Em vegetais sem sementes, como as pteridófitas, a raiz se desenvolve a partir dos primeiros estágios de crescimento do esporófito. Já em vegetais com sementes, como as gimnospermas e angiospermas, as raízes se formam a partir da radícula, primeiro órgão formado no embrião e localizado no interior da semente.
📚 Você vai prestar o Enem? Estude de graça com o Plano de Estudo Enem De Boa 📚
No contexto da botânica, a raiz é a parte de uma planta que geralmente se encontra abaixo da superfície do solo. As raízes têm várias funções, incluindo ancorar a planta no solo, absorver água e nutrientes e armazenar alimentos. Existem diferentes tipos de raízes, como raízes fibrosas e raízes pivotantes, cada uma com características e funções específicas.
A classificação da raiz pode levar em consideração o ambiente em que ela se encontra, a estrutura externa - esta inclusive é utilizada para diferenciar monocotiledôneas de dicotiledôneas - ou, ainda, a estrutura ou tipo da raiz.
Quanto ao ambiente ou habitat em que estão, as raízes podem ser classificadas em:
Quanto a estrutura externa, as raízes podem ser divididas em:
🎯 Simulador de Notas de Corte Enem: Descubra em quais faculdades você pode entrar pelo Sisu, Prouni ou Fies 🎯
A função primária da raiz é sustentar a planta e absorver água e sais minerais. Esses nutrientes são transportados através do xilema para as partes aéreas da planta.
A raiz apresenta componentes internos e externos que são fundamentais para o desempenho de suas funções.
A estrutura interna da raiz pode ser dividida em raiz primária e secundária, levando em conta o tipo de crescimento promovido.
A estrutura externa está relacionada com a interação da raiz com o meio externo, possuindo, assim, estruturas especializadas em penetração, absorção, ramificação etc.
Na raiz primária estão presentes os componentes que contribuem para o crescimento longitudinal (em tamanho) da raiz. O crescimento longitudinal ocorre nas monocotiledôneas em todo o seu desenvolvimento e em raízes jovens de dicotiledôneas, auxiliando assim na sua penetração no solo.
Na visualização de um corte transversal da raiz primária, é possível verificar a presença de um conjunto de camadas que compõem essa estrutura:
As estruturas secundárias estão presentes dentro da mesma raiz de crescimento primário. Portanto, elas fazem parte do conjunto de estruturas presentes na raiz como um todo.
Assim como no caule, entre os feixes de xilema e floema está o procâmbio, tecido de células meristemáticas que possuem capacidade de divisão celular.
Outra estrutura relacionada ao crescimento secundário é o periciclo, que é composto por células que podem apresentar capacidade de divisão celular para formarem tecidos chamados de secundários.
As células do procâmbio e do periciclo se proliferam e geram o câmbio vascular, estrutura também presente no caule secundário do vegetal. A partir da divisão do câmbio vascular, são formados os tecidos secundários.
As células do periciclo também se diferenciam e auxiliam na formação mais externa, conhecida como felogênio. Este possui grande capacidade de divisão celular, gerando feloderma (região mais interna) e súber (região mais externa), que contribuem para o crescimento em espessura da raiz.
Dessa forma, o crescimento secundário da raiz ocorre a partir da diferenciação de células, presentes na estrutura primária, que possuem capacidade de divisão celular, como as células do procâmbio e o periciclo
🎓 Você ainda não sabe qual curso fazer? Tire suas dúvidas com o Teste Vocacional Grátis do Quero Bolsa 🎓
📝 Você quer garantir sua nota mil na Redação do Enem? Baixe gratuitamente o Guia Completo sobre a Redação do Enem! 📝
As raízes também podem ser classificadas de acordo com o tipo ou com a adaptação que adquiriram. Essas adaptações dão vantagem ao vegetal em determinados ambientes, além de formar estruturas específicas que auxiliam na identificação da estrutura.
Encontradas em plantas epífitas, ou seja, plantas que vivem sobre outras plantas sem causar prejuízos para a planta hospedeira. Um exemplo de planta epífita é a orquídea.
Esse tipo de raiz não entra em contato com o solo, mas auxilia na fixação do vegetal na superfície da planta hospedeira.
As raízes aéreas apresentam uma epiderme multiestratificada (várias camadas), chamada velame. Essa estrutura auxilia na absorção da umidade do ar, promovendo a absorção de água a partir da atmosfera.
Esse tipo de raiz, presente nas plantas aquáticas, como na vitória-régia, possui como função principal absorver os nutrientes flutuantes na água.
Encontradas em plantas que vivem em regiões de alta declividade ou com solos não firmes, como morros e marés. Nesses vegetais, a raiz possui especialidade em fixar o organismo no solo.
As raízes escoras se projetam a partir de pontos específicos do caule e auxiliam o vegetal a se escorar no solo.
Raízes de plantas parasitas. Também são chamadas de raízes sugadoras.
Esse tipo de raiz penetra no caule da planta hospedeira para a absorção de substâncias. Essas plantas parasitas podem ser divididas em:
Encontrada em plantas parasitas. Diferente dos haustórios, as raízes estranguladoras não penetram o tronco das plantas hospedeiras para retirada de seiva, mas sim para depositar suas sementes, que serão germinadas no interior da hospedeira.
Conforme a semente germina e se desenvolve, são formadas raízes em volta da planta hospedeira, que acaba sendo estrangulada. As duas plantas competem, ainda, pela absorção de água e nutrientes.
Também chamadas de pneumatóforos, são encontradas nos vegetais presentes nos mangues, onde o solo possui pouca concentração de oxigênio.
Esse tipo de raiz cresce lateralmente e junto à superfície do solo, com crescimento de raízes verticais em pontos específicos, para serem projetados para fora da água. Nessas raízes, há a presença de poros que fazem a captação de oxigênio e outros gases presentes na atmosfera.
Especializadas em armazenar substâncias como carboidratos na forma de amido. Um exemplo de vegetal com essas raízes são a mandioca e a beterraba.
É importante diferenciar raízes tuberosas de tubérculos e bulbo. Ambas são estruturas que armazenam substâncias nutritivas no vegetal, mas a principal diferença entre elas é o local de armazenamento:
Está precisando de uma ajuda nos estudos? Então, conheça o plano de estudo da Quero Bolsa: um material completo, com textos, vídeo-aulas e exercícios com resolução. Baixe o cronograma sem pagar nada clicando aqui.
Geralmente, caules subterrâneos que acumulam substâncias nutritivas, denominados tubérculos, são confundidos como sendo raízes tuberosas que também acumulam reserva de amido. Um caso típico desse equívoco seria o de classificar a batata-inglesa como raiz tuberosa.
Qual das alternativas apresenta uma característica que diferencia um tubérculo de uma raiz tuberosa?