
Enem 2025: quem pediu isenção precisa fazer a inscrição?
Isabella Baliana | 01/04/25Entenda se quem pediu isenção no Enem 2025 precisa também fazer a inscrição para participar
A cultura pode ser definida como o conjunto de crenças, costumes, gastronomia, tradições, leis, linguagem, expressões artística, musical e literária de um povo. Ela é importante na luta contra a discriminação, na preservação da memória e formação crítica dos cidadãos.
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Por sua importância, é papel de todos preservá-la e direito da população ter acesso aos bens culturais, por condições asseguradas pelo Estado.
Atualmente, os agentes culturais têm criticado o atual governo pela extinção do Ministério da Cultura, diminuição do orçamento da Lei Rouanet, de incentivo a cultura brasileira, e as ameaças à Agência Nacional do Cinema (Ancine), que tem como objetivo fomentar, regular e fiscalizar a indústria audiovisual no Brasil.
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Com o assunto em constante discussão, a temática cultura é um provável assunto para a redação do Enem.
Alguns temas relacionados a cultura que já foram abordados pela prova são: Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação (2004), O poder de transformação da leitura (2006), Publicidade infantil em questão no Brasil (2014) e Consequências da busca por padrões de beleza idealizados (2017).
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Para te ajudar para a redação, a Revista Quero levantou cinco possíveis propostas de redação com o tema sociedade com a ajuda da professora de Redação Miriele Amorim. Confira!
Uma das obrigações do Estado, que consta na Constituição Federal de 1988, é garantir a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, além de incentivar a valorização e a difusão das manifestações culturais.
A prova pode exigir do candidato argumentos que expliquem o porquê o acesso a esses bens culturais, como bibliotecas, museus, teatros, shows, etc são tão importantes para a sociedade.
Democratizar a cultura é dar condições para que todas as pessoas possam ter acesso aos bens culturais e, dessa forma, exercer sua cidadania e construir sua identidade cultural. Os fatores que dificultam a inclusão cultural são a distância dos centros culturais, dificuldade financeira, falta de tempo, desinteresse da população, entre outros.
O governo pode estimular a população, tanto para que ela acesse os bens culturais quanto para que ela entenda sua importância. A professora acredita que o Enem pode explorar as consequências positivas dessa democratização.
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O patrimônio histórico de um país reflete sua cultura e memórias, por isso a importância de sua preservação. O tema “patrimônio histórico-cultural e memória” já esteve presente em 6,1% das provas entre 2009 e 2017, segundo o levantamento feito pelo Sistema Ari de Sá (SAS).
Os incêndios no Museu Nacional do Rio de Janeiro e na Catedral de Notre-Dame em Paris, por exemplo, reativaram as discussões sobre o assunto e o torna um possível tema para a próxima redação do Enem.
Uma das características do Brasil é sua diversidade, desde a natureza até sua cultura. O país tem uma grande extensão e é influenciado por povos nativos, migrações de vários povos, climas das regiões, entre outros.
A professora Miriele acredita que a proposta pode abordar de que forma a cultura pode moldar a personalidade e identidade de cada pessoa. “Pelo fato de ela ter acesso a várias expressões de cultura, ela pode ter determinadas crenças e/ou ideologias”, afirma Miriele.
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Piadas que façam apologia à discriminação étnica, à homofobia, à xenofobia e a preconceitos e intolerâncias passam os limites da liberdade de expressão. Hoje, não é difícil se lembrar de diversos casos de famosos que movem processos judiciais contra humoristas e programas de humor.
A prova pode abordar as consequências desse tipo de expressão. Uma delas é o fato de que muitos humoristas são famosos e influenciadores, e quando passam dos limites no humor podem, além de ofender um grupo, difundir essas ideias e propagar essa discriminação na sociedade.
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Para te ajudar a ter uma ideia de como pode ser escrita uma redação com um tema relacionado à cultura, confira abaixo o modelo de redação sobre o tema do Enem 2019, que foi “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”, um tema dentro da área da cultura, realizada pelo portal Redação Online:
Criticado por teóricos da Escola de Frankfurt como Adorno e Horkheimer por ser intrinsecamente ligado ao papel mercadológico da Indústria Cultural, o cinema é, notadamente, um dos elementos culturais mais ímpares do mundo contemporâneo. Entretanto, o Brasil enfrenta dificuldades em garantir a viabilização dessa prática de maneira universal devido, principalmente, a ineficácia governamental e o distanciamento entre ambiente escolar e a realidade.
Em primeiro plano, é relevante abordar que, apesar do Brasil estar inserido em um mecanismo econômico capitalista com tendências a redução das responsabilidades estatais, a negligência governamental ainda assim não é justificável. Esse fato, quando analisado sob ótica econômica de liberais como Mises e Hayek, apresenta-se como crassa violação ao Princípio do Dano, que coloca como dever estatal atuar em áreas nas quais o mercado não pode. Dessa forma, a baixa taxa de existência de cinemas em regiões historicamente segregadas – como o Norte e o Nordeste – configura-se como uma supressão do direito à cultura garantido na Constituição Federal de 1988.
Ademais, concomitantemente a essa dimensão política, quando o teórico da educação como processo cultural e social Lev Vygotsky afirma que a escola não pode se distanciar dos aspectos da vida cotidiana daqueles que a frequentam, corrobora-se a necessidade de inserir eixos temáticos relacionados a importância do cinema na abordagem do ensino básico. Apesar disso, a educação brasileira não o faz de maneira efetiva, tendo em vista que, quando o faz, se trata de um processo meramente passivo de transmissão de filmes restrita aos alunos sem a reflexão acerca do papel do cinema na formação cultural.
Portanto, cabe ao Ministério da Educação, juntamente ao Ministério da Cidadania, fomentar a utilização de espaços escolares como salas, auditórios e quadras como cinemas comunitários, por meio do aproveitamento da existente estrutura de cadeiras e projetores. Essa ação deve ser feita almejando viabilizar a difusão desse tipo de ambiente em regiões de inviabilidade mercadológica e, assim, efetivar o promulgado na Constituição Federal e democratizar o cinema no Brasil.
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Além disso, confira abaixo o modelo de redação sobre um tema dentro da área da cultura, “A importância das manifestações culturais brasileiras para a valorização de grupos minoritários”, realizada por uma estudante no portal Escrever Online:
A obra cinematográfica “O ódio que você semeia” retrata as dificuldades oriundas da discriminação aos negros recorrente no panorama hodierno, o que impulsiona correntes de manifestos ao longo das nações. De forma análoga, a realidade apresentada se estende pela considerável diversidade de grupos minoritários, os quais necessitam das manifestações culturais para a valorização de sua história. Todavia, no Brasil, a importância dessas formas de expressão encontra-se deturpada devido aos impasses advindos da formação história cultural juntamente à falta de discussões acerca do assunto.
Vale ressaltar, nesse contexto, a formação histórica como agente impulsionador desse revés. Nesse sentido, ao relembrar o episódio do descobrimento do Brasil, é fato que houveram choques culturais entre europeus e nativos, porém, ao invés de agir com respeito, o conceito de superioridade europeia prevaleceu e com isso a extinção de povos tornou-se consuetudinária. Além disso, após a vinda de outras nações e a consequente miscigenação, o preconceito contra pessoas de etnias distintas da “superior” disseminou-se pelas gerações. Isso posto, a existência de resquiços marginalizadores da diversidade ainda no século XXI é notável. Visto isso, enquanto as falhas justificativas para a discriminação forem regra, o acolhimento e a inclusão de diferentes culturas serão exceção.
Outrossim, é lícito postular a má informação como agravadora do óbice. Nesse sentido, consoante ao ativista jamaicano Marcus Garvey, “um povo sem conhecimento de sua cultura é como uma árvore sem raízes”. Diante disso, as manifestações culturais têm o essencial papel de dar identidade ao país. Contudo, sem o devido contato com as características étnicas, os corpos sociais pertencentes a cada órgão cultural do Brasil tendem a permanecer na minoritariedade e sem oportunidades para a dispersão. Logo, é premente a ampliação de visibilidade para o enaltecimento das essências nacionais, de acordo com Garvey.
Em virtude dos argumentos supracitados, atitudes são necessárias para manter ou fazer crescer a importância das manifestações culturais. Por conseguinte, cabe à população verde-amarela distinguir a história do preconceito, mediante avaliações individuais acerca da alteridade, com o fito de promover a inclusão dos minoritários. Ademais, o Ministério da Educação, em parceria com os vetores midiáticos, deve adicionar à grade curricular os estudos sobre a diversidade cultural brasileira, além da propagação de informação acessível, por meio da visibilidade nas mídias, a fim de apresentar um país rico em acervos culturais. Desse modo, os impactos de “O ódio que você semeia” se converterão ao respeito que será colhido.
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