Ascaridíase: sintomas, tratamento, prevenção e ciclo

A ascaridíase é uma verminose intestinal comum em países tropicais, como o Brasil, provocada por um parasita conhecido popularmente como lombriga. Essa infecção é resultado da ingestão de ovos do verme Ascaris lumbricoides, geralmente presentes em água ou alimentos contaminados. Regiões com saneamento básico precário são mais vulneráveis à contaminação, favorecendo a proliferação da doença.

Neste conteúdo, você vai entender o que é a ascaridíase, os principais sintomas, como ocorre o contágio, além das formas de tratamento e medidas eficazes de prevenção — um tema que aparece frequentemente em questões do Enem sobre biologia, saúde pública e ecologia.

A ascaridíase é uma infecção parasitária que se desenvolve no intestino delgado, onde se aloja o verme Ascaris lumbricoides, um parasita intestinal que pode medir até 30 centímetros. A presença do verme no organismo pode afetar a absorção de nutrientes e causar diversas complicações, principalmente em crianças.

Essa verminose é considerada uma doença negligenciada, pois afeta principalmente populações em situação de vulnerabilidade social, com acesso limitado a água tratada, rede de esgoto e práticas adequadas de higiene. O tema também é cobrado no Enem em questões sobre desigualdade, saúde coletiva e ecossistemas.

Quais são os sintomas da ascaridíase?

Os sintomas da ascaridíase podem variar conforme a quantidade de vermes presentes no organismo. Em muitos casos, a pessoa infectada pode não apresentar sinais evidentes. No entanto, quando a infestação é intensa, os sintomas mais comuns são:

• Dor ou desconforto abdominal;

• Náuseas e episódios de vômito;

• Diminuição do apetite e emagrecimento;

• Sensação de fraqueza e irritabilidade;

• Visualização de lombrigas nas fezes.
  
  

Em infecções mais severas, as lombrigas podem formar blocos que causam obstrução intestinal, especialmente em crianças pequenas. Outro quadro possível é a migração das larvas para os pulmões, provocando tosse seca, chiado no peito e dificuldade respiratória — um quadro conhecido como síndrome de Loeffler.

A transmissão da ascaridíase acontece por via fecal-oral, ou seja, por meio da ingestão de ovos do parasita Ascaris lumbricoides presentes em alimentos crus ou mal higienizados, água contaminada ou pelo contato com solo infectado. Essa contaminação geralmente ocorre em locais onde há descarte inadequado de esgoto.

A disseminação da doença está fortemente ligada à ausência de saneamento básico, à falta de acesso à água potável e a práticas inadequadas de higiene pessoal — fatores que também são tema recorrente no Enem ao discutir doenças infecciosas e parasitárias em ambientes urbanos e rurais.

O ciclo da ascaridíase começa quando a pessoa consome ovos do verme. No intestino, as larvas eclodem e passam a migrar pela corrente sanguínea, atingindo órgãos como fígado, coração e pulmões. De lá, sobem até a garganta, são engolidas novamente e retornam ao intestino delgado, onde se desenvolvem em vermes adultos.

Esses vermes se reproduzem e eliminam novos ovos pelas fezes, reiniciando o ciclo. Esse processo explica por que é tão importante interromper a contaminação com ações de profilaxia e cuidados com a higiene.

O tratamento da ascaridíase é eficaz e acessível. Os medicamentos mais utilizados são os vermífugos albendazol e mebendazol, que eliminam os vermes adultos no intestino. Normalmente, uma única dose é suficiente, mas em alguns casos o médico pode recomendar repetir o uso após algumas semanas.

Esses remédios estão disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em situações mais graves, como obstrução intestinal, pode haver necessidade de cirurgia. Seguir a orientação médica é essencial para garantir a eficácia do tratamento e evitar a reinfecção.

Como prevenir a ascaridíase?

A prevenção da ascaridíase está diretamente ligada à adoção de medidas simples, mas fundamentais de higiene pessoal e coletiva. Veja algumas práticas recomendadas:

• Lavar frutas, legumes e verduras com água tratada e, se possível, com hipoclorito;

• Beber apenas água filtrada, fervida ou clorada;

• Higienizar as mãos antes de comer e após usar o banheiro;

• Usar calçados em locais de solo exposto;

• Evitar o contato com esgoto a céu aberto ou enchentes.
  
  

A adoção dessas práticas reduz significativamente o risco de contrair verminoses e contribui para melhorar a saúde coletiva. Para o Enem, compreender a relação entre educação sanitária, condições socioeconômicas e doenças parasitárias pode fazer diferença em questões interdisciplinares.

Para quem está se preparando para o Enem, entender como doenças parasitárias impactam a população e se relacionam com fatores socioambientais é essencial. Continue sua preparação no Manual do Enem com conteúdos sobre doenças parasitárias que mais caem no Enem e veja também como usar a nota do Enem para conquistar uma bolsa de estudos.