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Evolução química: entenda a teoria sobre a origem da vida

Biologia - Manual do Enem
Barbara  Mello Publicado por Barbara Mello
 -  Última atualização: 26/4/2024

Índice

Introdução

A evolução química explica a transformação de moléculas inorgânicas em formas de vida complexas na Terra. Esse processo esclarece as origens da vida e sugere mecanismos possíveis em outros planetas.

Este campo investiga o desenvolvimento inicial da vida, partindo de condições que permitiram que compostos químicos simples formassem estruturas complexas com capacidades de autoreplicação e metabolismo. O estudo da evolução química contribui para a compreensão da origem da vida terrestre e auxilia na busca por vida fora da Terra.

As teorias e hipóteses dentro desse campo orientam experimentos que simulam as condições da Terra primitiva, tentando entender como a vida emergiu da matéria não viva. 

Fundo azul com representação simples de moléculas

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O que é a Teoria da Evolução Química?

A teoria da evolução química busca explicar como as primeiras formas de vida surgiram a partir de moléculas simples em um ambiente primordial. Este conceito é fundamentado em evidências científicas e contribui significativamente para os campos da biologia e da química.

Quem desenvolveu a teoria da evolução química?

A teoria da evolução química, que desempenha um papel fundamental na compreensão da origem da vida na Terra, foi desenvolvida por vários cientistas ao longo do tempo, cada um contribuindo com ideias cruciais para sua formulação. No entanto, é importante destacar que a ideia central da evolução química foi inicialmente proposta por Aleksandr Oparin, um bioquímico russo, em seu livro de 1924 "A Origem da Vida".

Oparin postulou que a vida na Terra poderia ter surgido a partir de reações químicas complexas em uma atmosfera primitiva, rica em gases como metano, amônia e vapor d'água, sujeita a energia de fontes como raios ultravioleta e descargas elétricas. Essas condições teriam propiciado a formação de moléculas orgânicas simples, como aminoácidos e nucleotídeos, os blocos de construção dos organismos vivos.

Além de Oparin, outros cientistas, como Stanley Miller e Harold Urey, também desempenharam papéis significativos na elaboração experimental e na validação da teoria da evolução química. A famosa experiência de Miller-Urey, realizada em 1953, demonstrou que aminoácidos podiam ser sintetizados a partir de gases simples e energia elétrica, fornecendo evidências experimentais importantes para apoiar a hipótese de Oparin. Assim, a teoria da evolução química é o resultado de um esforço colaborativo ao longo do tempo, reunindo as contribuições de diversos cientistas para desvendar os mistérios da origem da vida.

Esquema do experimento Miller-Urey
Esquema do experimento Miller-Urey. (Fonte: Wikimedia Commons)

Contexto histórico e bases científicas

A teoria da evolução química teve origem na década de 1920 com o trabalho pioneiro do cientista russo Alexander Oparin e do bioquímico britânico J.B.S. Haldane. Eles propuseram que as condições primitivas da Terra, como altas temperaturas e atmosfera redutora, possibilitaram a formação de moléculas orgânicas a partir de elementos simples como carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio.

A partir dessas moléculas simples, compostos mais complexos foram se formando, eventualmente dando origem a moléculas auto-replicantes, como o RNA. Essas moléculas foram capazes de evoluir e se tornar os precursores das primeiras formas de vida.

Relação com a biologia e a química

A teoria da evolução química é essencial para a compreensão da transição da química pré-biótica para a biologia. Ela destaca a interconexão entre processos químicos e biológicos e fornece insights sobre como a vida pode ter surgido e evoluído ao longo do tempo.

Ao estudar a evolução química, os cientistas exploram as propriedades das moléculas e os processos químicos que podem ter levado à formação de sistemas vivos. Essa abordagem multidisciplinar contribui para uma compreensão mais profunda das origens da vida e dos mecanismos que governam sua evolução.

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Hipóteses sobre a evolução química da vida

Várias hipóteses tentam explicar como os processos químicos podem ter conduzido à vida. Entre as mais estudadas estão a hipótese do mundo de RNA e a teoria dos coacervados. Ambas propõem mecanismos pelos quais moléculas simples poderiam evoluir para formas de vida complexas, embora de maneiras distintas.

A teoria do mundo de RNA

A teoria do mundo de RNA sugere que as moléculas de RNA desempenharam um papel crucial nas primeiras fases da vida. O RNA, além de armazenar informações genéticas, também pode atuar como catalisador de reações químicas. Esta dualidade torna o RNA um candidato ideal para a origem da vida.

A hipótese propõe que o RNA foi capaz de se replicar e catalisar suas próprias reações antes da evolução das proteínas e do DNA, formando sistemas auto-suficientes. Esta teoria é suportada por experimentos que demonstram a capacidade do RNA de catalisar reações vitais, como a síntese de proteínas em laboratório.

A hipótese dos coacervados

Os coacervados são pequenas gotículas que se formam quando polímeros como proteínas e polinucleotídeos se agregam em uma solução aquosa. Essas estruturas são significativas porque podem concentrar moléculas dentro de um espaço delimitado, facilitando reações químicas que seriam improváveis em soluções diluídas.

A hipótese dos coacervados, proposta por Alexander Oparin, sugere que essas gotículas poderiam ter sido ambientes pré-celulares onde reações químicas importantes para a vida poderiam ocorrer. Estudos recentes mostram que os coacervados podem encapsular ácidos nucleicos e proteínas, potencializando reações químicas que são fundamentais para a vida.

Figuras importantes para evolução química

A teoria da evolução química foi moldada significativamente por contribuições de cientistas e pesquisadores cujas descobertas lançaram luz sobre como a vida pode ter surgido a partir de processos químicos simples. Duas figuras proeminentes neste campo são Alexander Oparin e Stanley Miller, cujos trabalhos fundamentaram a compreensão moderna da origem da vida.

Alexander Oparin

Alexander Oparin, um bioquímico russo, é mais conhecido por sua hipótese sobre a origem da vida através da química prebiótica. Oparin propôs que a Terra primitiva tinha uma atmosfera redutora rica em metano, amônia e vapor de água.

Ele teorizou que, sob a influência de energia solar, esses gases poderiam formar compostos orgânicos simples, que gradualmente se complexificaram e acumularam em um "caldo primordial". Dentro deste ambiente, moléculas orgânicas maiores poderiam se organizar em coacervados, gotículas pré-celulares que facilitam reações químicas. O trabalho de Oparin estabeleceu uma base para o estudo da evolução química e inspirou futuras pesquisas sobre a origem da vida.

Stanley Miller

Stanley Miller, um químico americano, é famoso pelo seu experimento pioneiro que demonstrou a viabilidade da hipótese de Oparin. Em 1953, junto com seu orientador Harold Urey, Miller realizou o que agora é conhecido como o experimento de Miller-Urey.

Eles simularam as condições da Terra primitiva em um sistema fechado, introduzindo água, metano, amônia e hidrogênio, e aplicaram uma descarga elétrica para imitar relâmpagos. Após uma semana, a análise do sistema revelou a presença de aminoácidos, os blocos construtores das proteínas. Este resultado foi crucial pois demonstrou que os componentes orgânicos necessários para a vida poderiam, de fato, ser sintetizados em condições abióticas.

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Teoria da Evolução Molecular

A teoria da evolução molecular aborda como estruturas biológicas são moldadas e modificadas ao longo do tempo em nível molecular, incluindo DNA, RNA e proteínas. Essa teoria se concentra na mudança genética que ocorre dentro de uma população ao longo das gerações, sendo uma faceta fundamental da teoria da evolução por seleção natural.

Os principais mecanismos da evolução molecular incluem mutações, recombinação genética e deriva genética. Mutações são alterações no DNA que podem criar novas versões de genes, enquanto a recombinação genética mistura diferentes sequências de DNA durante a formação de gametas, contribuindo para a diversidade genética. A deriva genética descreve as mudanças nas frequências alélicas que ocorrem ao acaso em uma população, especialmente em populações pequenas.

Comparação entre Evolução Química e Molecular

Tanto a evolução química quanto a molecular lidam com as transformações ao nível molecular que são essenciais para o desenvolvimento e a diversificação da vida. Ambas exploram como as estruturas simples podem se tornar complexas através de processos naturais, fundamentando-se em reações e interações moleculares.

A principal diferença entre as duas teorias é o foco de estudo: a evolução química investiga como as primeiras moléculas orgânicas surgiram e eventualmente levaram ao surgimento da vida, enquanto a evolução molecular estuda como as variações genéticas ocorrem dentro do contexto de organismos já vivos. Enquanto a evolução química se concentra na formação de moléculas que podem sustentar e replicar vida, a evolução molecular foca na variação e adaptação dessas moléculas ao longo do tempo em populações biológicas.

Resumo sobre evolução química

A evolução química é uma teoria abrangente que busca elucidar os processos pelos quais os elementos necessários para a vida surgiram e se desenvolveram em nosso planeta. Esta teoria sugere que, em um ambiente propício, como uma atmosfera rica em gases como metano, amônia e vapor d'água, submetida a fontes de energia como raios ultravioleta e descargas elétricas, moléculas orgânicas simples poderiam ter se formado a partir de reações químicas.

Essas moléculas incluem aminoácidos, nucleotídeos e outros precursores de biomoléculas essenciais para a vida. A hipótese central da evolução química foi proposta inicialmente por Aleksandr Oparin em 1924, em seu livro "A Origem da Vida", onde ele postulou que a vida na Terra poderia ter surgido a partir dessas reações químicas complexas em um ambiente primordial.

Posteriormente, experimentos como a famosa experiência de Miller-Urey, conduzida em 1953, demonstraram que aminoácidos poderiam ser sintetizados a partir de gases simples e energia elétrica, fornecendo evidências experimentais para apoiar a teoria de Oparin. Além disso, pesquisas em campos como astrobiologia e estudos de meteoritos sugerem que os precursores da vida podem ter sido transportados para a Terra por meio de impactos de cometas e meteoritos. 

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Há cerca de 4 bilhões de anos, na Terra primitiva, condições específicas propiciaram o surgimento das primeiras moléculas orgânicas, um marco crucial na história da vida no planeta. A teoria da evolução química postula que essas moléculas se formaram a partir de reações químicas simples em um ambiente rico em gases e fontes de energia. Esse processo é fundamental para compreender a origem da vida na Terra.

Qual das seguintes substâncias foi considerada essencial no modelo de Oparin para a formação das primeiras moléculas orgânicas?

A Oxigênio (O2)
B Metano (CH4)
C Dióxido de carbono (CO2)
D Nitrogênio (N2)
E Hidrogênio (H2)
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