Qual a função do Grupo de Trabalho?
De acordo com a portaria, o Grupo de Trabalho tem atuação temporária e realizará contribuições em caráter contributivo, apresentando sugestões para a regulamentação do EaD nestes cursos. Isso significa que a decisão final do MEC não estará necessariamente ligada aos dados apresentados.
Conforme a portaria, o grupo será composto por representantes de diversos órgãos, como a Secretaria de Educação Superior, Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica, Conselho Nacional de Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior.
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Também farão parte do grupo as entidades dos cursos relacionados: Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Conselho Nacional de Saúde e Conselhos Federais de Odontologia, Psicologia e Enfermagem.
Ainda segundo divulgado na portaria, o prazo de 180 dias para apresentação de propostas poderá ser prorrogado por mais 180 dias por decisão do Ministro da Educação, caso seja necessário.
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Qual a opinião dos conselhos sobre o ensino 100% EaD?
De uma forma geral, a OAB e os Conselhos Federais de Odontologia (CFO), Enfermagem (Cofen) e Psicologia (CFP) se colocam contra a liberação da criação de cursos no formato 100% EaD. Na opinião das entidades, isso levaria a uma precarização do ensino nestas profissões.
Inclusive, segundo o presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, a decisão do MEC de adiar o parecer final proporciona segurança jurídica para o processo de regulamentação do ensino a distância.
“O EAD é uma realidade, ganhou impulso com a pandemia de covid-19, mas carece de melhor regulamentação para atender às exigências de excelência na formação não apenas de bacharéis em Direito, mas das outras áreas incluídas na portaria”, explica.
Além disso, segundo a OAB, a autorização para abertura de cursos de direito totalmente a distância representa uma mercantilização do ensino jurídico no país e contribui para baixos índices de aprovação no exame da Ordem, o qual todos aqueles que querem obter o título de advogado devem passar.
“A autorização indiscriminada para abertura de cursos de Direito no País é lesiva à sociedade, aos estudantes que são levados a investir em cursos sem qualquer qualidade, mera mercantilização do ensino” afirma Simonetti em comunicado.
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