A Guerra de Trincheiras foi um tipo de combate terrestre em que as tropas guerreavam de suas respectivas trincheiras. As trincheiras eram longas escavações feitas no chão que serviam de abrigo para as tropas e possuíam proteções feitas com obstáculos, como arame farpado e minas terrestres. A proteção também era reforçada com paredes feitas de sacos de areia tanto à frente quanto atrás das trincheiras.
As escavações eram profundas o suficiente para que os combatentes pudessem ficar em pé e totalmente protegidos, ou seja, possuíam aproximadamente dois metros de profundidade. Dessa maneira, as observações eram feitas por meio de equipamentos, pois sair da proteção das trincheiras provavelmente seria fatal. Além disso, as trincheiras eram estreitas e muito longas. Entretanto, as dimensões podiam variar de acordo com as necessidades e os recursos disponíveis para a tropa.
Entre duas linhas de trincheiras inimigas havia terras denominadas terras de ninguém. Elas recebiam esse nome porque nenhuma das tropas combatentes dominavam essa área. Essa região era a mais vulnerável a ataques inimigos.
Apesar de servirem de abrigo para os combatentes, as trincheiras eram lugares extremamente insalubres. Havia inundações, animais (como ratos e baratas), epidemias, falta de alimentos, falta de água potável e cadáveres que apodreciam nas trincheiras devido à dificuldade de retirá-los. Por conta das inundações, as trincheiras precisavam ser revestidas por madeiras, para que a terra não cedesse. Além de trazer doenças e condições péssimas para os combatentes, as inundações também estragavam os armamentos e as munições que ali ficavam.
O uso das trincheiras se dava tanto para o ataque quanto para a defesa. O combate não ocorria a todo momento durante a Guerra de Trincheiras, isto é, em diversos momentos os combatentes não estavam em conflito, mas sim observando. Dessa maneira, a Guerra de Trincheiras é característica por ser estática. Esse fator foi responsável pela longa duração dessa fase da Grande Guerra. O avanço da infantaria era lento, pois nenhum esquadrão possuía meios de avançar rapidamente o território inimigo.
Quando havia conflito, os ataques eram feitos por meio de canhões e aviões. Além dessas técnicas, o lançamento de gases tóxicos (como o gás de mostarda e o gás de cloro), a fim de forçar os combatentes a saírem das trincheiras, também era um dos ataques empregados.