No decorrer dos séculos, as civilizações adotaram alguns modelos que impediam a mobilidade social de determinados grupos e indivíduos, as três formas mais comuns de estratificação são: o sistema de castas, o feudalismo e as mudanças ocorridas no contexto da Revolução Industrial.
1. Castas
A sociedade indiana é um exemplo de sociedade que funcionou por muito tempo com o sistema de castas, com mobilidade social quase inexistente. No sistema indiano, a casta à qual o indivíduo pertence é determinada no nascimento e é hereditária, por isso, a dificuldade de passar de uma casta a outra.
As castas tem sua origem ligada a religião hindu e a divisão faz uma analogia ao corpo do deus Brahma.
Nas castas superiores estão os brâmanes, que são os líderes religiosos e representam a cabeça do deus. Abaixo dos brâmanes estão os xáritas, que representam os braços do deus e na sociedade são os governantes e guerreiros.
As pernas dos deuses são representadas pelos vaixás, os comerciantes. Nas castas mais baixas, que formam os pés, estão os trabalhadores, chamados de shudras. Por fim, existem ainda os sem castas, chamados de párias.
Na década de 1950, a constituição indiana foi reformada e a discriminação baseada em castas foi proibida. No entanto, mesmo com a proibição, o sistema ainda tem força cultural e segue funcionando em algumas partes do país.
Por conta da cultura, as castas ainda impedem que as classes mais baixas tenham acesso à educação e ao sistema de saúde.
Na França da Idade Média, a sociedade era dividida em ordens ou estamentos. Nas áreas rurais, os feudos, a sociedade era formada por uma sociedade bem rígida e delimitada.
O clero exercia funções religiosas, os nobres, no geral, exerciam funções militares e por fim, os servos trabalhavam e pagavam tributos. Por ter estruturas bem rígidas, era quase impossível a possibilidade de ascensão social.
3. Pós Revolução Industrial
Por fim, após a Revolução Industrial ocorrida no século XVIII, a estrutura social baseou-se na ideia de que, só os que realmente se esforçassem ou tivessem mérito, poderiam aumentar a renda e consequentemente, ter melhores condições de vida.
No entanto, na realidade, os mais pobres continuam sem ter acesso a itens e serviços básicos, enquanto que os mais ricos já possuem o acesso garantido e facilitado pelo dinheiro.
Em uma corrida meritocrática, os de maior renda sempre começam mais à frente daqueles que tem condições menos favoráveis.