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Rochas sedimentares: formação, tipos e exemplos no Brasil

Geografia - Manual do Enem
Natalia Jorge Publicado por Natalia Jorge
 -  Última atualização: 14/4/2025

Introdução

Você já parou para pensar de onde vem o arenito dos cânions brasileiros ou o calcário usado na construção civil? Essas rochas são mais importantes do que parecem — e podem cair na sua prova do Enem.

As rochas sedimentares estão por toda parte: nas paredes das cavernas, nas chapadas que moldam o relevo do Brasil e até no solo que usamos para plantar. Elas se formam a partir da compactação de sedimentos ao longo de milhões de anos e revelam registros valiosos da história da Terra, como fósseis, camadas geológicas e alterações climáticas.

Muito além de sua aparência aparentemente simples, essas rochas são verdadeiros arquivos naturais. Por isso, são alvo de estudo em geologia, paleontologia, arqueologia e, claro, em vestibulares. Neste artigo, você vai entender como elas se formam, os tipos existentes e onde podem ser encontradas no Brasil. 

Imagem de rochas sedimentares em detalhe, com camadas sobrepostas visíveis, mostrando diferentes composições minerais formadas por processos geológicos ao longo de milhares de anos.

Índice

O que são rochas sedimentares?

Rochas sedimentares são formações geológicas originadas pela deposição e compactação de partículas — como areia, argila, minerais e até matéria orgânica. Essas partículas, conhecidas como sedimentos, se acumulam em camadas ao longo do tempo em ambientes como rios, oceanos, lagos e desertos.

Uma característica marcante dessas rochas é a estratificação, ou seja, a disposição em camadas visíveis, cada uma representando um período geológico distinto. Além disso, elas frequentemente contêm fósseis, que ajudam a compreender como era o ambiente e quais formas de vida existiam em diferentes épocas da história da Terra.

Como se formam as rochas sedimentares?

A formação das rochas sedimentares é um processo lento e contínuo que envolve várias etapas naturais:

  • Intemperismo: fragmentação das rochas por ação do clima, como chuva, vento e variação de temperatura.

  • Erosão: transporte desses fragmentos por agentes como água, vento e gelo.

  • Transporte: os sedimentos percorrem longas distâncias e continuam sendo desgastados.

  • Deposição: os fragmentos se acumulam em locais de baixa energia, como o fundo de rios, lagos e mares.

  • Compactação: o peso das camadas superiores comprime as inferiores, reduzindo os espaços entre os grãos.

  • Litificação: a pressão transforma os sedimentos em rocha sólida.

Esse processo pode levar milhões de anos e resulta em estruturas que funcionam como páginas de um livro antigo, revelando os capítulos da história geológica da Terra.

Quais são os tipos de rochas sedimentares?

As rochas sedimentares se dividem em três categorias principais, de acordo com sua origem:

Rochas sedimentares detríticas (ou clásticas)

São formadas por fragmentos de outras rochas, como seixos, areia ou argila, transportados pela água, vento ou gelo.

Exemplos:

  • Arenito: formado por grãos de areia compactados.

  • Conglomerado: contém fragmentos arredondados, como seixos.

Essas rochas são comuns em desertos, praias antigas e leitos de rios.

Rochas sedimentares químicas

Surgem da precipitação de substâncias dissolvidas na água, como sais minerais. São comuns em ambientes áridos ou cavernas.

Exemplos:

  • Calcário químico: formam estalactites e estalagmites em cavernas.

  • Gipsita: rocha branca formada por sulfato de cálcio.

Rochas sedimentares orgânicas

Originadas da decomposição de matéria orgânica, como restos de plantas e animais. São importantes fontes de energia e fósseis.

Exemplos:

  • Carvão mineral: resulta da compactação de vegetais.

  • Calcário orgânico: originado de conchas e esqueletos marinhos.

Características das rochas sedimentares

As rochas sedimentares possuem algumas propriedades que as tornam únicas e facilitam sua identificação. Essas características podem ser observadas tanto no campo quanto em laboratório e ajudam a entender o processo de sua formação.

Estratificação

As rochas sedimentares apresentam estratificação, ou seja, camadas bem visíveis que se formam ao longo do tempo devido à deposição de sedimentos em diferentes períodos.

Porosidade

Outra característica importante é a porosidade. As rochas sedimentares possuem muitos espaços entre os grãos que as compõem, o que permite a passagem de líquidos ou gases através delas.

Textura variada

A textura das rochas sedimentares pode variar bastante, com exemplos que vão de grãos finos, como os encontrados nos argilitos, até os mais grossos, como nos conglomerados. Essa variação é resultado do tipo de sedimento que as compõe.

Cores distintas

As rochas sedimentares apresentam cores distintas dependendo do ambiente em que se formaram. Ambientes secos tendem a produzir rochas de tons avermelhados, enquanto em ambientes marinhos, as rochas geralmente apresentam cores mais claras.

Presença de fósseis

Outro ponto relevante é a presença de fósseis. Muitos fósseis podem ser encontrados nas rochas sedimentares, o que indica que essas rochas têm um grande valor para o estudo da vida antiga.

Exemplos de rochas sedimentares no Brasil

O Brasil possui diversas bacias sedimentares que são ricas em rochas desse tipo. Essas áreas são de grande importância econômica e científica devido aos minerais, fósseis e materiais de construção que elas abrigam.

Bacia do Paraná

Na Bacia do Paraná, localizada em estados como Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, é possível encontrar carvão mineral e arenito, recursos fundamentais para a indústria energética e de construção.

Bacia do São Francisco

A Bacia do São Francisco, que abrange Minas Gerais e Bahia, é rica em calcário, uma rocha essencial na produção de cimento e outros materiais de construção.

Bacia Amazônica

Na Bacia Amazônica, localizada no Amazonas e Pará, são encontrados fósseis, arenito e argila, proporcionando importantes informações sobre o ambiente e a vida no passado.

Chapada Diamantina

A Chapada Diamantina, na Bahia, é formada por camadas de arenito, um tipo de rocha sedimentar que tem grande valor tanto geológico quanto turístico.

Pantanal

O Pantanal (Mato Grosso do Sul) contém depósitos recentes com fósseis e sedimentos, oferecendo informações sobre a fauna e a flora da região ao longo do tempo.

Formação de rochas sedimentares em montanhas, com camadas visíveis esculpidas pela erosão ao longo do tempo. Paisagem natural com vegetação esparsa e relevo acidentado.

Por que estudar rochas sedimentares é tão importante?

O estudo das rochas sedimentares é fundamental para compreender a história geológica do nosso planeta. Elas fornecem informações valiosas sobre o clima, a fauna e a flora do passado, além de serem fontes de recursos naturais essenciais.

  • Indícios sobre o clima antigo: as rochas sedimentares podem revelar informações sobre o clima de períodos passados, ajudando a entender as mudanças climáticas ao longo da história da Terra.

  • Vestígios de oceanos e rios: elas também oferecem pistas sobre antigos corpos d'água que existiram em regiões agora secas ou cobertas por terra.

  • Fósseis: os fósseis encontrados em rochas sedimentares são registros da vida pré-histórica e fornecem dados sobre a evolução das espécies.

  • Pistas sobre catástrofes naturais: muitas rochas sedimentares podem registrar eventos naturais extremos, como inundações ou vulcões.

  • Recursos naturais: além de fósseis, as rochas sedimentares são fontes de petróleo, gás natural e água subterrânea, recursos essenciais para a economia global.

Por isso, as rochas sedimentares são estudadas na estratigrafia, um ramo da geologia que analisa as camadas rochosas para entender a evolução da Terra.

Se você se interessou pelo tema, vale aprofundar seus estudos também em rochas magmáticas, metamórficas e no ciclo das rochas. E para quem quer seguir na área das Ciências da Natureza, fique atento: há bolsas de estudo disponíveis com desconto em Geologia e outros cursos no Quero Bolsa

 

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