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Gimnospermas: tipos, características e ciclo de vida

Biologia - Manual do Enem
William Mira Publicado por William Mira
 -  Última atualização: 5/2/2025

Introdução

As gimnospermas são plantas vasculares que se destacam por produzirem sementes nuas, ou seja, sementes que não estão dentro de frutos. 

Esse grupo de plantas são independentes de água, ou seja, adaptado a diferentes climas, especialmente frios e temperados, e desempenha um papel relevante tanto ecologicamente quanto economicamente. 

Presentes em florestas ao redor do mundo, incluem espécies como pinheiros, sequóias e araucárias, amplamente utilizadas na indústria de madeira e papel, além de ornamentação. 

Quer saber mais sobre suas características, reprodução e ciclo de vida? Continue a leitura!

Pessoa segurando uma pinha em um ambiente arborizado, destacando a reprodução das gimnospermas e sua presença em florestas.

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Índice

O que são gimnospermas?

As gimnospermas fazem parte do grupo das plantas vasculares e possuem como característica marcante a presença de sementes expostas, sem frutos que as envolvam. A palavra "gimnosperma" tem origem no grego, onde gymnos significa "nu" e sperma, "semente". 

Essas plantas são consideradas um avanço evolutivo em relação às pteridófitas, pois suas sementes oferecem proteção ao embrião e auxiliam na dispersão da espécie.

Além disso, as gimnospermas não dependem de água para a reprodução, adaptando-se a ambientes mais secos.

Tipos de gimnospermas

Atualmente as gimnospermas estão classificadas em quatro diferentes grupos: Coniferophyta, Cycadophyta, Gnetophyta e Ginkgophyta. 

Coníferas (Conipherophyta: pinheiros, araucárias, ciprestes e sequoias)

As coníferas são o maior grupo de gimnospermas, com cerca de 600 espécies. Suas sementes estão agrupadas em estruturas chamadas estróbilos, popularmente conhecidas como cones. Exemplos incluem pinheiros, ciprestes e sequoias. 

Esse tipo de gimnosperma é amplamente distribuído em climas temperados, como em regiões desérticas ou alpinas (são perenes, não perdem as folhas em nenhuma estação do ano), e tem grande valor econômico, especialmente na indústria madeireira e de papel.

De maneira geral, as espécies desse grupo são plantas arbóreas ou arbustos ramificados. Os representantes das coníferas são distribuídos em sete famílias, sendo as mais conhecidas as Pináceas, Araucariaceas, Cupressaceae, e Taxaceae. Alguns indivíduos podem apresentar alto valor econômico, como por exemplo: pinheiros, ciprestes, zimbros, cedros, larícios e araucárias. 

Árvore de araucária em um cenário costeiro, representando as gimnospermas e sua adaptação a diferentes ambientes naturais.

Araucaria heterophylla

Cicas e Encephalartos (Cycadophyta)

Com aparência semelhante a palmeiras, as cicas possuem caules lenhosos e nódulos de raízes associados a cianobactérias que fixam nitrogênio. Esse grupo é encontrado em regiões tropicais e subtropicais, com espécies usadas frequentemente como plantas ornamentais.

No entanto, diferente das palmeiras, as cycas apresentam crescimento secundário. É comum encontrar nódulos contendo cianobactérias fixadoras de azoto atmosférico nas raízes de algumas cicadófitas. 

Os representantes desse grupo são divididos em Cicadáceas, Zamiáceas e Estangiáceas.

Detalhe de um estróbilo de Cycas, destacando a estrutura reprodutiva característica das gimnospermas.

Estróbilo em formato de cone da espécie Picea pungens (Fonte: JJ Harrison (https://www.jjharrison.com.au/), CC BY-SA 3.0 <https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0>, via Wikimedia Commons)

Ginkgo biloba (Ginkgophyta)

O único representante atual desse grupo é o Ginkgo biloba, conhecido como um "fóssil vivo", pois permanece praticamente imutável há pelo menos 150 milhões de anos. Com folhas caducas em forma de leque, essa planta é resistente à poluição e amplamente utilizada em arborização urbana, em regiões temperadas. 

Estudos também apontam potenciais benefícios terapêuticos do extrato de Ginkgo biloba, como auxiliar a evitar a perda de memória, combater ansiedade e depressão, e aumentar a libido.

Árvore de Ginkgo biloba com folhas amarelas no outono, exemplificando uma das espécies mais conhecidas de gimnospermas.

Gingko biloba

Gnetófitas (Gnetophyta: plantas do gênero Gnetum)

As gnetófitas incluem cerca de 70 espécies, divididas entre os gêneros Gnetum, Ephedra e Welwitschia. Esse grupo apresenta características que as aproximam das angiospermas, como estruturas reprodutivas semelhantes a inflorescências. Os representantes podem ser plantas arbóreas, arbustivas ou lianas lenhosas.

Detalhe de um arbusto de Ephedra, uma das representantes das gimnospermas, conhecida por sua adaptação a ambientes áridos.

Ephedra fragilis

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Características das gimnospermas

A principal característica das plantas gimnospermas é, sem dúvida, suas sementes. Ainda que não sejam envolvidas pelos frutos como nas angiospermas, as sementes das gimnospermas também conferem segurança e proteção para o embrião.

Além disso, as gimnospermas apresentam um sistema de vasos condutores de seiva mais eficiente, o que contribuiu para o crescimento vegetal, fazendo das gimnospermas geralmente plantas de grande porte, com espécimes atingindo vários metros de altura.

De modo geral, as principais características são:

  • Sementes: Estruturas que protegem e nutrem o embrião, mesmo sem a presença de frutos.

  • Vasos condutores: Xilema e floema eficientes, permitindo o transporte de água e nutrientes.

  • Estróbilos: Cones que abrigam as estruturas reprodutivas masculinas e femininas.

  • Adaptabilidade: Com folhas em forma de agulha e presença de resinas, as gimnospermas são adaptadas a climas frios e áridos.

Reprodução das gimnospermas

As gimnospermas não possuem flores, mas apresentam cones como estruturas reprodutivas:

  • Microstróbilos (masculinos): Produzem grãos de pólen, que são dispersos pelo vento.

  • Megastróbilos (femininos): Produzem óvulos, que, após a fecundação, desenvolvem-se em sementes.

A polinização ocorre pelo vento (anemofilia), tornando essas plantas independentes da água para reprodução.

Produzem dois tipos de esporos (masculino e feminino), processo conhecido como heterosporia. São seres eucariontes, traqueófitas, fotossintetizantes e pluricelulares.

Habitat das gimnospermas

As gimnospermas são plantas encontradas em maior quantidade em locais de clima frio ou temperado. Porém, algumas espécies podem se desenvolver em regiões tropicais e subtropicais também. 

Principal característica evolutiva das gimnospermas

Sem dúvidas a principal característica evolutiva das gimnospermas é seu tipo de sementes. Essa estrutura é responsável pela proteção do embrião contra a desidratação, pelo fornecimento de nutrientes no desenvolvimento inicial da planta, além da dispersão das espécies. 

Outra estrutura importante é a presença de tubo polínico. Por conta da presença dessa estrutura, a reprodução deixa de ser dependente da água e as espécies podem se desenvolver em regiões mais secas, conquistando o ambiente terrestre definitivamente. 

Saiba mais:
Reino Plantae: resumo
Evolução das plantas

Estrutura das gimnospermas

São compostas por raiz, caule e folhas, com as funções amplamente conhecidas dessas estruturas:

  • Raiz: fixa o organismo, além de contribuir para a absorção de água e nutrientes presentes no solo.

  • Caule: sustenta o vegetal e abriga os vasos condutores que transportam nutrientes e água para o restante do organismo, além de ser o local de onde brotam as folhas.

  • Folhas: estruturas clorofiladas responsáveis pela fotossíntese e produção de matéria orgânica do vegetal.

Além dessas estruturas, as gimnospermas possuem estruturas reprodutivas (estróbilos) formadas a partir da diferenciação e modificação de estruturas foliares que não realizam fotossíntese.

As gimnospermas são plantas vasculares, por isso apresentam xilema e floema, e são fanerógamas, ou seja, apresentam sementes. 

As sementes das gimnospermas são envoltas por um revestimento rígido, e dentro encontramos o embrião envolto por uma substância de reserva.

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Ramos de pinheiro com pinhas maduras, ilustrando a reprodução das gimnospermas através de sementes expostas

Estróbilo feminino (pinha) da espécie Picea abies

Ciclo reprodutivo das gimnospermas

O ciclo reprodutivo das gimnospermas inicia-se com a transformação das folhas em estróbilos masculinos e femininos. Os megastróbilos, após passarem por meiose, geram megásporos que são abrigados no óvulo, localizados nos megasporângios, e dão origem à oosfera.

Ciclo de vida das gimnospermas

O ciclo de vida das gimnospermas pode ser esquematicamente iniciado com um vegetal dioico adulto. Um pinheiro, por exemplo, que tem como fase dominante o esporófito (2n).

Em determinada época, com a maturação e preparo para a reprodução, algumas estruturas foliares modificadas dão origem aos estróbilos (2n), que podem ser masculinos (microstróbilos) ou femininos (megastróbilos) e são diploides.

No interior dos microstróbilos, ocorrem divisões meióticas nos microsporângios, originando os micrósporos haploides (n). Esses micrósporos originam os gametófitos masculinos (n), chamados de grãos de pólen, que são dispersados e liberados no ar.

O vento tem importante papel na reprodução, levando os grãos de pólen liberados até os megásporos (n) (estruturas reprodutivas femininas). Esse processo é chamado de polinização. Quando é realizada com auxílio do vento, é chamada de AnemofIlia.

Dentro dos megastróbilos (2n), divisões meióticas originam o gametófito feminino chamado megásporo (n), que permanece nos megasporângios, se desenvolvendo no interior da região conhecida como óvulo. A partir do gametófito feminino (n), pode surgir mais de um arquegônio, cada um diferenciando-se em oosfera (n). Dessa forma, em uma mesma estrutura reprodutiva, podem ser formados mais de um gameta feminino, mas mesmo que após várias oosferas sejam fecundadas, geralmente apenas uma se torna embrião.

Uma vez que um grão de pólen (n), por meio da polinização, encontra o megastróbilo, uma espécie de tubo, chamado tubo polínico, cresce a partir do grão de pólen até alcançar o óvulo (n). Através do tubo polínico, o gameta masculino presente no grão de pólen, chamado de núcleo espermático (n), é introduzido no óvulo. Dentro do óvulo, o núcleo espermático fecunda a oosfera (gameta feminino haploide -n-), formando um zigoto diploide (2n).

O zigoto se desenvolve até formar um embrião (2n), e toda a estrutura do óvulo também se desenvolve, formando a semente, que protege e nutre o embrião. Nos pinheiros, as sementes são chamadas de pinhões, que podem ser espalhados na natureza, podendo germinar e originar um novo indivíduo diploide (2n).

A figura abaixo mostra o ciclo de vida das gimnospermas com um pinheiro adulto (esporófito 2n), em que, dos seus microsporângios, surge o grão de pólen, que por meio do vento, pode ser levado até o gametófito feminino (megásporo), que quando fecundado, origina o óvulo, que se desenvolve até gerar um embrião, que é envolvido pela semente e, quando em contato com o solo, pode germinar.

Diagrama ilustrando o ciclo de vida das gimnospermas, destacando o esporófito, inflorescências masculinas e femininas, formação de gametófitos e desenvolvimento do embrião envolvido pela semente.

Ciclo de vida das gimnospermas

Resumo sobre gimnospermas

As gimnospermas são um grupo de plantas vasculares que produzem sementes expostas, sem a proteção de um fruto. Este grupo inclui as coníferas, como pinheiros e abetos, que são predominantes em muitas florestas temperadas e boreais ao redor do mundo.

As gimnospermas são fundamentais tanto ecologicamente quanto economicamente. Ecologicamente, contribuem significativamente para a biodiversidade de seus habitats, enquanto economicamente são essenciais para a indústria de madeira e papel.

Adaptadas para climas mais áridos e frios, suas folhas em forma de agulha e a presença de resinas ajudam a minimizar a perda de água. A reprodução ocorre através de cones, onde os masculinos dispersam pólen e os femininos recebem e germinam as sementes.

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A Briófitas.
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