Metodologias ativas: veja 6 exemplos e confira os seus benefícios
As metodologias ativas visam a autonomia do aluno na aprendizagem, dando ao estudante mais protagonismo; saiba quais são as metodologias ativas, seus princípios e exemplos
Atualizado em: 08/08/2022
No ensino tradicional, o aluno costuma ficar sentado na sala de aula enquanto ouve o professor. Já em uma escola com metodologias ativas, o estudante participa ativamente do processo de aprendizado, isto é, ele pratica alguma atividade para aprender o conteúdo, em vez de apenas escutar.
O que são metodologias ativas?
No contexto de uma metodologia ativa, as aulas não são apenas expositivas, nem o professor é o sujeito principal da sala de aula. Assim, o aluno exerce papel central no processo de aprendizado, pois a partir de sua própria postura e ações é que o conhecimento será ou não efetivado.
As funções das metodologias ativas
Dentre as funções do modelo de ensino baseado nas metodologias ativas estão o incentivo ao aluno para que este desenvolva a capacidade de absorção de conteúdos de maneira mais independente e participativa.
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Por meio das metodologia ativa, a sala de aula se torna um ambiente menos intimidante e mais amigável, propiciando um aumento do engajamento dos alunos com o assunto e, portanto, melhor assimilação do conteúdo lecionado. Algumas das técnicas usadas são debates, estudos de caso, trabalhos em equipe e atividades dinâmicas.
Essas técnicas fazem com que competências exigidas no mercado de trabalho e na vida adulta sejam adquiridas desde cedo, como habilidade de comunicação, retenção de informação e pró-atividade, além de melhorar a qualidade de aprendizado dos estudantes.
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Como funcionam as metodologias ativas
As metodologias ativas podem ser colocadas em prática a partir de diferentes estratégias, como resolução de problemas, construção de projetos ou mesmo a chamada “sala de aula invertida”, quando o aluno ensina determinado conteúdo para o restante da turma.
Isso porque esse modelo de ensino e aprendizado baseia-se na Pirâmide de Aprendizado, desenvolvida pelo psiquiatra norte americano William Glasser (1925-2013). Segundo a proposição de Glasser, o aprendizado do estudante melhora conforme ele apresenta uma postura mais ativa no processo de aquisição de conhecimento.
A partir de tal concepção, o pesquisador desenvolveu uma pirâmide gráfica indicando o grau de retenção de conhecimento de diferentes estratégias de aprendizado.
Os benefícios das metodologias ativas
Há vários benefícios em se trabalhar metodologias ativas na sala de aula, por exemplo: aumento do interesse dos alunos pelo conteúdo, aquisição de conhecimento feita de modo mais lúdico e eficiente, melhora na capacidade de resolver problemas por meio de projetos colaborativos.
É importante destacar que diferentes metodologias de ensino possuem objetivos também diferentes. No caso das metodologias ativas, o intuito é formar um aluno mais crítico e proativo, por isso, é exigido e trabalhado ao longo de sua vida escolar a capacidade de envolver-se em projetos, de tomar decisões e de avaliar os resultados obtidos.
Confira abaixo uma lista de benefícios que os alunos podem adquirir a partir da metodologia ativa:
Desenvolver senso de responsabilidade
Maior aprendizagem do conteúdo
Desenvolver criatividade
Desenvolver senso de empatia
Desenvolver senso crítico
Habilidades colaborativas de trabalho em equipe
Aumento de autonomia na resolução de conflitos
Protagonismo diante dos desafios
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Pirâmide de Aprendizado, de William Glasser
De acordo com a pirâmide, um método de aprendizado mais ativo é também mais eficaz. Isso porque o estudante acaba sendo responsável pela construção do conhecimento, conseguindo elaborar os conteúdos a partir da própria realidade, estabelecendo, então, relação entre eles.
Para Glasser, estas são as taxas de aprendizado dos seguintes métodos de estudo:
-
Leitura: 10%
-
Escuta: 20%
-
Observação: 30%
-
Escuta mais observação: 50%
-
Debate, conversa ou discussão: 70%
-
Ensinar para alguém: 95%
As taxas de sucesso indicadas por Glasser influenciaram a formação de novas metodologias de ensino, as chamadas metodologias ativas. Por isso, esses novos métodos não utilizam a aula expositiva como principal modo de adquirir conhecimento e propõem novas dinâmicas para sala de aula.
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13 exemplos de metodologias ativas
Agora que você já conferiu os benefícios das metodologias ativas, está pensando em implementar algumas delas na sala de aula? Conheça alguns exemplos abaixo:
Desenvolvimento de projetos
Em resumo, a metodologia ativa por meio de projetos demanda que o aluno elabore um projeto e o faça por conta própria. Um exemplo é a cultura do “faça você mesmo”, na qual o aluno aprende enquanto faz. Nessa situação, o aluno desenvolve a capacidade de analisar e resolver problemas por meio de etapas e ações coordenadas. Além disso, os projetos devem ser desenvolvidos em grupos, de modo colaborativo, para que o estudante desenvolva também a capacidade de trabalhar em conjunto.
Sala de aula invertida
A sala de aula invertida é uma das estratégias para trabalhar uma metodologia ativa com os estudantes. Neste caso, há uma substituição da aula expositiva dada pelo professor por uma mais dinâmica, em que o conteúdo é ensinado pelo próprio aluno.
Para que isso seja possível, o estudante deve ter acesso antecipado ao conteúdo e interagir com os demais colegas para realizar projetos e resolver problemas. O intuito é fazer com que o aluno tenha uma postura mais ativa, além de aumentar o interesse dele pelo tema abordado.
Deve haver um incentivo para que recursos variados, como imagens, vídeos ou textos complementares, sejam utilizados ao longo da aula invertida. Afinal, o intuito é que ela seja dinâmica e envolvente não apenas para o aluno expositor, mas também para os demais estudantes da turma.
Ensino Híbrido
O ensino híbrido é uma mescla entre dois modelos de ensino já existentes, o presencial e o online. Por isso, a modalidade híbrida de ensino apresenta características desses dois formatos. O aluno deve seguir um cronograma de estudo estabelecido pelo professor, como acontece na aula presencial, só que a gestão do tempo, o ritmo de estudo e o local, são definidos pelo próprio estudante.
Nesse exemplo, a aula, em si, nem sempre é dinâmica, mas ela é considerada uma metodologia ativa por exigir do aluno uma postura proativa no processo de aquisição do conhecimento.
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Gamificação
A gamificação é a utilização de jogos em situações de ensino e aprendizado. Neste caso, valem jogos de tabuleiro, atividades físicas feitas na quadra escolar ou fora dela, por exemplo. Em geral, essa é uma estratégia de ensino que gera bastante engajamento entre os alunos, que se sentem desafiados e estimulados a chegar até o final. Para que ela seja possível, o professor deve “gamificar” alguns conteúdos da matéria com o intuito de envolver os estudantes na resolução de problemas ou de perguntas.
Estudos de caso
Neste exemplo, o professor apresenta uma situação real para os alunos e pede a eles que resolvam o caso. Em geral, essa é uma estratégia utilizada quando há a necessidade do estudante adquirir um conhecimento prático, além de teórico.
Design Thinking
O design thinking pode ser vista como uma metodologia ativa uma vez que se traduz como uma forma de pensar e solucionar problemas complexos através da empatia, colaboração, análise e experimentação de ideias entre todos os membros de um grupo, por exemplo. Ela estimula os alunos a criarem novos conhecimentos e soluções inovadoras com potencial empreendedor.
Cultura Maker
A cultura maker envolve o aluno pôr a “mão na massa”, ou seja, adquirir novos conhecimentos com dinâmicas e atividades práticas que envolvem tentativas de acertos e erros. Esta é uma metodologia muito importante no desenvolvimento de habilidades de resolução e solução de conflitos.
Aprendizado por problemas
O aprendizado baseado em problemas prevê que o estudante aprenda por meio da resolução colaborativa de desafios. Neste caso, há um incentivo à capacidade do aluno de analisar, estruturar e criar diante de uma situação desafiadora.
Neste contexto, o professor exerce um papel de mediador, que provoca e instiga o aluno a resolver o problema por conta própria. Ao final, o docente deve levar os estudantes à reflexão, para que eles entendam, de modo crítico e reflexivo, quais alternativas também eram possíveis para a resolução do desafio.
Seminários e discussões
Essa forma de metodologia, como o próprio nome diz, utiliza de seminários, projetos e trabalhos para gerar discussões positivas na sala de aula, que desenvolvem o senso crítico dos alunos e habilidades de argumentação, os fazendo pensar além do óbvio. Uma forma de aplicar é mudar a disposição das carteiras e colocar alunos e professor em uma roda, por exemplo.
Pesquisas de campo
Na metodologia das pesquisas de campo, o professor pode levar seus alunos para vários lugares diferentes – fora ou mesmo dentro da escola. A partir dessa “excursão” para fora da sala de aula tradicional, os alunos podem obter diferentes aprendizados e pontos de vista, além de apurar o olhar crítico sobre o mundo e a sociedade no geral.
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Storytelling
O storytelling pode ser definido como o uso da contação de histórias para atingir um determinado objetivo, seja este uma maior fixação do conteúdo ou uma lição de moral, por exemplo. Essa técnica, além de ajudar a treinar a memória nos alunos, estimula a criatividade, imaginação e sentimentos, uma vez que os estudantes são ouvintes mas ao mesmo tempo também podem ser personagens, reagindo e participando da narrativa.
Aprendizagem entre pares e times
Também chamada de “team based learning”, essa metodologia incentiva o debate e a reflexão em conjunto a partir da divisão da turma em grupos menores ou pares de alunos. O objetivo disso é gerar a troca de ideias sobre o conteúdo estudado, de modo que o aprendizado seja feito em conjunto, incentivando a capacidade de argumentação dos alunos e o trabalho em equipe.
Rotação por estações
A rotação por estações é uma técnica de ensino híbrido (que mescla o ensino tradicional com as novas tecnologias e plataformas) na qual são formados diferentes ambientes dentro da sala de aula, gerando uma espécie de circuito e permitindo que os estudantes abordem determinado conteúdo de diferentes maneiras. A ideia é que cada grupo passe por cada uma das atividades propostas, experimentando as diferentes formas de aprender.
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