Ou seja, são estruturas celulares responsáveis pela síntese de proteínas e estão presentes tanto em células procarióticas quanto eucarióticas.
Em procariotos, os ribossomos são encontrados livres no citoplasma. Já em eucariotos, além de serem encontrados livres no citoplasma, podem também ser encontrados associados ao Retículo Endoplasmático, formando grânulos em sua superfície. Isso é o que caracteriza a organela como Retículo Endoplasmático Rugoso ou Granular.
O local em que o ribossomo se encontra auxilia na identificação dos tipos de proteínas formadas por eles:
Os ribossomos também estão presentes em organelas que possuem capacidade de autorreplicação, como as Mitocôndrias e os Cloroplastos.
Como essas organelas sintetizam proteínas a partir do seu próprio material genético, que é independente do material genético encontrado no núcleo celular, elas possuem seus próprios ribossomos e suas próprias ferramentas de síntese protéica.
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Os ribossomos são considerados organelas não-membranosas e existem abundantemente, na ordem de milhões, nas células eucarióticas - com exceção dos espermatozoides, que não possuem ribossomos.
São constituídos de proteínas (mais de 50 tipos diferentes) e moléculas de RNA. Essas moléculas são chamadas de RNAs ribossômicos (RNAR) e sintetizadas na região do núcleo celular conhecida como nucléolo.
Também são compostos por duas subunidades de tamanhos diferentes, cada uma contendo um RNA ribossômico ligado às proteínas que constituem a organela.
Cada subunidade, quando formada, sai do núcleo celular, rumo ao citoplasma, e se liga a outra subunidade apenas durante a síntese protéica. Uma vez finalizada a produção de proteínas, as duas subunidades de dissociam, estando aptas para a síntese de uma nova proteína.
No ano 2000, foi determinada a estrutura tridimensional completa do ribossomo, confirmando evidências anteriores de que são os RNARs, e não as proteínas, os grandes responsáveis pela sua estrutura geral e, consequentemente, sua função.
O ribossomo, após a determinação da sua estrutura, tem seu peso dividido em dois terços por RNAR e um terço por proteínas.
Por ter essa grande porção de RNA desempenhando função catalítica na produção de proteínas, o ribossomo é também considerado uma ribozima - “ribo”, de ribonucléico (constituinte do RNA), e “zima”, de enzima (proteína que possui função catalítica em uma reação que, no caso dos ribossomos, catalisa a síntese de proteínas).
Na subunidade menor do ribossomo está a região onde os RNAs transportadores (RNAT) se pareiam aos códons do RNA mensageiro (RNAm). Na subunidade maior, ocorrem as ligações peptídicas entre os aminoácidos que foram trazidos pelos RNATs, formando a proteína que é uma cadeia polipeptídica.
Com isso, sabe-se que um ribossomo contém quatro sítios de ligações de RNA: três para ao acoplamento de RNATs carregando aminoácidos, chamados de sítio A, P e E, e um para o RNAm.
Também se sabe que, para otimizar ainda mais o processo de síntese de proteínas, vários ribossomos podem se ligar a um mesmo RNAm. Isso faz com que a proteína seja sintetizada em um tempo muito mais curto.
Esse grande complexo citoplasmático, composto por vários ribossomos separados sobre uma única molécula de RNAm, é chamado de polirribossomos ou polissomos. Para mais detalhes, leia o processo de síntese protéica.
Portanto, a função dos ribossomos é a de reunir e ligar os aminoácidos que irão constituir as proteínas - intracelulares ou não - usando como molde as informações contidas no RNA mensageiro (RNAm). As informações são traduzidas em uma longa sequência de aminoácidos trazidos pelo RNAT.
Os polissomos são formados basicamente por uma molécula de RNAm (RNA mensageiro), associada a um determinado número de ribossomos. Nas células eucarióticas, os polissomos podem ser encontrados livres no citoplasma ou ligados à membrana do retículo endoplasmático.
Quantos tipos de proteína, em um polissomo livre formado com oito ribossomos, serão sintetizados nos eucariotos?