Neste bioma já foram catalogadas cerca de 11.627 espécies de plantas nativas. Muitas dessas plantas apresentam características de xeromorfismo. Entretanto, na maior parte da região pela qual se estende o Cerrado não falta água para a vegetação.
Uma evidência deste fato é que a vegetação do Cerrado não perde as folhas na estação seca, ao contrário das plantas típicas da Caatinga. O que as pesquisas mostraram é que as características de xeromorfismo do Cerrado, principalmente as cascas grossas e os caules retorcidos, se devem ao tipo de solo, que é ácido.
Devido à grande diversidade de habitats, é possível encontrar uma grande variedade de espécies animais no Cerrado. Cerca de 199 espécies de mamíferos são conhecidas, entre elas o macaco-prego, o sagui, o rato do mato, a anta, a capivara, o veado campeiro e a onça-pintada. O tamanduá-bandeira, o tatu-canastra e o lobo-guará são exemplos de mamíferos típicos do Cerrado ameaçados de extinção.
No grupo das aves, cerca de 837 espécies são conhecidas, entre elas pode-se citar os papagaios, urubus, gaviões e sabiás. Entre os répteis, 180 espécies já foram catalogadas, dentre elas estão a jararaca, a cascavel, a sucuri e também cágados, jabutis e lagartos.
Outro destaque deste bioma vai para os insetos, que são habitantes de grande importância para o ecossistema. Os cupins, por exemplo, são garantia de alimento para tamanduás e tatus. As abelhas, por sua vez, têm o papel de polinizar as flores da região.