O transporte fluvial é uma modalidade de deslocamento que utiliza cursos d'água interiores, como rios, lagos e canais navegáveis, para a movimentação de cargas e passageiros. Esse tipo de transporte depende da navegabilidade dos rios, ou seja, das condições físicas e hidrológicas que permitem o tráfego de embarcações.
No Brasil, onde há extensas bacias hidrográficas, o transporte fluvial é uma alternativa viável especialmente nas regiões Norte, Centro-Oeste e parte do Sudeste. Rios como o Amazonas, o Madeira e o Tocantins são amplamente utilizados para o deslocamento de cargas volumosas, como grãos, minérios e combustíveis.
Há dois tipos principais de vias navegáveis nesse contexto: os rios naturais, que são aproveitados com mínimas intervenções humanas, e os canais artificiais, criados ou adaptados para garantir maior regularidade na navegação. As embarcações utilizadas variam desde pequenas balsas até grandes comboios de barcaças rebocadas por empurradores.
A principal vantagem dessa modalidade está no seu custo-benefício: transportar uma tonelada por via fluvial pode ser até quatro vezes mais barato que por rodovia, segundo dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT).
Diferença entre transporte fluvial e marítimo
Embora ambos sejam modais aquaviários, o transporte fluvial e o marítimo apresentam diferenças significativas. O fluvial ocorre em rios e canais interiores, com embarcações menores e adaptadas à profundidade e largura desses corpos d’água. Já o transporte marítimo se dá em oceanos e mares, com navios de grande porte e infraestrutura portuária robusta.
Além disso, o transporte marítimo geralmente conecta países e continentes, enquanto o fluvial é mais comum em rotas internas, integrando regiões e estados. Ambos podem ser complementares dentro de um sistema de logística intermodal.