
Quando vai ser o Enem em 2025?
Juliana Gottardi | 09/05/25Inep ainda não divulgou a data oficial da prova, mas cronograma de isenção de taxa já está aberto para candidatos
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Apesar de cobrar um estilo de texto dissertativo comum a outros vestibulares, a redação da Fuvest tem a característica de abordar temas mais abstratos.
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De acordo com a coordenadora de redação do, Fabiula Neubern, essa abstração significa que a análise do tema vai ser feita a partir de um objeto de reflexão que está isolado – e que por isso também se torna atemporal.
Para explicar como o estudante pode trabalhar com um tema mais abstrato, a professora compara o tema a um guarda-chuva que abarca as várias facetas daquele objeto:
“Na ponta do cabo desse guarda chuva, estão os fatos e as atualidades que podem ser relacionados ao tema e o cabo do guarda chuva em si seria essa análise, que pode ser feita de muitas maneiras, incluindo repertório da sociologia, filosofia, fatos históricos, arte ou música”.
Em relação à estrutura da redação, a Fuvest exige um texto muito parecido com o vestibular da Unesp – com introdução, desenvolvimento e conclusão -, mas tem a particularidade de cobrar um título para a redação.
Nos últimos anos, a Fuvest tem cobrados temas bastante ligados à atualidade e em formato de afirmação. A dica da professora Fabiula para mandar bem na prova é pesquisar e se aprofundar nos temas da atualidade.
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Para ajudar os vestibulandos deste ano, a professora Fabiula do Poliedro listou 11 possíveis temas que podem cair na redação da Fuvest. Confira quais são abaixo!
A crise das democracias está entre as principais apostas da professora. “Ela está sendo vivida globalmente e é materializada no descrédito de grande parte da população nas instituições que compõem a democracia”, explica Fabiula.
A professora acredita que possa ser abordado especificamente a questão da crise da democracia, ou a relação entre as instituições democráticas e, no caso brasileiro, a desigualdade, ou o quanto a desinformação pode interferir nos processos democráticos.
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Outra sugestão de tema da professora é a relação que as novas plataformas de comunicação trouxeram para a vida cotidiana e como elas complexificam as relações sociais, com destaque para a área da educação.
“Nesse momento de isolamento, muitas pessoas se voltaram para essas plataformas como uma maneira de ter alguma relação social. Quanto ao sistema educacional, a transformação relacionada a tecnologia já estava em curso mas foi apressada e mostrou o quão complexo é o uso dessas plataformas de comunicação e ao mesmo tempo o quanto elas foram importantes para que mantivesse um mínimo de acesso à educação”, pontua Fabiula.
Dentro dessa temática de novas plataformas de comunicação, a professora também sugere os temas virtualidade e cultura do cancelamento ou linchamentos virtuais.
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Para a coordenadora Fabiula, o tema liberdade de expressão pode aparecer ligado à virtualidade e à desinformação: “Algumas pessoas que produzem desinformação alegam que isso é liberdade de expressão, ou seja, é uma deturpação do conceito de liberdade de expressão.
Fabiula relaciona ainda o tema aos ataques ao jornalismo: “Acabam atacando o jornalismo como se ele fosse um inimigo da democracia e não uma parte importante dela – uma vez que ele está vinculado à liberdade de expressão via liberdade de imprensa”.
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Pensando em temas mais psicanalíticos, filosóficos e que foram potencializados com a pandemia, a professora Fabiula indica também os temas medo, solidariedade e ressentimento.
Fabiula destaca o medo como um sentimento muito presente no último ano: “Durante a pandemia, fomos confrontados pelo medo da morte, de perder pessoas queridas, do abandono, de não ter vacina, entre outros”.
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Nessa temática, a professora acredita que possa ser abordada a “noção de comunidade, o quanto que nos percebemos como indivíduos que têm sim liberdades respeitadas mas ao mesmo tempo precisam estar atentos a liberdade dos demais”.
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Sobre essa possibilidade de tema, a professora esclarece: “Há muitas pessoas ressentidas com o status quo e que, ao invés de repensar e tomar atitudes que sejam solidárias para a modificação dele e que garantam igualdade e representatividade, têm um comportamento um pouco revoltado. O que explicaria um pouco desse ambiente polarizado, principalmente nas redes sociais”.
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7) Meio ambiente
Dentro da temática ambiental, a professora Fabiula pensa em várias perspectivas, não só a questão das queimadas tão discutidas no último ano, mas também sobre a perspectiva de repensar o modelo ocidental de existência, de relação com a natureza e de perceber que as atitudes e escolhas da humanidade são o legado que será deixado para as gerações posteriores.
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Outro tema que a professora indica que possa aparecer na redação da Fuvest é o autoritarismo, como um aspecto cultural presente nas relações sociais do Brasil. “Não é um autoritarismo de um governo em especificamente, mas como uma marca da cultura brasileira que aparece, por exemplo, na chamada carteirada – ‘você sabe com quem você está falando?’”, explica.
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Nessa temática, Fabiula propõe alguns possíveis aspectos a serem abordados: “Como a cultura da competitividade e da produtividade tem tensionado o utilitarismo. Tudo é para já, tudo só faz sentido se fizer um efeito concreto na vida agora.
Ai a contemplação, a arte, a importância da cultura ficam num segundo plano. E, nesse isolamento, percebemos o quanto essa cultura é importante para manutenção da saúde mental”.
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“É uma proposta que tem aparecido bastante no ambiente acadêmico mas que se populariza nas redes sociais.[A descolonização] é uma tentativa de ler nossa realidade a partir de teóricos da América do Sul, do Brasil e não única e exclusivamente a partir de teóricos europeus ou estadunidenses, como tem aparecido na história do pensamento brasileiro”, esclarece a professora do Poliedro.
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A última proposta de tema da professora se conecta com todas as mudanças trazidas pela pandemia e o isolamento social: a reinvenção da vida. “Estamos de frente para um momento em que podemos reinventar e repensar nossa vida individual e coletivamente”, pontua.
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