Fisioterapia e Terapia Ocupacional: entenda a diferença
As profissões podem se complementar, mas são distintas; veja as principais diferenças entre a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional!
Mesmo quem nunca precisou fazer um tratamento com um fisioterapeuta, já ouviu falar sobre a Fisioterapia. A Terapia Ocupacional (TO) também é bastante conhecida, apesar de não haver tantos profissionais formados como na primeira.
Mas não é todo mundo que entende a diferença entre a atuação de cada um dos profissionais. Existe quem acha que se trate da mesma carreira. Mas, apesar de estarem na área da Saúde, Fisioterapia e Terapia Ocupacional são duas formações distintas.
Ambas são graduações de bacharelado, que habilitam o graduado a exercer as funções da profissão. Mas cada uma possui a formação diferente. Mesmo com as diferenças, o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional podem trabalhar de maneira complementar para cuidar da saúde dos pacientes.
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“A Fisioterapia se utiliza do movimento para recuperação, e a terapia ocupacional se utiliza da atividade da vida diária e prática como forma de reabilitação, por isso movimento e função se complementam”, explica Denise Flávio, presidente da Associação de Fisioterapeutas do Brasil (AFB).
Ela descreve o fisioterapeuta como “um profissional de primeiro contato que atua em todas as especialidades com o olhar voltado para a promoção e prevenção de saúde e recuperação funcional“.
“Prevenir os agravos e recuperar, na sua totalidade ou em parte, a funcionalidade” são os objetivos principais do cuidado com o paciente que busca a Fisioterapia, de acordo com Denise.
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No outro lado, o profissional de TO tem a atuação voltada aos exercícios do cotidiano. “Nós, terapeutas ocupacionais, temos um olhar diferenciado para as dificuldades e demanda de cada paciente”, explica Francine Reis, formada em Terapia Ocupacional no Centro Universitário São Camilo e atuante há mais de dez anos com reabilitação ortopédica.
Segundo ela, os profissionais trabalham “tratando, reabilitando e recuperando pessoas que apresentem alterações na realização de atividades, desde as mais simples até as mais complexas, melhorando o desempenho funcional e alcançando o maior grau de independência e de autonomia possível”.
Por estarem na área da saúde que trabalha com reabilitação, elas possuem o mesmo conselho, que é o Conselho Federal de Fisioterapia Ocupacional (Coffito). Confira os detalhes de cada curso:
Fisioterapia
O Coffito classifica a Fisioterapia como:
“Ciência da Saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações genéticas, por traumas e por doenças adquiridas.”
O fisioterapeuta é capacitado para prevenir e reabilitar física e funcionalmente as pessoas. Com técnicas como ginástica, exercícios e massagens, o profissional faz terapias para tratar doenças e lesões e restaurar, desenvolver e manter a capacidade física do paciente.
Pode trabalhar na recuperação de pessoas que tenham sofrido acidentes, tenham problemas cardíacos, respiratórios ou neurológicos, gestantes, idosos, crianças e pessoas com algum tipo de deficiência.
O mercado de trabalho é amplo para o fisioterapeuta. Ele pode atuar em hospitais, consultórios e clínicas particulares, atendimentos domiciliares, asilos, clubes esportivos, empresas e instituições de ensino e pesquisa, além de poder prestar consultoria na área.
O curso de Fisioterapia tem disciplinas da área da Saúde e das Ciências Biológicas e tem duração média de quatro anos. No segundo ano, o aluno começa a ter mais contato com as técnicas da profissão que são trabalhadas nas aulas práticas. No último ano, o estágio é obrigatório. Os estudos costumam realizar as horas nas clínicas das próprias universidades.
Bolsas de estudo para Fisioterapia
Terapia Ocupacional
Já a Terapia Ocupacional é classificada pelo Coffito da seguinte forma:
“Profissão de nível superior voltada aos estudos, à prevenção e ao tratamento de indivíduos portadores de alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psico-motoras, decorrentes ou não de distúrbios genéticos, traumáticos e/ou de doenças adquiridas.”
O terapeuta ocupacional é formado para lidar com a recuperação física ou psicológica do paciente, buscando realizar tratamentos por meio de atividades humanas de lazer e trabalho. O profissional tem papel fundamental na reabilitação de pessoas com dificuldade de inserção ao convívio social, seja por problemas físicos, mentais ou emocionais.
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Ele acompanha o desenvolvimento do paciente e sua adaptação ao tratamento. Busca trabalhar na recuperação ao longo do cotidiano com atividades do dia a dia ou exercícios físicos.
Ao ingressar no mercado de trabalho, o profissional pode atuar com atendimentos clínicos individuais ou em grupos, trabalhar em hospitais, casas de repouso, creches e escolas, centros de reabilitação ou empresas.
O curso de Terapia Ocupacional possui duração média de quatro anos. O estudante terá disciplinas nas áreas da Saúde e das Ciências Humanas. Aulas práticas começarão a fazer parte do cotidiano do aluno a partir do segundo ano. No último ano, o estágio é obrigatório em algum dos campos de atuação profissional.
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