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Umidade do ar: o que é, como medir e como afeta a sua saúde

Conhecimento Geral - Manual do Enem
Natalia Jorge Publicado por Natalia Jorge
 -  Última atualização: 14/4/2025

Introdução

Você já sentiu o ar mais seco em dias de muito calor ou teve dificuldade para respirar quando o clima ficou abafado e chuvoso? Esses sintomas estão ligados à umidade do ar, um tema que vai muito além da previsão do tempo. 

Comum nas provas de Ciências da Natureza e nos debates sobre qualidade de vida, a umidade influencia o conforto térmico, o funcionamento do organismo e até o desempenho escolar.

Vista aérea de uma cidade encoberta por névoa densa, representando altos níveis de poluição atmosférica e baixa umidade do ar em áreas urbanas.

Índice

O que é umidade do ar?

A umidade do ar é um elemento climático que representa a quantidade de vapor de água presente na atmosfera. Esse vapor varia conforme a temperatura, a região e o horário do dia, e influencia diretamente o clima, as chuvas e o conforto das pessoas.

Na climatologia, existem três formas principais de expressar a umidade:

  • Umidade absoluta: quantidade de vapor de água (em gramas) em um metro cúbico de ar.

  • Umidade específica: relação entre a massa de vapor de água e a massa total de ar.

  • Umidade relativa: porcentagem entre a quantidade de vapor presente no ar e a máxima que ele poderia conter naquela temperatura.

A umidade relativa do ar é a mais usada na meteorologia. Um valor de 100% indica que o ar está saturado, ou seja, não consegue mais reter vapor, o que pode provocar chuvas. Já um índice abaixo de 30% é considerado estado de atenção pela Organização Mundial da Saúde (OMS), podendo trazer riscos à saúde.

Esse dado climático também se relaciona com o ponto de orvalho (temperatura na qual o vapor se condensa), com a nebulosidade (formação de nuvens) e com a sensação térmica, interferindo no nosso bem-estar e nas atividades humanas em diferentes regiões do Brasil.

Como medir a umidade do ar?

A medição da umidade é feita por meio da higrometria, área da meteorologia que estuda o teor de vapor d’água na atmosfera. O equipamento mais comum é o higrômetro, que pode ser digital, analógico ou incorporado em estações meteorológicas.

Existem vários modelos no mercado:

  • Higrômetros digitais: fáceis de usar, mostram a umidade relativa do ar e a temperatura ambiente. São ideais para residências, salas de aula e escritórios.

  • Estações meteorológicas domésticas: reúnem sensores de umidade, temperatura e pressão.

  • Higrômetros analógicos: baseados em variação de materiais sensíveis à umidade, como cabelo ou metais, ainda utilizados em laboratórios.

Você também pode encontrar sensores embutidos em celulares e relógios inteligentes, embora esses aparelhos ofereçam apenas uma estimativa. Para medir com mais precisão, é recomendável um medidor de umidade do ar específico.

A leitura da umidade ajuda a identificar a necessidade de ventilação, uso de umidificadores ou desumidificadores, especialmente em locais fechados como bibliotecas, escolas e ambientes com aparelhos eletrônicos.

Qual a umidade do ar ideal?

A umidade do ar ideal, segundo a OMS, deve ficar entre 40% e 60%. Dentro dessa faixa, o corpo humano consegue manter o equilíbrio fisiológico, as mucosas funcionam adequadamente e o risco de doenças respiratórias diminui.

Quando a umidade se afasta desses valores, seja para mais ou para menos, o organismo pode reagir com desconforto e sintomas físicos. A seguir, entenda o que ocorre em situações de excesso ou escassez de umidade.

O que acontece quando a umidade do ar está alta?

Níveis de umidade acima de 70% são considerados elevados. Essa condição torna o ambiente abafado e dificulta a evaporação do suor, prejudicando a regulação da temperatura corporal.

Além disso, a umidade excessiva favorece a proliferação de fungos, ácaros e mofo, que afetam as vias respiratórias e pioram quadros de rinite, asma e alergias. Ambientes como banheiros, porões e regiões litorâneas costumam apresentar esses problemas.

Outros efeitos do excesso de umidade:

  • Sensação de cansaço e sono constante.

  • Cheiro de mofo nos ambientes.

  • Roupas úmidas por mais tempo.

  • Aparelhos eletrônicos suscetíveis à oxidação.

E quando a umidade está muito baixa?

Por outro lado, umidade do ar abaixo de 30% é classificada como estado de atenção. Quando cai para menos de 20%, entra em estado de alerta. E se atingir níveis inferiores a 12%, é emergência sanitária.

Entre os sintomas comuns da baixa umidade estão:

  • Ressecamento da pele e mucosas;

  • Ardência nos olhos;

  • Sangramento nasal;

  • Tosse seca e irritação na garganta;

  • Dificuldade para respirar, principalmente em pessoas com asma.

Cidades como Brasília e Goiânia enfrentam esses níveis com frequência durante o inverno. Nessas ocasiões, é recomendado evitar exercícios físicos ao ar livre, beber mais água e utilizar métodos para aumentar a umidade interna, como toalhas molhadas ou bacias de água.

Mulher utilizando inalador em ambiente interno com plantas, indicando desconforto respiratório. Imagem usada para ilustrar efeitos da baixa umidade do ar na saúde.

Como a umidade do ar afeta a saúde?

A saúde humana é altamente sensível à umidade do ar. Tanto o excesso quanto a escassez podem causar impactos diretos no sistema respiratório, na pele e no rendimento físico e mental.

Em situações de baixa umidade, o organismo perde água mais rapidamente. As mucosas do nariz e da garganta, que atuam como barreiras contra vírus e bactérias, ficam ressecadas, favorecendo infecções como gripes, sinusites e bronquites.

Já a alta umidade cria um ambiente propício para a multiplicação de micro-organismos. Isso afeta especialmente pessoas com alergias respiratórias, doenças pulmonares crônicas, idosos e crianças pequenas.

Outros impactos na saúde:

  • Agravamento de doenças cardiovasculares;

  • Desconforto térmico e distúrbios do sono;

  • Queda de produtividade e dificuldade de concentração.

Durante a preparação para o Enem, por exemplo, um ambiente com umidade equilibrada pode fazer a diferença no rendimento dos estudos. Ambientes secos demais ou úmidos demais afetam a respiração, o foco e o bem-estar físico.

Como manter a umidade ideal no ambiente?

Controlar a umidade é essencial para preservar a saúde, conservar livros e materiais escolares e garantir mais conforto em casa ou na escola. Veja algumas dicas para equilibrar os níveis de umidade do ar:

Quando a umidade está baixa:

  • Use umidificadores elétricos com filtro;

  • Coloque toalhas úmidas ou baldes com água nos cômodos;

  • Espalhe plantas naturais pela casa;

  • Mantenha-se hidratado: beba bastante água;

  • Evite o uso prolongado de ventiladores e ar-condicionado.

Quando a umidade está alta:

  • Abra janelas para melhorar a circulação de ar;

  • Use desumidificadores elétricos ou produtos absorventes;

  • Evite secar roupas dentro de casa;

  • Retire tapetes, cortinas e objetos que acumulam umidade;

  • Limpe com frequência paredes e móveis para evitar mofo.

Além dessas medidas, vale acompanhar a tabela de umidade relativa do ar nos sites de meteorologia ou em aplicativos para celular. Alguns portais oferecem alertas em tempo real, o que ajuda a planejar atividades físicas, estudar em locais mais ventilados e proteger a saúde.

Quer se aprofundar ainda mais em temas como este? Continue no Manual do Enem e descubra materiais gratuitos com cronogramas de estudo, simulados, dicas de redação e os principais conteúdos de Ciências da Natureza e suas Tecnologias.

 

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