Necrose: o que é, tipos, causas e tratamentos

A necrose é um alerta do corpo que não pode ser ignorado. Trata-se de um processo de morte celular descontrolada, que pode comprometer tecidos, órgãos inteiros e, nos casos mais graves, levar à amputação ou falência de sistemas. 

Presente em quadros como infartos, feridas que não cicatrizam e até em recém-nascidos prematuros, essa condição impacta diretamente a saúde e a qualidade de vida dos pacientes.

Esse é um tema importante tanto para a saúde quanto para o Enem, onde é abordado em questões sobre biologia celular. Entenda mais ao longo do texto!

Necrose é o termo usado para definir a morte patológica de células, geralmente provocada por algum agente agressor, como infecção, trauma físico, falta de oxigenação ou inflamação intensa. 

Quando uma célula morre por necrose, ela perde sua integridade de forma abrupta e libera substâncias tóxicas, desencadeando um processo inflamatório ao redor — diferente da apoptose, que ocorre silenciosamente e sem danos colaterais.

Na prática, isso significa que, em vez de simplesmente "desligarem", como fazem as células em um processo natural, as células necrosadas "explodem", comprometendo o tecido vizinho. Isso pode resultar em sintomas como dor, inchaço, vermelhidão, escurecimento da pele e, em situações críticas, risco de infecção generalizada.

A necrose não é um processo único. Ela se manifesta de maneiras diferentes no corpo, dependendo da causa e da região afetada. Abaixo, os principais tipos:

Necrose de coagulação

A forma mais comum, associada à falta de oxigenação (isquemia), como em infartos cardíacos. A estrutura do tecido ainda se mantém visível por um tempo, mas as células morrem rapidamente.

Necrose liquefativa

Provocada por infecções bacterianas graves, essa necrose transforma o tecido em uma substância líquida purulenta, resultado da ação de leucócitos e enzimas digestivas. É típica em abscessos cerebrais.

Necrose caseosa

Presente em doenças como tuberculose, o tecido apresenta uma aparência esbranquiçada e esfarelada, semelhante à coalhada. Ocorre por conta de inflamações crônicas severas.

Enterocolite necrosante

Extremamente grave, essa necrose atinge principalmente recém-nascidos prematuros e afeta o intestino. Exige tratamento urgente para evitar perfurações e infecções fatais.

Entre os principais fatores que levam à necrose, destacam-se:

• Infecções bacterianas com liberação de toxinas destrutivas;

• Traumas físicos graves, como queimaduras ou esmagamentos;

• Problemas vasculares, como trombose ou embolia, que cortam o fornecimento de sangue;

• Doenças autoimunes, em que o corpo ataca suas próprias células;

• Complicações de diabetes, que dificultam a cicatrização e favorecem necroses em extremidades.

O tratamento depende diretamente da extensão e localização do dano. Nos casos iniciais, é possível conter a necrose com antibióticos, anti-inflamatórios e cuidados locais. No entanto, quando o quadro é avançado, pode ser necessária a remoção cirúrgica do tecido comprometido (desbridamento), e em casos extremos, a amputação de membros.

Além disso, o paciente precisa de acompanhamento rigoroso para evitar infecções secundárias e complicações sistêmicas. Em todos os casos, o diagnóstico precoce é o maior aliado na recuperação.

Sinais de alerta: quando procurar um médico

A necrose não surge do nada — geralmente, há sinais que o corpo envia. Os mais comuns incluem:

• Escurecimento da pele ou mucosas;

• Feridas que não cicatrizam;

• Dor intensa e localizada;

• Inchaço e vermelhidão;

• Mau cheiro vindo da área lesionada.

Ao perceber qualquer um desses sintomas, especialmente após uma lesão ou cirurgia, o ideal é procurar atendimento médico imediatamente.

A necrose é um tema fundamental no Enem, especialmente nas questões relacionadas a biologia celular e fisiopatologia, abordando como o corpo reage a lesões e infecções. 

Compreender os tipos de necrose e seus tratamentos é pode te ajudar a interpretar questões sobre a saúde humana e o funcionamento dos sistemas biológicos. Continue se aprofundando nos tópicos de saúde e biologia no Manual do Enem e prepare-se para arrasar nas provas!