Émile Durkheim, conhecido como um dos fundadores da Sociologia Clássica, desenvolve na obra “As regras do Método Sociológico”, de 1895, as primeiras ideias e pilares do funcionalismo.
Durkheim desejava compreender os fatores que definiam a sociedade em que vivia, o que tornava um grupo de indivíduos habitantes de um determinado lugar em sociedade. O método de investigação durkheimiano procurava observar e entender qual a função que essas estruturas que formam a sociedade e a influência que exercem no funcionamento e coesão social.
Segundo Durkheim, para que uma sociedade funcione é preciso que ela seja coesa, assim como o funcionamento do corpo humano depende do bom funcionamento de todos os órgãos.
Na visão durkheimiana, as estruturas e funções sociais não são elementos isolados. É preciso que funcionem juntas para garantir sempre a coesão social. Quando uma dessas estruturas e funções deixa de funcionar de forma organizada e adequada, a sociedade sofre danos e sua condição de ordem e coesão é prejudicada. É preciso, então, que os danos sejam rapidamente eliminados e a ordem volte a se estabelecer.
Todas as funções e partes sociais são dependentes, e o bom funcionamento de todas é essencial para a garantia da ordem social. Entre as estruturas observadas por Durkheim, incluem-se:
- família
- escola
- órgãos estatais
- igrejas
As estruturas e funções se organizam e funcionam graças ao consenso. A existência de consenso entre os setores da sociedade é uma das maneiras que Durkheim aponta para que a sociedade funcione e se torne organizada.
A metodologia funcionalista apresentada por Durkheim influenciou estudos de campo e as observações participativas de antropólogos - como Bronislaw Malinowski, que enfatiza a visão funcionalista no contexto das culturas das sociedades alvo de observação.
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