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1ª fase do modernismo no Brasil: contexto, autores e influência na literatura

Literatura - Manual do Enem
Última atualização: 2/7/2025

Introdução

A 1ª fase do modernismo no Brasil representa um marco fundamental na história da literatura e cultura do país. 

Iniciada com a Semana de Arte Moderna em 1922, esse movimento promoveu uma profunda ruptura estética, rompendo com as tradições acadêmicas e valorizando a expressão da identidade nacional. 

Para os estudantes que se preparam para o Enem, entender esse momento é essencial para compreender a renovação cultural que moldou a literatura modernista brasileira, conectando o Brasil às vanguardas artísticas internacionais e refletindo o espírito da modernidade.

Cartaz da Semana de Arte Moderna de 1922 com ilustrações de artistas modernistas, representando o marco inicial do modernismo no Brasil.

Índice

Contexto histórico e cultural da 1ª fase do modernismo no Brasil

O surgimento da 1ª fase do modernismo no Brasil está intimamente ligado a um contexto histórico e cultural marcado por intensas transformações. 

Internacionalmente, as vanguardas artísticas europeias, como o futurismo, o cubismo e o expressionismo, revolucionavam as artes ao romperem com as formas tradicionais. 

No Brasil, o movimento modernista ganhou força a partir da busca por uma identidade cultural genuinamente nacional, distante da influência europeia rígida e do academicismo.

A Semana de Arte Moderna, realizada no Teatro Municipal de São Paulo em 1922, simbolizou essa ruptura estética ao reunir artistas, escritores e intelectuais dispostos a experimentar novas formas de expressão. 

O evento apresentou obras que celebravam o nacionalismo, incorporando elementos da cultura popular, da linguagem coloquial e da diversidade regional. Esse encontro inaugurou um momento de renovação cultural e impulsionou a modernidade nas artes brasileiras.

O que foi a 1ª fase do modernismo no Brasil?

A 1ª fase do modernismo no Brasil, que abrange o período entre 1922 e 1930, foi um movimento artístico e literário que buscou romper com os padrões tradicionais e acadêmicos vigentes até então. 

Essa fase destacou-se pela valorização do nacionalismo, ao explorar temas e elementos culturais brasileiros, e pela adoção de uma linguagem mais próxima do cotidiano.

O objetivo principal da primeira geração modernista foi justamente provocar uma ruptura artística que possibilitasse a expressão de uma identidade brasileira autêntica, distante dos modelos europeus convencionais. 

Esse processo teve seu marco inicial na Semana de Arte Moderna, que impulsionou a literatura modernista e abriu caminho para a renovação estética e cultural do país.

Principais autores e obras da 1ª fase do modernismo

A 1ª fase do modernismo no Brasil (1922–1930), também conhecida como fase heroica ou destruidora, foi marcada pela ruptura com os padrões estéticos tradicionais, valorização da identidade nacional e liberdade formal. Três nomes centrais se destacam:

Mário de Andrade

Obra de destaque: Pauliceia Desvairada (1922)

Contribuições:

  • Um dos organizadores da Semana de Arte Moderna.

  • Buscou retratar a alma brasileira por meio da arte e da linguagem coloquial.

  • Em obras como Macunaíma (1928), misturou lendas indígenas, cultura popular e crítica social.

  • Defendia a construção de uma cultura autenticamente nacional, livre da cópia de modelos europeus.

Oswald de Andrade

Obra de destaque: Manifesto Antropófago (1928)

Contribuições:

  • Figura polêmica e provocadora, propôs a “antropofagia cultural” como método de independência cultural — ou seja, devorar o estrangeiro para criar algo novo e brasileiro.

  • Pau-Brasil (1925) também marcou a fase, com versos livres, humor e crítica.

  • Foi essencial para o desenvolvimento da poesia de vanguarda e da literatura experimental no país.

Manuel Bandeira

Obra de destaque: Libertinagem (1930)

Contribuições:

  • Apesar de não ter participado da Semana de 1922, foi um dos primeiros a aderir ao espírito modernista.

  • Suas poesias tratam de temas cotidianos, doenças, morte, infância e amor, com lirismo, ironia e linguagem acessível.

  • Introduziu a ideia de “poesia do vivido”, próxima do leitor, mas cheia de profundidade emocional.

Esses autores foram fundamentais para consolidar uma nova linguagem literária, mais livre, experimental e conectada com o Brasil real, popular e multicultural. 

Com eles, a literatura brasileira rompeu com o academicismo e se abriu para o novo, o ousado e o genuinamente nacional.

Pintura com rostos de pessoas de diferentes origens diante de um prédio moderno, simbolizando a diversidade e as influências sociais do modernismo no Brasil.

Influências da 1ª fase do modernismo na literatura nacional

As influências da 1ª fase do modernismo são perceptíveis na literatura brasileira posterior, especialmente na valorização do regionalismo e no uso da linguagem coloquial. 

A ruptura estética promovida por essa fase estimulou a liberdade criativa, permitindo que escritores explorassem temas ligados à cultura popular, à diversidade social e à realidade brasileira.

Além disso, essa fase contribuiu para a consolidação do nacionalismo literário, que passou a buscar nas raízes culturais do Brasil uma fonte autêntica de inspiração.

 Essa renovação cultural fomentou a criação de obras que dialogavam com a modernidade, mas mantinham um forte compromisso com a identidade nacional.

Como a 1ª fase do modernismo quebrou paradigmas literários

A 1ª fase do modernismo foi responsável por quebrar paradigmas literários ao abandonar a rigidez do formalismo acadêmico. A linguagem coloquial ganhou espaço, aproximando a literatura do cotidiano das pessoas. 

Essa ruptura artística permitiu aos autores expressar uma identidade nacional verdadeira, que refletia a diversidade cultural do Brasil.

Essa busca pela modernidade não foi apenas uma questão estética, mas também ideológica, pois procurava afirmar a cultura brasileira frente às influências estrangeiras e consolidar uma nova forma de pensar a arte e a literatura.

A Semana de Arte Moderna e seu papel na 1ª fase

A Semana de Arte Moderna, realizada em fevereiro de 1922, foi o ponto de partida do modernismo no Brasil. O evento reuniu artistas, escritores e músicos que defendiam as vanguardas artísticas e uma renovação cultural profunda. 

Com exposições, leituras de poesias e palestras, a Semana provocou uma verdadeira revolução estética, inaugurando a 1ª fase do modernismo e influenciando a literatura e outras manifestações culturais brasileiras.

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