Qual a diferença entre Psicólogo e Terapeuta

Muitas vezes utilizadas como sinônimos, as palavras psicólogo e terapeuta, embora sejam da área da saúde, remetem a profissões bastante diferentes. Você sabe qual é a diferença entre psicólogo e terapeuta? Descubra agora!

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Psicologia é graduação

“A psicologia é uma profissão que trabalha com questões relacionadas com a subjetividade e com os fenômenos sociais. É muito sobre a relação do sujeito com ele mesmo e a relação dele com o mundo”, explica a presidente do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, Beatriz Borges Brambilla.

Segundo estatísticas do Conselho Federal de Psicologia (CFP), atualmente o Brasil apresenta um total de 384.510 psicólogos(as). E de acordo com o Censo da Educação Superior, o curso de psicologia está entre os 10 maiores cursos de graduação em número de matrículas de 2019. Foram mais de 270 mil matrículas no ano que passou.

Diante disso, para você se tornar um psicólogo, antes de tudo é preciso concluir o curso superior de psicologia, uma graduação em nível de bacharelado.

O curso de psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por exemplo, tem a duração mínima de 10 semestres e uma carga horária total de 2790h, sendo 1950h de disciplinas obrigatórias, 120h de disciplinas livres e 720h de disciplinas optativas.

“Ele [o curso] está atualmente estruturado em dois percursos: ingressante e de ênfase. O percurso ingressante é cursado entre o 1º e o 7º períodos e é composto por disciplinas que permitem ao aluno uma formação generalista no campo da Psicologia. Já o percurso de ênfase é cursado entre o 8º e o 10º períodos e oferece disciplinas de caráter mais avançado. Permite o aprofundamento dos conhecimentos do aluno e a vivência de experiências práticas em um dos seguintes campos: Processos de Desenvolvimento e Avaliação Psicológica, Processos Clínicos e Processos Psicossociais”.
Fonte: Assessoria de Imprensa da UFMG.

Onde estudar Psicologia

Campos da psicologia

Além dos campos citados acima, a formação em Psicologia oferece uma diversidade de áreas disponíveis para trabalhar. Segundo a Resolução nº 013/2007, do CFP, as especialidades existentes são:

Psicologia Escolar/Educacional;
Psicologia Organizacional e do Trabalho;
Psicologia de Trânsito;
Psicologia Jurídica;
Psicologia do Esporte;
Psicologia Clínica;
Psicologia Hospitalar;
Psicopedagogia;
Psicomotricidade;
Psicologia Social;
Neuropsicologia;
Psicologia em Saúde;
Avaliação Psicológica.

Ou seja, nem todo psicólogo trabalha na área clínica e é considerado um psicoterapeuta, como muitos conhecem. Alguns podem dedicar sua profissão à pesquisa, à docência, ao trabalho com organizações e a diversos outros enfoques. “Todo psicólogo tem habilitação para atuar como psicoterapeuta (psicólogo clínico), mas não dá para dizer que todo psicólogo é um psicoterapeuta”, afirma Brambilla.

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Psicólogo x Psicoterapeuta

Trabalhar com a psicoterapia faz do psicólogo clínico também ser chamado de terapeuta, já que é uma abreviação da palavra “psicoterapeuta”. Mas, segundo a professora e diretora do Conselho, o psicólogo psicoterapeuta é habilitado e tem uma formação específica para fazer as análises do paciente. “Existem técnicas específicas para esse trabalho, que não necessariamente os terapeutas possuem”, explica.

Terapeuta é nominação

Por isso, a diferença entre psicólogo e terapeuta é que o terapeuta é qualquer pessoa que cuida da saúde física ou psicológica de alguém. Além de psicólogos, psiquiatras, educadores físicos e fisioterapeutas, qualquer pessoa com curso técnico ou livre em algum tipo de terapia também faz parte dessa profissão.

Uma das terapias mais difundidas e realizadas no Brasil é a Acupuntura. A técnica vem da medicina tradicional chinesa e tem como principal objetivo restaurar o equilíbrio do corpo, por meio da aplicação de agulhas. Elas são colocadas em áreas específicas e servem para desbloquear as chamadas vias meridianas, que, quando bloqueadas, impedem a passagem do fluxo de energia vital e, portanto, causa desequilíbrio no organismo.

Além da Acupuntura, também existem a Massoterapia, a Aromaterapia, Cromoterapia, Hipnoterapia, Homeopatia, Ozonioterapia, Fitoterapia, Yoga e outras 21. O Brasil reconhece, ao todo, 29 práticas terapêuticas, chamadas de Práticas Integrativas e Complementares (PICs).

“O psicólogo pode utilizar, inclusive, o que hoje a gente chama de PICs. É uma possibilidade de atuação realizando essas outras terapias”, conta Brambilla. Mas, segundo a profissional, é importante ressaltar que a ciência psicológica é a principal diferença entre psicólogo e terapeuta.