A corrente funcionalista tem como objetivo compreender e explicar as ações sociais coletivas ou individuais e, consequentemente, explicar as sociedades a partir de funções e de causas.
Os pensadores e teóricos funcionalistas entendem que cada parte pertencente a sociedade, com suas especificidades e funções, é responsável pela sociedade como um todo, bem como sua estabilidade e coesão.
A visão funcionalista é portanto, sistêmica: diferentes fatores que se unem, formando um grande sistema.
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O funcionalismo é uma teoria sociológica que enfatiza a importância da harmonia e estabilidade social para o funcionamento da sociedade.
Segundo essa teoria, a sociedade é vista como um sistema composto por diferentes partes interdependentes que funcionam em conjunto para garantir a ordem e a continuidade social.
O funcionalismo sugere que cada parte da sociedade tem uma função específica a cumprir e que, quando todas as partes trabalham em harmonia, a sociedade funciona de maneira eficaz.
Os teóricos do funcionalismo acreditam que as instituições sociais, como a família, a religião, a economia e a política, desempenham papéis importantes na manutenção da ordem social.
Essas instituições trabalham juntas para satisfazer as necessidades e desejos dos membros da sociedade, criando assim uma sociedade funcional e estável.
Apesar de ter sido muito influente na sociologia, especialmente no início do século XX, o funcionalismo enfrentou críticas por ignorar a desigualdade e conflito social e por sua abordagem conservadora em relação à mudança social.
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Função social é um dos elementos básicos do funcionalismo. É definida como a contribuição que um acontecimento ou fenômeno oferece ao sistema, no caso, a sociedade. Nos primeiros estudos sociológicos, Émile Durkheim comparou a função social a um organismo vivo.
Cada órgão faz parte de um sistema que precisa se manter para garantir o funcionamento do corpo. O mesmo ocorre na sociedade: cada fenômeno, cada acontecimento, precisa garantir o funcionamento coeso e organizado da sociedade.
A analogia entre corpo e sociedade aproxima a recém criada Sociologia às Ciências Naturais, especificamente a Biologia.
Com o surgimento de novas teorias e novas formas de encarar os acontecimentos sociais, a teoria funcionalista passou a receber muitas críticas. Ao comparar a sociedade a um organismo vivo, existe a tendência em identificar partes mais importantes e a tentativa de ignorar minorias ou elementos sociais que causem a anomia social.
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Émile Durkheim, conhecido como um dos fundadores da Sociologia Clássica, desenvolve na obra “As regras do Método Sociológico”, de 1895, as primeiras ideias e pilares do funcionalismo.
Durkheim desejava compreender os fatores que definiam a sociedade em que vivia, o que tornava um grupo de indivíduos habitantes de um determinado lugar em sociedade.
O método de investigação durkheimiano procurava observar e entender qual a função que essas estruturas que formam a sociedade e a influência que exercem no funcionamento e coesão social.
Segundo Durkheim, para que uma sociedade funcione é preciso que ela seja coesa, assim como o funcionamento do corpo humano depende do bom funcionamento de todos os órgãos.
Na visão durkheimiana, as estruturas e funções sociais não são elementos isolados. É preciso que funcionem juntas para garantir sempre a coesão social. Quando uma dessas estruturas e funções deixa de funcionar de forma organizada e adequada, a sociedade sofre danos e sua condição de ordem e coesão é prejudicada.
É preciso, então, que os danos sejam rapidamente eliminados e a ordem volte a se estabelecer.
Todas as funções e partes sociais são dependentes, e o bom funcionamento de todas é essencial para a garantia da ordem social. Entre as estruturas observadas por Durkheim, incluem-se:
As estruturas e funções se organizam e funcionam graças ao consenso. A existência de consenso entre os setores da sociedade é uma das maneiras que Durkheim aponta para que a sociedade funcione e se torne organizada.
A metodologia funcionalista apresentada por Durkheim influenciou estudos de campo e as observações participativas de antropólogos - como Bronislaw Malinowski, que enfatiza a visão funcionalista no contexto das culturas das sociedades alvo de observação.
Mais um importante pensador do funcionalismo é Kingsley Davis, que juntamente com Wilbert Moore, criou a teoria da função da desigualdade social.
Davis e Moore argumentaram que a desigualdade social pode ter uma função positiva na sociedade, incentivando as pessoas a se esforçarem mais e a trabalharem mais arduamente para alcançar posições mais elevadas na hierarquia social.
Eles também afirmaram que as posições mais importantes na sociedade, que requerem habilidades e conhecimentos mais avançados, devem ser recompensadas com salários mais altos e mais prestígio, a fim de incentivar as pessoas a investir tempo e esforço para adquirir essas habilidades e conhecimentos.
No entanto, essa teoria foi criticada por ignorar o papel das estruturas de poder e do privilégio na desigualdade social e por não levar em conta a desigualdade de oportunidades.
Parsons desenvolveu ainda mais a teoria funcionalista, argumentando que a sociedade é um sistema composto por diferentes partes que devem funcionar juntas para atingir um objetivo comum. Ele também enfatizou a importância do papel das instituições sociais na manutenção da ordem social e da estrutura social.
Merton contribuiu para o funcionalismo com sua teoria da anomia, que se concentra nas tensões entre as expectativas sociais e a capacidade das pessoas de atendê-las. Ele também enfatizou a importância da análise empírica e da teoria no estudo da sociedade.
Embora tenham contribuído muito para a sociologia, os pensadores do funcionalismo foram criticados por sua visão conservadora e por ignorar a desigualdade social e o conflito como forças que moldam a sociedade.
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Uma das mais importantes perspectivas teóricas, o funcionalismo tem conexão direta com o pensamento de Émile Durkheim. Com relação à perspectiva funcionalista, assinale a opção correta.