Como dito anteriormente, na meiose ocorrem processos que podem gerar células-filhas diferentes entre si em material genético. Esses processos garantem a variabilidade genética.
São dois processos que diferenciam as células geradas na meiose: Crossing-Over e segregação independente dos homólogos.
Crossing-Over
Também é chamado de recombinação ou permutação.
O processo ocorre na Prófase I, quando acontece o pareamento de homólogos. Nesse pareamento, os cromossomos homólogos ficam tão próximos que podem, literalmente, trocar trechos de DNA das suas extremidades.
Dessa forma, um cromossomo de origem paterna pode conter em uma das cromátides-irmãs um trecho do cromossomo materno e vice-versa. Com isso, quando os cromossomos de uma célula durante a meiose I sofrem crossing-over, ao final são geradas quatro células diferentes em termos de material genético.
Esquema de Crossing-Over
Segregação independente dos homólogos
A própria separação dos cromossomos homólogos na Anáfase I já pode garantir variabilidade entre as células geradas. A segregação independente relaciona todas as possibilidades de separação dos cromossomos existentes.
Por exemplo: em uma célula com três pares de cromossomos homólogos, há seis cromossomos ao todo, três de origem paterna (vindos do espermatozóide) e três de origem materna (contidos no óvulo). Ao separar esses cromossomos homólogos na Anáfase I, é possível gerar uma célula com um cromossomo paterno e dois maternos, dois paternos e um materno, três paternos e assim por diante.
O cálculo do número exato de células diferentes que podem ser geradas é dado por:
Número de células diferentes = 2N
Com N sendo o número de pares de cromossomos homólogos.
No exemplo acima, há três pares de homólogos. Pelo cálculo, portanto, há oito possibilidades diferentes de gametas que podem ser formados.
Esquema da Segregação Independente de Homólogos