Entenda melhor como acontece a reprodução nas plantas gminospermas:
Estruturas reprodutivas das gimnospermas
Os estróbilos são estruturas também chamadas de cone (por isso a nomenclatura conífera para algumas gimnospermas) e são responsáveis pelos processos de reprodução desses vegetais.
Os estróbilos masculinos são chamados de microstróbilos e, no seu interior, estão os microsporângios, estruturas responsáveis pela produção de esporos, chamados de micrósporos.
Os estróbilos femininos são os megastróbilos. São maiores quando comparados aos microstróbilos e neles estão presentes os megasporângios, que produzem os esporos (megásporos). Os estróbilos femininos também são conhecidos popularmente como pinhas.
Estróbilo feminino (pinha) da espécie Picea abies
Ciclo reprodutivo das gimnospermas
O ciclo reprodutivo das gimnospermas inicia-se com a transformação das folhas em estróbilos masculinos e femininos. Os megastróbilos, após passarem por meiose, geram megásporos que são abrigados no óvulo, localizados nos megasporângios, e dão origem à oosfera.
Ciclo de vida das gimnospermas
O ciclo de vida das gimnospermas pode ser esquematicamente iniciado com um vegetal dioico adulto. Um pinheiro, por exemplo, que tem como fase dominante o esporófito (2n).
Em determinada época, com a maturação e preparo para a reprodução, algumas estruturas foliares modificadas dão origem aos estróbilos (2n), que podem ser masculinos (microstróbilos) ou femininos (megastróbilos) e são diploides.
No interior dos microstróbilos, ocorrem divisões meióticas nos microsporângios, originando os micrósporos haploides (n). Esses micrósporos originam os gametófitos masculinos (n), chamados de grãos de pólen, que são dispersados e liberados no ar.
O vento tem importante papel na reprodução, levando os grãos de pólen liberados até os megásporos (n) (estruturas reprodutivas femininas). Esse processo é chamado de polinização. Quando é realizada com auxílio do vento, é chamada de AnemofIlia.
Dentro dos megastróbilos (2n), divisões meióticas originam o gametófito feminino chamado megásporo (n), que permanece nos megasporângios, se desenvolvendo no interior da região conhecida como óvulo. A partir do gametófito feminino (n), pode surgir mais de um arquegônio, cada um diferenciando-se em oosfera (n). Dessa forma, em uma mesma estrutura reprodutiva, podem ser formados mais de um gameta feminino, mas mesmo que após várias oosferas sejam fecundadas, geralmente apenas uma se torna embrião.
Uma vez que um grão de pólen (n), por meio da polinização, encontra o megastróbilo, uma espécie de tubo, chamado tubo polínico, cresce a partir do grão de pólen até alcançar o óvulo (n). Através do tubo polínico, o gameta masculino presente no grão de pólen, chamado de núcleo espermático (n), é introduzido no óvulo. Dentro do óvulo, o núcleo espermático fecunda a oosfera (gameta feminino haploide -n-), formando um zigoto diploide (2n).
O zigoto se desenvolve até formar um embrião (2n), e toda a estrutura do óvulo também se desenvolve, formando a semente, que protege e nutre o embrião. Nos pinheiros, as sementes são chamadas de pinhões, que podem ser espalhados na natureza, podendo germinar e originar um novo indivíduo diploide (2n).
A figura abaixo mostra o ciclo de vida das gimnospermas com um pinheiro adulto (esporófito 2n), em que, dos seus microsporângios, surge o grão de pólen, que por meio do vento, pode ser levado até o gametófito feminino (megásporo), que quando fecundado, origina o óvulo, que se desenvolve até gerar um embrião, que é envolvido pela semente e, quando em contato com o solo, pode germinar.
Ciclo de vida das gimnospermas