Umidade do ar: o que é, como medir e como afeta a sua saúde
Publicado por Natalia Jorge | Última atualização: 6/7/2025Índice
Introdução
Você já sentiu o ar mais seco em dias de muito calor ou teve dificuldade para respirar quando o clima ficou abafado e chuvoso? Esses sintomas estão ligados à umidade do ar, um tema que vai muito além da previsão do tempo.
Comum nas provas de Ciências da Natureza e nos debates sobre qualidade de vida, a umidade influencia o conforto térmico, o funcionamento do organismo e até o desempenho escolar.

O que é umidade do ar?
A umidade do ar é um elemento climático que representa a quantidade de vapor de água presente na atmosfera. Esse vapor varia conforme a temperatura, a região e o horário do dia, e influencia diretamente o clima, as chuvas e o conforto das pessoas.
Na climatologia, existem três formas principais de expressar a umidade:
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Umidade absoluta: quantidade de vapor de água (em gramas) em um metro cúbico de ar.
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Umidade específica: relação entre a massa de vapor de água e a massa total de ar.
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Umidade relativa: porcentagem entre a quantidade de vapor presente no ar e a máxima que ele poderia conter naquela temperatura.
A umidade relativa do ar é a mais usada na meteorologia. Um valor de 100% indica que o ar está saturado, ou seja, não consegue mais reter vapor, o que pode provocar chuvas. Já um índice abaixo de 30% é considerado estado de atenção pela Organização Mundial da Saúde (OMS), podendo trazer riscos à saúde.
Esse dado climático também se relaciona com o ponto de orvalho (temperatura na qual o vapor se condensa), com a nebulosidade (formação de nuvens) e com a sensação térmica, interferindo no nosso bem-estar e nas atividades humanas em diferentes regiões do Brasil.
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Como medir a umidade do ar?
A medição da umidade é feita por meio da higrometria, área da meteorologia que estuda o teor de vapor d’água na atmosfera. O equipamento mais comum é o higrômetro, que pode ser digital, analógico ou incorporado em estações meteorológicas.
Existem vários modelos no mercado:
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Higrômetros digitais: fáceis de usar, mostram a umidade relativa do ar e a temperatura ambiente. São ideais para residências, salas de aula e escritórios.
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Estações meteorológicas domésticas: reúnem sensores de umidade, temperatura e pressão.
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Higrômetros analógicos: baseados em variação de materiais sensíveis à umidade, como cabelo ou metais, ainda utilizados em laboratórios.
Você também pode encontrar sensores embutidos em celulares e relógios inteligentes, embora esses aparelhos ofereçam apenas uma estimativa. Para medir com mais precisão, é recomendável um medidor de umidade do ar específico.
A leitura da umidade ajuda a identificar a necessidade de ventilação, uso de umidificadores ou desumidificadores, especialmente em locais fechados como bibliotecas, escolas e ambientes com aparelhos eletrônicos.
Qual a umidade do ar ideal?
A umidade do ar ideal, segundo a OMS, deve ficar entre 40% e 60%. Dentro dessa faixa, o corpo humano consegue manter o equilíbrio fisiológico, as mucosas funcionam adequadamente e o risco de doenças respiratórias diminui.
Quando a umidade se afasta desses valores, seja para mais ou para menos, o organismo pode reagir com desconforto e sintomas físicos. A seguir, entenda o que ocorre em situações de excesso ou escassez de umidade.
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O que acontece quando a umidade do ar está alta?
Níveis de umidade acima de 70% são considerados elevados. Essa condição torna o ambiente abafado e dificulta a evaporação do suor, prejudicando a regulação da temperatura corporal.
Além disso, a umidade excessiva favorece a proliferação de fungos, ácaros e mofo, que afetam as vias respiratórias e pioram quadros de rinite, asma e alergias. Ambientes como banheiros, porões e regiões litorâneas costumam apresentar esses problemas.
Outros efeitos do excesso de umidade:
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Sensação de cansaço e sono constante;
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Cheiro de mofo nos ambientes;
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Roupas úmidas por mais tempo;
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Aparelhos eletrônicos suscetíveis à oxidação.
E quando a umidade está muito baixa?
Por outro lado, umidade do ar abaixo de 30% é classificada como estado de atenção. Quando cai para menos de 20%, entra em estado de alerta. E se atingir níveis inferiores a 12%, é emergência sanitária.
Entre os sintomas comuns da baixa umidade estão:
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Ressecamento da pele e mucosas;
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Ardência nos olhos;
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Sangramento nasal;
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Tosse seca e irritação na garganta;
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Dificuldade para respirar, principalmente em pessoas com asma.
Cidades como Brasília e Goiânia enfrentam esses níveis com frequência durante o inverno. Nessas ocasiões, é recomendado evitar exercícios físicos ao ar livre, beber mais água e utilizar métodos para aumentar a umidade interna, como toalhas molhadas ou bacias de água.

Como a umidade do ar afeta a saúde?
A saúde humana é altamente sensível à umidade do ar. Tanto o excesso quanto a escassez podem causar impactos diretos no sistema respiratório, na pele e no rendimento físico e mental.
Em situações de baixa umidade, o organismo perde água mais rapidamente. As mucosas do nariz e da garganta, que atuam como barreiras contra vírus e bactérias, ficam ressecadas, favorecendo infecções como gripes, sinusites e bronquites.
Já a alta umidade cria um ambiente propício para a multiplicação de micro-organismos. Isso afeta especialmente pessoas com alergias respiratórias, doenças pulmonares crônicas, idosos e crianças pequenas.
Outros impactos na saúde:
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Agravamento de doenças cardiovasculares;
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Desconforto térmico e distúrbios do sono;
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Queda de produtividade e dificuldade de concentração.
Durante a preparação para o Enem, por exemplo, um ambiente com umidade equilibrada pode fazer a diferença no rendimento dos estudos. Ambientes secos demais ou úmidos demais afetam a respiração, o foco e o bem-estar físico.
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Como manter a umidade ideal no ambiente?
Controlar a umidade é essencial para preservar a saúde, conservar livros e materiais escolares e garantir mais conforto em casa ou na escola. Veja algumas dicas para equilibrar os níveis de umidade do ar:
Quando a umidade está baixa:
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Use umidificadores elétricos com filtro;
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Coloque toalhas úmidas ou baldes com água nos cômodos;
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Espalhe plantas naturais pela casa;
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Mantenha-se hidratado: beba bastante água;
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Evite o uso prolongado de ventiladores e ar-condicionado.
Quando a umidade está alta:
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Abra janelas para melhorar a circulação de ar;
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Use desumidificadores elétricos ou produtos absorventes;
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Evite secar roupas dentro de casa;
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Retire tapetes, cortinas e objetos que acumulam umidade;
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Limpe com frequência paredes e móveis para evitar mofo.
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Além dessas medidas, vale acompanhar a tabela de umidade relativa do ar nos sites de meteorologia ou em aplicativos para celular. Alguns portais oferecem alertas em tempo real, o que ajuda a planejar atividades físicas, estudar em locais mais ventilados e proteger a saúde.
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