Enem: veja modelo de redação sobre valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil
O tema de redação do Enem 2022 foi "Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil"; confira exemplo de redação sobre o assunto
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 aconteceu nos dias 13 e 20 de novembro. A redação do exame, que foi realizada no primeiro dia de prova, teve como tema “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”.
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Segundo a professora de redação do Oficina do Estudante, Vanessa Bottasso, o assunto foi “atual e visionário”, uma vez que ele passa pelos debates em torno de políticas ambientais e sociais e pela tendência do ambientalismo e da sustentabilidade.
Assim, os estudantes tiveram que escrever uma redação de até 30 linhas no modelo dissertativo-argumentativo. Para guiar o candidato, a prova disponibilizou quatro textos motivadores. Veja a seguir:
Após sair o tema, os candidatos do Enem ficam na ansiedade para saber se cumpriram a proposta da redação, entre outras questões. Pensando em diminuir a curiosidade desses estudantes, a Revista Quero apresenta um modelo de redação feito pelos autores de Produção de Texto do Sistema de Ensino pH. Confira!
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Exemplo de redação do Enem 2022
Para te ajudar a ter noção se você fez uma redação adequada a proposta do Enem e se teve um bom desempenho na prova, leia o modelo de texto abaixo, feito pelos autores de Produção de Texto do Sistema de Ensino pH.
“Desde 1500, tem mais invasão do que descobrimento, tem sangue retinto pisado,atrás do herói emoldurado, mulheres, tamoios, mulatos. Eu quero um país que não está noretrato”. Em 2019, a Estação Primeira de Mangueira trouxe à tona a dificuldade dereconhecimento de parcela invisibilizada da população brasileira, principalmente a compostapor povos e comunidades tradicionais. O enredo explicitou um problema recorrente narealidade brasileira: a exclusão e a segregação de minorias sociais. Sob essa ótica, percebe-seque a desvalorização desses grupos ocorre ainda hoje por fatores econômicos e estatais.
Sob uma primeira perspectiva, observa-se o impacto da economia na depreciação dospovos brasileiros. Em um sistema capitalista, há a priorização do lucro em detrimento dobem-estar de toda a sociedade. Nesse sentido, a interferência ilegal e desregulada no meioambiente, visando à obtenção de matéria prima, torna-se comum. Dessa forma, como sãocomunidades ligadas de forma intrínseca à natureza – como ribeirinhos e pescadores -, os seusinteresses se diferem dos das elites econômicas, as quais regem o comportamento da nação.Como consequência, as populações tradicionais não só presenciam a destruição de seus lares,mas também são constantemente vítimas de conflitos por posse de terras – como retratado nodocumentário “Vale dos esquecidos” -, cenário que dificulta a existência e a valorizaçãodesses grupos.
Além disso, a negligência governamental prejudica o reconhecimento do valor dascomunidades tradicionais. De acordo com o artigo 216 da Constituição Cidadã, o Estado tema função de promover e proteger os patrimônios culturais brasileiros, que incluem bensmateriais ou imateriais que contribuem para a identidade e para a memória de grupos quecompõem o Brasil. No entanto, no que se refere a quilombolas e a outros povos tradicionais,nota-se que a realidade muito se distingue da Carta Magna, como pode ser observado, porexemplo, no pouco foco dado à história africana nas escolas e no abandono do Museu doÍndio pelo governo carioca. Com isso, o desconhecimento sobre a cultura desses grupos éampliado, perpetuando um cenário de subvalorização.
Infere-se, portanto, que a economia e o governo dificultam a valorização de povostradicionais brasileiros. Desse modo, é papel do Estado, responsável pelo bem-estar social,ampliar a fiscalização e a demarcação de terras protegidas, por intermédio da compra detecnologias avançadas, como satélites e drones. Tal medida tem como objetivo o aumento dapunição àqueles que ultrapassarem os limites demarcados e, consequentemente, a diminuiçãoda destruição ambiental. Ademais, cabe à Mídia exibir campanhas que evidenciem aimportância de culturas invisibilizadas, como a Quilombola e a Indígena, visando a estimulara população a exigir do Poder Público mais museus e centros culturais. Assim, o Brasil quepouco cabe no retrato, como dito no samba-enredo, poderá ganhar seu espaço.
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O que fazer com a nota do Enem?
O Enem é uma das principais formas de ingressar no ensino superior. Por meio da nota do Enem é possível se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade Para Todos (Prouni) e no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Além disso também dá para utilizar o resultado do Enem para se inscrever em instituições privadas. Para isso, é preciso consultar as regras de cada faculdade.
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