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João Marcondes | 27/06/25Confira as datas e os valores mensais do programa Pé-de-Meia para estudantes do ensino médio regular e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
A gramática da língua portuguesa nada mais é do que um conjunto de normas que organizam a nossa comunicação.
Se você chegou até aqui, provavelmente está buscando respostas sobre algum desafio de gramática, seja para ajudar seu filho(a) na lição de casa ou simplesmente para entender melhor essa disciplina cheia de regras.
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A gramática da língua portuguesa nada mais é do que um conjunto de normas que organizam a nossa comunicação, garantindo que as mensagens sejam compreendidas por todos.
E sim, pode parecer complicado no início, mas essas regras são fundamentais para ler, escrever e se expressar com clareza. Nesse texto, vamos desmistificar essa área do conhecimento e mostrar que a gramática pode ser fascinante e não precisa ser vista como um bicho de sete cabeças.
Afinal, entender a moderna gramática portuguesa ajuda não apenas no ambiente escolar, mas também no dia a dia, seja na escrita de um e-mail, na leitura de um livro ou até na interpretação de um contrato.
Continue a leitura e veja mais sobre origem, características, regras, e divisões gramaticais.
Neste artigo você vai ver:
A língua é uma ferramenta essencial da comunicação humana. É por meio dela que interagimos com o mundo, expressamos ideias e compreendemos mensagens.
Mas, para que essa comunicação seja clara e acessível a todos, é necessário um conjunto de regras que organize o uso da língua – e é aí que entra a gramática.
O termo “gramática” tem origem no grego antigo, na palavra grammatiké, que significa “arte das letras”.
Na prática, a gramática da língua portuguesa pode ser entendida como o estudo das regras que estruturam a fala e a escrita, garantindo que as mensagens sejam compreendidas de maneira eficiente.
Embora cada pessoa tenha um jeito único de se expressar, existe um padrão aceito socialmente para a escrita e a fala formal.
Esse conjunto de normas é chamado de norma-padrão do português, e ele serve para unificar a comunicação, principalmente em contextos acadêmicos e profissionais.
Pense na diferença entre as frases:
1 – Nós vamos à escola amanhã.
2 – Nois vai na escola amanha.
A primeira segue as regras da moderna gramática portuguesa, respeitando aspectos como concordância verbal, uso correto da crase e acentuação.
Já a segunda, apesar de compreensível, não está em conformidade com a norma-padrão, podendo causar dificuldades na interpretação em determinados contextos escritos.
É importante lembrar que, na oralidade, as variações linguísticas são naturais e não devem ser vistas como “erradas”. Afinal, a linguagem falada se adapta a diferentes contextos sociais e regionais.
No entanto, em situações formais – como na escrita acadêmica, profissional e em concursos –, o uso das regras gramaticais é essencial para garantir clareza e compreensão universal.
Ou seja, a gramática não existe apenas para “corrigir” a forma como falamos ou escrevemos, mas para garantir que a mensagem seja clara e compreendida por todos os falantes da língua portuguesa.
Existem diferentes tipos de gramática, isso não significa que as regras mudem de um para outro, mas cada tipo traz uma abordagem diferente.
Dividir a gramática em categorias ajuda a organizar o conteúdo na hora de aprender as regras e utilizar corretamente a nossa língua. Nesse sentido, são quatro os tipos de gramática do português brasileiro escrito: a gramática normativa, a descritiva, a histórica e a comparativa.
Vamos conhecer cada uma delas?
A gramática normativa é sinônimo de norma culta. Ela reúne as regras que padronizam o uso da língua portuguesa, com base na tradição e no que é considerado correto dentro da norma-padrão.
Seu objetivo é orientar a escrita e a fala formal, garantindo clareza e uniformidade na comunicação oficial, acadêmica e profissional. Na gramática normativa, todas as variações linguísticas e tudo o que é diferente da norma culta, são considerados erros.
Exemplo:
Esse tipo de gramática está presente em livros didáticos, gramáticas tradicionais e normas ortográficas, como na obra Nova Gramática do Português Contemporâneo.
A gramática descritiva tem um papel diferente da normativa: em vez de impor regras, ela analisa e descreve como os falantes realmente utilizam a língua no dia a dia, como uma gramática internalizada.
Ela não classifica os usos como “certos” ou “errados”, mas estuda as variações linguísticas existentes em diferentes grupos sociais, regiões e contextos, ela documenta o uso da língua.
Exemplo:
A gramática internalizada, ou seja, o conhecimento intuitivo que temos sobre a língua sem precisar estudá-la formalmente, faz parte do campo da gramática descritiva.
A gramática histórica estuda a evolução da língua ao longo do tempo. O português, por exemplo, veio do latim e sofreu inúmeras transformações até chegar à sua forma atual.
Esse ramo da gramática analisa como palavras, estruturas gramaticais e regras foram se modificando ao longo dos séculos. Em termos práticos, podemos dizer que ela estuda a linha do tempo de uma língua.
Exemplo:
Esse estudo ajuda a compreender por que algumas regras da moderna gramática portuguesa existem e como a língua continua em constante transformação.
A gramática comparativa analisa semelhanças e diferenças entre o português e outras línguas, principalmente aquelas que compartilham a mesma origem, como o espanhol, o francês e o italiano.
Exemplo:
Esse estudo ajuda linguistas a entenderem as relações entre os idiomas e suas influências em cada língua.
Por ser um assunto muito amplo, a gramática é organizada e estudada de forma dividida, cada uma abordando aspectos diferentes da língua. As quatro principais divisões da gramática são: fonologia (ou fonética), morfologia, sintaxe e semântica.
Os primeiros contatos com a gramática básica acontecem no Ensino Fundamental, quando as crianças aprendem a reconhecer sons, formar palavras e construir frases simples. Nessa fase, os conteúdos são apresentados de forma lúdica e contextualizada para facilitar a compreensão.
Já no Ensino Médio, o estudo da gramática se torna mais detalhado e complexo. Os alunos passam a analisar a estrutura da língua com mais profundidade, compreendendo regras de concordância, regência e formação de palavras.
Agora, vamos entender melhor cada uma das divisões da gramática do português brasileiro escrito:
A fonologia e a fonética estudam os sons da língua portuguesa. A fonética analisa a pronúncia dos sons e suas variações na fala, enquanto a fonologia estuda como esses sons se organizam dentro do idioma e influenciam o significado das palavras.
Ela é dividida em duas áreas:
A morfologia estuda a estrutura e a formação das palavras, analisando os elementos que as compõem, como radicais, prefixos, sufixos e desinências. Ela explica como as palavras são formadas e como suas variações indicam gênero, número e tempo verbal.
Exemplo:
A sintaxe estuda a organização e classificação das palavras dentro das frases e como elas se relacionam para formar um discurso coerente e coeso. É a área que define as regras de concordância, regência e colocação das palavras.
Para aprender sobre sintaxe, você precisará estudar sobre o significado de frase, oração e período e conhecer as várias funções sintáticas como sujeito, predicado, objeto direto e indireto, complemento verbal e nominal, assim por diante.
Exemplo:
A semântica analisa o significado das palavras e das frases no contexto da comunicação. Ela estuda sinônimos, antônimos, polissemia (palavras com múltiplos significados) e figuras de linguagem.
Exemplo:
É importante lembrar que as áreas da gramática trabalham juntas para estruturar a língua e garantir que a comunicação aconteça de forma clara e eficiente.
Por isso, entender essas divisões facilita o aprendizado da gramática e contribui para a construção de textos bem organizados e coesos. Viu só como a gramática pode ser linda?
Antes de explorarmos as regras mais importantes da gramática do português brasileiro escrito, vale lembrar que todas as palavras da língua portuguesa pertencem a um desses 10 grupos, conhecidos como classes gramaticais:
Agora que relembramos as classes gramaticais, vamos às 10 regrinhas de gramática mais buscadas que podem ajudar pais e alunos a evitar erros comuns na escrita:
A crase ocorre quando há a fusão da preposição “a” com o artigo “a”. Ela deve ser usada antes de palavras femininas:
Exemplo: Vou à escola. (preposição “a” + artigo “a” da palavra escola)
Erro comum: Vou a escola.
A vírgula não pode separar sujeito e predicado e deve ser usada para indicar pausas ou separar elementos da oração.
Exemplo correto: Os alunos da escola participaram de um torneio de xadrez.
Erro comum: Os alunos da escola, participaram de um torneio de xadrez.
O verbo deve concordar em número e pessoa com o sujeito.
Exemplo: Os alunos estudam para a prova.
Erro comum: Os alunos estuda para a prova.
Os adjetivos devem concordar com o substantivo em gênero e número.
Exemplo: As crianças estavam felizes.
Erro comum: As crianças estavam feliz.
Com a reforma ortográfica, algumas palavras perderam o hífen, enquanto outras mantiveram.
Exemplos corretos:
Com a reforma ortográfica, alguns acentos diferenciais foram retirados, mas outros continuam.
Permanecem:
Foram retirados:
Desde o início da normatização da língua portuguesa no Brasil, nosso país já teve duas reformas ortográficas:
Como vimos, a última reforma ortográfica do Brasil ocorreu em 2009 e é a mais recente e atualizada. Ela aconteceu de diferentes formas em diferentes países que falam português.
Confira esse box com as principais mudanças gramaticais trazidas pela reforma ortográfica de 2009:
Principais mudanças da reforma ortográfica de 2009 ✅ Inclusão de letras no alfabeto: as letras “k”, “w” e “y” passaram a fazer parte oficialmente do alfabeto da língua portuguesa. ✅ Fim do trema: o sinal foi retirado de palavras de uso comum, como “linguiça” e “frequente”, mas continua sendo usado em nomes próprios estrangeiros e seus derivados. ✅ Mudanças na acentuação: deixaram de existir o acento diferencial em algumas palavras homônimas (como “para” do verbo parar e “para” preposição) e o trema. Além disso, caíram os acentos em ditongos abertos de palavras paroxítonas, como “ideia” e “heroico”. ✅ Regras do hífen: o uso do hífen foi alterado em algumas palavras, como em compostos iniciados por vogal (exemplo: “autoescola”, sem hífen) e em prefixos seguidos de “h” (como “anti-higiênico”, que manteve o hífen). |
Como vimos,dominar a gramática do português brasileiro escrito é essencial para o sucesso acadêmico e profissional. Afinal, uma boa comunicação abre portas, melhora o desempenho escolar e facilita a conquista de oportunidades no futuro.
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