada e treinar a partir de questões de provas anteriores. Outras dicas são:
Estudar apenas os conteúdos que realmente caem na prova: existem conteúdos que nunca caíram no Enem e outros que sempre estão presentes, então não adianta querer estudar tudo. Saiba quais conteúdos serão cobrados e foque neles.
Verificar qual conteúdo você erra com frequência: se você está com dificuldade em algum componente, como matemática, por exemplo, na hora de estudar é indicado separar um tempo específico para treinar apenas questões desta matéria e tentar tirar todas as dúvidas.
Encontre semelhanças nas provas: na hora de estudar, uma boa estratégia pode ser analisar as provas de anos anteriores para encontrar quais conteúdos caíram várias vezes e assim direcionar melhor seus estudos.
Começar pela matéria mais fácil pra você: na hora de fazer a prova, iniciar pelas matérias com as quais você tem mais afinidade pode ser bom para já garantir os acertos, pelo menos das questões consideradas fáceis e médias. O coordenador explica:
“Ainda que você tenha o mesmo número de acertos que o outro concorrente, se você errar as fáceis, sua nota vai ser menor. Então deixe as difíceis por último e faça primeiro as mais fáceis para garantir”.
Ler com atenção o enunciado: muitas pessoas não leem o que o enunciado da questão realmente está perguntando e erram a questão “por bobeira”. Por isso, para encontrar a alternativa correta, é muito importante se atentar ao que está sendo questionado.
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Fuvest, Unicamp e Unesp: como estudar para cada vestibular?
Todos estes três vestibulares possuem os dois formatos de prova: a primeira fase é feita com questões objetivas e, para aqueles aprovados, a segunda fase é realizada totalmente de forma dissertativa. Assim, apesar de terem semelhanças, são três vestibulares distintos que possuem suas particularidades, principalmente na hora de estudar.
Segundo Teo Sidarta, entre os três, a Fuvest é considerada a prova mais difícil por ser a mais abrangente, englobando praticamente todos os conteúdos do ensino médio, o que exige bastante conhecimento do candidato. Além disso, o vestibular da USP é caracterizado por um grau de complexidade das questões objetivas mais elevado, o que faz com que muitos não consigam terminar a prova a tempo.
Diante desses pontos, duas estratégias que valem tanto para a prova objetiva (1ª fase) quanto para a dissertativa (2ª fase) se destacam: identificar quais questões farão você perder muito tempo e deixá-las para o final, além de cronometrar qual o tempo necessário para fazer uma questão, o que pode variar dependendo da matéria.
“Muitos não conseguem nem terminar a prova da Fuvest e resolver todas as questões, então é importante traçar estratégias para administrar melhor o tempo, saber em qual matéria você está perdendo tempo e se vale a pena investir um tempo maior nela”, ressalta.
No caso do vestibular da Unesp, o coordenador relata que ele é parecido com a Fuvest no quesito abrangência de assuntos, mas possui um nível menor de profundidade. É uma prova caracterizada por ter conteúdos específicos de filosofia, sociologia e geografia, por exemplo.
“As sugestões que valem pra Fuvest valem pra Unesp, mas é preciso se atentar aos conteúdos programados. Se você for estudar especificamente pra Unesp, tem alguns conteúdos que só caem nesse vestibular”, pontua o coordenador.
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Já o vestibular da Unicamp é conhecido por cobrar os conteúdos de uma forma mais geral e menos específica, além de possuir uma grande quantidade de questões que exigem interpretação de texto e conhecimento de atualidades. Assim, além de se manter atualizado sobre as principais notícias diariamente, uma outra dica é ter atenção e foco na hora de ler e interpretar a prova, principalmente nas questões objetivas:
“Apesar de ter 4 alternativas para assinalar, isso não é necessariamente mais fácil, porque elas podem te deixar em dúvida. Por isso, na hora de ler o enunciado, é importante procurar o comando da questão, qual é a pergunta, porque a tendência é a gente ler o contexto e se perder nas alternativas”, reitera.
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