Assim como os verbos transitivos (diretos e indiretos), algumas palavras de outras classes gramaticais, tais como adjetivos e substantivos, também precisam de complemento para seu sentido ser plenamente compreendido.
Ao termo que faz essa função, ou seja, complementa substantivos, adjetivos e advérbios, dá-se o nome de complemento nominal.
É importante destacar que o complemento nominal aparece sempre ligado ao nome por preposição, assim como ocorre com o objeto indireto.
Se o objeto é o termo que, por excelência, recebe a atividade do verbo, o complemento nominal, por sua vez, recebe a atividade de um nome. Veja um exemplo:
“Tenho necessidade de dinheiro.”
Perceba que a expressão “de dinheiro”, introduzida pela preposição “de”, completa o sentido do substantivo “necessidade” e, portanto, tem o papel de um complemento nominal.
Quando o complemento nominal acompanha um substantivo, ele é, em geral, complemento de um nome derivado de um verbo. Veja:
(I) O ladrão fugiu do presídio.
(II) A fuga do ladrão do presídio.
Perceba que há certa equivalência nos sentidos das orações I e II. A partir do verbo fugir, ocorre um processo chamado nominalização, que dá origem ao substantivo fuga.
É a partir desse processo que se abre a necessidade de um complemento nominal, que complete o sentido do nome utilizado na oração. Nesse caso, com o substantivo fuga, pressupõe-se a fuga de alguém (do ladrão).
Como já dito anteriormente, o complemento nominal pode acontecer, também, com adjetivos e advérbios. Veja alguns exemplos dessa situação:
O resultado foi prejudicial aos alunos.
O juiz decidiu favoravelmente ao réu.
Nesses casos, os termos preposicionados complementam, respectivamente, os sentidos de um adjetivo e de um advérbio, cumprindo um papel de complemento nominal.
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