A Divisão Social do Trabalho é um conceito que se refere à maneira como as tarefas e funções são distribuídas entre os indivíduos em uma sociedade. Ela envolve a especialização de trabalhadores em diferentes atividades, muitas vezes resultando em interdependência econômica e social.
As perspectivas de Karl Marx e Max Weber sobre a divisão social do trabalho são distintas, mas ambas têm influência significativa nas teorias sociológicas. Existem ainda outras perspectivas, como a de Adam Smith.
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A divisão social do trabalho está relacionada à maneira pela qual as tarefas são organizadas e divididas no ambiente de trabalho, com a intenção de delimitar as funções realizadas, dinamizar o processo de produção como um todo e, consequentemente, garantir que o sistema de produção funcione de forma rápida e eficiente.
De forma geral, a divisão do trabalho delimita e define a maneira pela qual os indivíduos, dentro de uma sociedade, se organizam com a finalidade de produzir um objeto, produto ou mercadoria.
A divisão social do trabalho é uma característica fundamental das sociedades complexas e pode ser caracterizada por várias características, incluindo:
Especialização: a divisão social do trabalho envolve a especialização das tarefas e das funções econômicas entre os indivíduos. Isso permite que as pessoas desenvolvam habilidades específicas e aumentem sua eficiência em realizar tarefas específicas.
Interdependência: a divisão social do trabalho cria interdependência entre as pessoas, onde cada indivíduo depende dos outros para a realização de tarefas e funções complementares.
Desigualdade: a divisão social do trabalho também pode levar a desigualdades sociais e econômicas, pois algumas tarefas e ocupações são remuneradas mais do que outras.
Classificação: a divisão social do trabalho envolve a classificação das tarefas e ocupações de acordo com critérios como gênero, classe social, habilidades e treinamento.
Dinamicidade: a divisão social do trabalho é dinâmica e pode mudar ao longo do tempo em resposta a mudanças econômicas, políticas e sociais.
Efeitos sociais: a divisão social do trabalho pode ter efeitos significativos sobre a sociedade, incluindo desigualdade, discriminação, exploração e distribuição desigual do poder e da influência.
A divisão social do trabalho é um conceito utilizado na sociologia e na economia que se refere à separação das tarefas e das funções econômicas entre os indivíduos dentro de uma sociedade.
Esta divisão pode ser baseada em vários critérios, incluindo gênero, idade, classe social, educação, habilidades, entre outros.
Algumas das principais formas de divisão social do trabalho incluem:
Por gênero: a separação dos trabalhos considerados femininos e masculinos, onde algumas tarefas e ocupações são tradicionalmente associadas aos homens e outras a mulheres.
Por classe social: a separação dos trabalhos de acordo com o status econômico e social das pessoas, onde aqueles com maiores rendimentos tendem a desempenhar trabalhos mais remunerados e prestigiados.
Por habilidades e treinamento: a separação dos trabalhos de acordo com as habilidades e o treinamento das pessoas, onde aqueles com maior formação e especialização tendem a desempenhar trabalhos mais complexos e remunerados.
Por geografia: a separação dos trabalhos de acordo com a localização geográfica, onde as tarefas e ocupações variam de acordo com a região.
A divisão social do trabalho é influenciada por fatores culturais, econômicos e políticos e pode mudar ao longo do tempo. Ela também pode ter efeitos sobre a desigualdade econômica, a discriminação e a exploração, bem como sobre a divisão do poder e da influência dentro da sociedade.
A especialização da função, principalmente, quando trata-se da estrutura capitalista de produção, transforma o trabalhador em exímio conhecedor de apenas uma parte da produção - a parte na qual ele trabalha, sem, muitas vezes conhecer o processo de produção por completo.
A repetição da tarefa torna o trabalhador mais ágil na realização dos movimentos. Por conta disso, o trabalho na linha de produção torna-se mais rápido.
A divisão do trabalho, portanto, aumenta a produtividade por conta da redução de tempo que os trabalhadores levam para produzir a mercadoria final. Em contrapartida, na maior parte das vezes, o trabalhador não conhece integralmente o sistema de produção, já que torna-se especialista em apenas uma parte dele.
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O sociólogo francês Émile Durkheim pensa a divisão do trabalho a partir da interação social, que por sua vez, está inserida em uma organização maior: a sociedade.
Em sua tese de doutorado “Da divisão social do trabalho”, publicada em 1893, Durkheim analisa os fatores responsáveis pela unidade, estabilidade e continuidade das relações sociais no decorrer do tempo.
Na mesma obra, Durkheim afirma que a sociedade só existe e consegue se manter graças a um grau de consenso entre seus membros. Tal consenso social se distingue em dois tipos de solidariedade:
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Para o alemão Karl Marx, as relações sociais são determinadas a partir do trabalho, das relações de produção e das mercadorias produzidas, desde as sociedades tribais até as sociedades capitalistas.
Para Marx, a divisão do trabalho só efetivou-se no momento da separação entre trabalho manual e trabalho intelectual. A divisão entre os tipos de trabalho aconteceu a partir da segmentação do trabalho na indústria e nas sociedades capitalistas.
No trabalho intelectual, os trabalhadores técnico-científicos são os responsáveis pela organização do sistema de produção e pela submissão dos operários ao sistema de produção capitalista. A divisão entre proletários e donos dos meios de produção é base para as explicações sobre desigualdade social.
Os operários, por sua vez, dedicam-se ao trabalho manual, numa relação de troca desigual com o dono da propriedade e com os trabalhadores técnico-científicos. A condição de trabalho dos proletários faz com que eles percam a noção completa do trabalho que realizam e passam a viver momentos de alienação.
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Max Weber analisa o trabalho a partir da ótica religiosa, estabelecendo divisões e diferenças entre o trabalho dos católicos e protestantes.
Na obra weberiana, a divisão do trabalho é determinada a partir das crenças religiosas que diferem protestantes e católicos. No escrito “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”, Weber faz uma detalhada análise, relacionando os protestantes ao sucesso nos trabalhos que desenvolvem na sociedade capitalista.
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De acordo com a teoria de Marx, a desigualdade social se explica: