3 filósofos para citar na redação do Enem
A Filosofia Contemporânea começou no século XIX e mantém-se até os dias de hoje. Entre as suas características estão a crítica ao cientificismo e às estruturas racionais.
Isto é, os filósofos desenvolveram análises sobre os problemas das sociedades modernas, que são baseadas em preceitos racionais e científicos, mas nem por isso são menos excludentes ou problemáticas para diferentes segmentos sociais.
Veja a seguir alguns exemplos de filósofos contemporâneos para melhorar seu repertório cultural e citar na redação do Enem! Seus pensamentos e teorias podem ser aplicadas em diversos contextos e em muitos temas distintos, confira:
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1. Nietzsche

Considerado um dos pais da filosofia contemporânea ocidental, Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900), ou apenas Nietzsche, é um filósofo nascido na atual Alemanha e escreveu textos sobre diferentes temas, como moral, religião e cultura.
Em geral, ele foi um crítico da filosofia clássica, que tem entre os seus objetivos alcançar a racionalidade. Segundo esse pensador, tal busca oprime a natureza e os instintos humanos, oprimindo, portanto, o próprio homem com suas paixões e emoções.
Segundo Nietzsche, a filosofia deve ser um instrumento para a libertação individual, devendo ser usada para a compreensão das individualidades, dos afetos e dos desejos humanos. Além disso, para o filósofo, os sistemas morais possuem origem histórica e cultural, não podendo haver, portanto, uma moral universal, pois tal preceito desrespeitaria as diferenças culturais entre as sociedades.
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Nesse sentido, a filosofia deve ter aplicação prática, sendo utilizada para a libertação dos indivíduos diante de qualquer tipo de racionalidade opressora, como as que prendem o homem à religião ou a grupos ideológicos. Por isso, o pensador faz uma relativização das noções de bem, verdade, mal, justiça, virtude e Deus.
Frases de Nietzsche que podem ser usadas como citação na redação:
- “Torna-te aquilo que és.”
- “Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas.”
- “As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras.”
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2. Adorno
Theodor Ludwig Wiesengrund-Adorno (1903-1969), ou apenas Adorno, é outro filósofo alemão e sua obra disserta sobre as relações entre a cultura, o poder e o capitalismo. De origem judaica, o pensador foi perseguido pelo regime nazista, tendo que se refugiar nos Estados Unidos, período em que escreveu vários textos que embasaram a chamada “Teoria Crítica”.
Adorno era professor da Universidade de Frankfurt, por isso os seus textos, junto com os de Horkheimer e Pollock, compõem os escritos da chamada Escola de Frankfurt. Em geral, os filósofos desenvolveram o conceito de indústria cultural, segundo o qual a mídia de cultura de massa, como o rádio, o cinema e a televisão, possuem um papel alienante na sociedade contemporânea.
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Tal alienação seria causada pela homogeneização dos gostos culturais e pelos objetivos mercadológicos e capitalistas dos veículos de comunicação. É importante contextualizar o pensamento do filósofo no seu período histórico e social. Por ter sido vítima do regime nazista, que usou os meios de comunicação para legitimar sua política genocida e antissemita, o autor compreendeu a importância e a influência da mídia na formação da sociedade.
A perspectiva pessimista e crítica a essa influência foi, portanto, afetada pela experiência negativa do próprio filósofo em relação à formação da mentalidade social através das novas mídias de sua época.