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Filosofia no Enem: pensadores que já caíram no exame

A Filosofia é uma matéria essencial no Enem. Venha conferir alguns pensadores que sempre aparecem na prova.

Dentro de nosso repertório para provas e vestibulares como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), comumente nos deparamos com frases filosóficas. Afinal, a Filosofia conta com grandes pensadores que em seus dizeres e linhas teóricas trabalham diferentes visões de mundo e podem ajudar o estudante a falar sobre diferentes temas, especialmente, na redação.

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Mas, é importante lembrar que a matéria cai no Enem também nas questões alternativas com parte das ciências humanas. Por isso, é essencial compreender suas diferentes fases, vindo da Filosofia Antiga, para a Medieval, passando pela Moderna, até chegar na Contemporânea.

Uma maneira de entender as mudanças de cada época, é conhecer os autores e filósofos de cada uma delas. Hoje, vamos falar sobre alguns desses pensadores, especialmente os que costumam dar as caras no Enem – assim, você já tem uma ideia de como filosofia pode cair na prova.

Veja também: + 11 temas da Filosofia e Sociologia que devem cair no Enem
+ Como estudar Filosofia para o Enem e outros vestibulares?

Pensadores que já caíram no Enem

Imagem mostra uma estátua de mármore representando um pensador da antiga Grécia com um livro em mãos

Confira a seguir alguns dos principais pensadores que já apareceram em edições anteriores do Enem:

Aristóteles (384 a.C.)



  • Ele acreditava que a observação empírica e a lógica são fundamentais para compreender o mundo natural e humano.
  • Época de atuação: Antiguidade clássica, foi aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande.
  • Sua principal obra é “Ética a Nicômaco”, onde discute a ideia de que o bem supremo para os seres humanos é a realização de sua natureza através da razão.

    Exemplo de questão:

Questão 77 da prova azul do primeiro dia do Enem 2020

Vemos que toda cidade é uma espécie de comunidade, e toda comunidade se forma com vistas a algum bem, pois todas as ações de todos os homens são praticadas com vistas ao que lhe parece um bem; se todas as comunidades visam algum bem, é evidente que a mais importante de todas elas e que inclui todas as outras tem mais que todas este objetivo e visa ao mais importante de todos os bens.

ARISTÓTELES Política. Brasília: UnB,1988.

No fragmento, Aristóteles promove uma reflexão que associa dois elementos essenciais à discussão sobre a vida em comunidade, a saber:

a) Ética e política, pois conduzem à eudaimonia.

b) Retórica e linguagem, pois cuidam dos discursos na ágora.

c) Metafísica e ontologia, pois tratam da filosofia primeira.

d) Democracia e sociedade, pois se referem a relações sociais.

e) Geração e corrupção, pois abarcam o campo da physis.


Sócrates (470/469 a.C.)



  • Linha de pensamento: Considerado o pai da filosofia ocidental, ele se destacou por seu método dialético de questionar e responder. 
  • Época de atuação: Antiguidade clássica, em Atenas. 
  • Frase famosa: “Só sei que nada sei.”

Exemplo de questão:

Questão 66 da prova azul do primeiro dia do Enem 2017

Uma conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato de Sócrates paralisa e embaraça; leva a refletir sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma direção incomum: os temperamentais, como Alcibíades, sabem que encontrarão junto dele todo o bem de que são capazes, mas fogem porque receiam essa imfuência poderosa, que os leva a se censurarem. É sobretudo a esses jovens, muitos quase crianças, que ele tenta imprimir sua orientação.

BRÉHIER,E. História da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1977.

O texto evidencia características do modo de vida socrático, que se baseava na:

a) contemplação da tradição mítica.

b) sustentação do método dialético.

c) relativização do saber verdadeiro.

d) valorização da argumentação retórica.

e) investigação dos fundamentos da natureza.


Nicolau Maquiavel (1469 – 1527)



  • Linha de pensamento: Realismo político. Ele explorou a dinâmica do poder e a natureza da liderança.
  • Época de atuação: Renascimento italiano.
  • Estudo famoso: “O Príncipe”, um guia sobre liderança e poder, onde defende que os fins justificam os meios.

Exemplo de questão:

Questão 31 da prova azul do primeiro dia do Enem 2012

Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas

[o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade.

MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado).

Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao

a) valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo.

b) rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos.

c) afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana.

d) romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem.

e) redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão.

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Platão (428 a.C.)



  • Linha de pensamento: Platonismo. Ele acreditava em um mundo das ideias ou formas perfeitas, das quais as coisas do mundo real são apenas sombras.
  • Época de atuação: Antiguidade clássica, foi aluno de Sócrates e professor de Aristóteles.
  • Estudo famoso: “A República”, onde ele descreve sua visão de uma sociedade justa e o conceito do filósofo-rei.

Exemplo de questão:

Questão 18 da prova azul do primeiro dia do Enem 2016 Segunda Aplicação

Os andróginos tentaram escalar o céu para combater os deuses. No entanto, os deuses em um primeiro momento pensam em matá-los de forma sumária. Depois decidem puni-los da forma mais cruel: dividem-nos em dois. Por exemplo, é como se pegássemos um ovo cozido e, com uma linha, dividíssemos ao meio. Desta forma, até hoje as metades separadas buscam reunir-se. Cada um com saudade de sua metade, tenta juntar-se novamente a ela, abraçando-se, enlaçando-se um ao outro, desejando formar um único ser.

PLATÃO. O banquete. São Paulo: Nova Cultural, 1987.

No trecho da obra O banquete, Platão explicita, por meio de uma alegoria, o

a) bem supremo como fim do homem.

b) prazer perene como fundamento da felicidade.

c) ideal inteligível como transcendência desejada.

d) amor como falta constituinte do ser humano.

e) autoconhecimento como caminho da verdade.


Immanuel Kant (1724–1804)



  • Linha de pensamento: Idealismo transcendental. Ele argumentou que a experiência humana é moldada por condições inatas da mente.
  • Época de atuação: Iluminismo.
  • Frase famosa: “Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne uma lei universal.”

Exemplo de questão:

Questão 36 da prova azul do primeiro dia do Enem 2013

Até hoje admitia-se que nosso conhecimento se devia regular pelos objetos; porém, todas as tentativas para descobrir, mediante conceitos, algo que ampliasse nosso conhecimento, malogravam-se com esse pressuposto. Tentemos, pois, uma vez, experimentar se não se resolverão melhor as tarefas da metafísica, admitindo que os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento.

KANT, I. Crítica da razão pura. Lisboa: Calouste-Gulbenkian, 1994 (adaptado).

O trecho em questão é uma referência ao que ficou conhecido como revolução copernicana na filosofia. Nele, confrontam-se duas posições filosóficas que

a) assumem pontos de vista opostos acerca da natureza do conhecimento.

b) defendem que o conhecimento é impossível, restando-nos somente o ceticismo.

c) revelam a relação de interdependência entre os dados da experiência e a reflexão filosófica.

d) apostam, no que diz respeito às tarefas da filosofia, na primazia das ideias em relação aos objetos.

e) refutam-se mutuamente quanto à natureza do nosso conhecimento e são ambas recusadas por Kant.


Friedrich Nieztsche (1844 — 1900)



  • Linha de pensamento: Existencialismo e pós-modernismo. Ele criticou a moral tradicional e a religião.
  • Época de atuação: Século XIX.
  • Frase famosa: “Deus está morto.” A famosa declaração de Nietzche não é apenas uma afirmação teológica, mas uma observação sobre a mudança cultural e moral da sociedade europeia. Nietzsche argumentou que o Iluminismo e o avanço da ciência haviam minado a crença tradicional em Deus, levando a uma crise de valores.

Exemplo de questão:

Questão 87 da prova azul do primeiro dia do Enem 2021

Minha fórmula para o que há de grande no individuo é amor fati: nada desejar além daquilo que é, nem diante de si, nem atrás de si, nem nos séculos dos séculos. Não se contentar em suportar o inelutável, e ainda menos dissimula-lo, mas amá-lo.

NIETZSCHE apud FERRY, L. Aprender a viver: filosofia para os novos tempos. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010 (adaptado).

Essa fórmula indicada por Nietzsche consiste em uma crítica à tradição cristã que

a) combate as práticas sociais de cunho afetivo.

b) impede o avanço científico no contexto moderno.

c) associa os cultos pagãos à sacralização da natureza.

d) condena os modelos filosóficos da Antiguidade Clássica.

e) consagra a realização humana ao campo transcendental.


René Descartes (1596 – 1650)



  • Linha de pensamento: Racionalismo. Ele acreditava na supremacia da razão humana como fonte de conhecimento.
  • Época de atuação: Renascimento e início da era moderna.
  • Frase famosa: “Penso, logo existo.”

Exemplo de questão:

Questão 86 da prova azul do primeiro dia do Enem 2021

A filosofia é como uma árvore, cujas raízes são a metafísica; o tronco, a física, e os ramos que saem do tronco são todas as outras ciências, que se reduzem a três principais: a medicina, a mecânica e a moral,

entendendo por moral a mais elevada e a mais perfeita porque pressupõe um saber integral das outras ciências, e é o último grau da sabedoria.

DESCARTES, R. Princípios da filosofia. Lisboa: Edições 70, 1997 (adaptado).

Essa construção alegórica de Descartes, acerca da condição epistemológica da filosofia, tem como objetivo:

a)  sustentar a unidade essencial do conhecimento.

b) refutar o elemento fundamental das crenças.

c) impulsionar o pensamento especulativo.

d) recepcionar o método experimental.

e) incentivar a suspensão dos juízos.

Veja também: + 12 filósofos brasileiros que você precisa conhecer

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Filosofia no Enem: o que costuma aparecer?

Como comentamos, além dos quatro diferentes períodos da Filosofia, existem alguns temas que costumam aparecer com mais frequência no Enem. Alguns deles você até já viu nas questões acima. 

Considerando os períodos e autores citados, é comum nos depararmos com:

  • Filosofia
  • Mal e Justiça
  • Psicanálise
  • Teoria Crítica
  • Existencialismo
  • Racionalismo
  • Empirismo
  • Contratualismo
  • Fé e Razão


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