
- Linha de pensamento: Platonismo. Ele acreditava em um mundo das ideias ou formas perfeitas, das quais as coisas do mundo real são apenas sombras.
- Época de atuação: Antiguidade clássica, foi aluno de Sócrates e professor de Aristóteles.
- Estudo famoso: “A República”, onde ele descreve sua visão de uma sociedade justa e o conceito do filósofo-rei.
Exemplo de questão:
Questão 18 da prova azul do primeiro dia do Enem 2016 Segunda Aplicação
Os andróginos tentaram escalar o céu para combater os deuses. No entanto, os deuses em um primeiro momento pensam em matá-los de forma sumária. Depois decidem puni-los da forma mais cruel: dividem-nos em dois. Por exemplo, é como se pegássemos um ovo cozido e, com uma linha, dividíssemos ao meio. Desta forma, até hoje as metades separadas buscam reunir-se. Cada um com saudade de sua metade, tenta juntar-se novamente a ela, abraçando-se, enlaçando-se um ao outro, desejando formar um único ser.
PLATÃO. O banquete. São Paulo: Nova Cultural, 1987.
No trecho da obra O banquete, Platão explicita, por meio de uma alegoria, o
a) bem supremo como fim do homem.
b) prazer perene como fundamento da felicidade.
c) ideal inteligível como transcendência desejada.
d) amor como falta constituinte do ser humano.
e) autoconhecimento como caminho da verdade.

- Linha de pensamento: Idealismo transcendental. Ele argumentou que a experiência humana é moldada por condições inatas da mente.
- Época de atuação: Iluminismo.
- Frase famosa: “Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne uma lei universal.”
Exemplo de questão:
Questão 36 da prova azul do primeiro dia do Enem 2013
Até hoje admitia-se que nosso conhecimento se devia regular pelos objetos; porém, todas as tentativas para descobrir, mediante conceitos, algo que ampliasse nosso conhecimento, malogravam-se com esse pressuposto. Tentemos, pois, uma vez, experimentar se não se resolverão melhor as tarefas da metafísica, admitindo que os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento.
KANT, I. Crítica da razão pura. Lisboa: Calouste-Gulbenkian, 1994 (adaptado).
O trecho em questão é uma referência ao que ficou conhecido como revolução copernicana na filosofia. Nele, confrontam-se duas posições filosóficas que
a) assumem pontos de vista opostos acerca da natureza do conhecimento.
b) defendem que o conhecimento é impossível, restando-nos somente o ceticismo.
c) revelam a relação de interdependência entre os dados da experiência e a reflexão filosófica.
d) apostam, no que diz respeito às tarefas da filosofia, na primazia das ideias em relação aos objetos.
e) refutam-se mutuamente quanto à natureza do nosso conhecimento e são ambas recusadas por Kant.
Friedrich Nieztsche (1844 — 1900)

- Linha de pensamento: Existencialismo e pós-modernismo. Ele criticou a moral tradicional e a religião.
- Época de atuação: Século XIX.
- Frase famosa: “Deus está morto.” A famosa declaração de Nietzche não é apenas uma afirmação teológica, mas uma observação sobre a mudança cultural e moral da sociedade europeia. Nietzsche argumentou que o Iluminismo e o avanço da ciência haviam minado a crença tradicional em Deus, levando a uma crise de valores.
Exemplo de questão:
Questão 87 da prova azul do primeiro dia do Enem 2021
Minha fórmula para o que há de grande no individuo é amor fati: nada desejar além daquilo que é, nem diante de si, nem atrás de si, nem nos séculos dos séculos. Não se contentar em suportar o inelutável, e ainda menos dissimula-lo, mas amá-lo.
NIETZSCHE apud FERRY, L. Aprender a viver: filosofia para os novos tempos. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010 (adaptado).
Essa fórmula indicada por Nietzsche consiste em uma crítica à tradição cristã que
a) combate as práticas sociais de cunho afetivo.
b) impede o avanço científico no contexto moderno.
c) associa os cultos pagãos à sacralização da natureza.
d) condena os modelos filosóficos da Antiguidade Clássica.
e) consagra a realização humana ao campo transcendental.

- Linha de pensamento: Racionalismo. Ele acreditava na supremacia da razão humana como fonte de conhecimento.
- Época de atuação: Renascimento e início da era moderna.
- Frase famosa: “Penso, logo existo.”
Exemplo de questão:
Questão 86 da prova azul do primeiro dia do Enem 2021
A filosofia é como uma árvore, cujas raízes são a metafísica; o tronco, a física, e os ramos que saem do tronco são todas as outras ciências, que se reduzem a três principais: a medicina, a mecânica e a moral,
entendendo por moral a mais elevada e a mais perfeita porque pressupõe um saber integral das outras ciências, e é o último grau da sabedoria.
DESCARTES, R. Princípios da filosofia. Lisboa: Edições 70, 1997 (adaptado).
Essa construção alegórica de Descartes, acerca da condição epistemológica da filosofia, tem como objetivo:
a) sustentar a unidade essencial do conhecimento.
b) refutar o elemento fundamental das crenças.
c) impulsionar o pensamento especulativo.
d) recepcionar o método experimental.
e) incentivar a suspensão dos juízos.
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