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Pepsinogênio: enzima digestiva e sua ativação no estômago

Biologia - Manual do Enem
Última atualização: 1/9/2025

Introdução

A digestão é um processo complexo que envolve diversas enzimas e reações químicas. Entre elas, o pepsinogênio ocupa papel central, pois é a forma inativa de uma das enzimas mais importantes para o desdobramento de proteínas: a pepsina.

Produzido no estômago, esse precursor enzimático é essencial para que os alimentos ingeridos sejam transformados em nutrientes capazes de serem absorvidos pelo organismo.

Entender o que é o pepsinogênio, sua função e como ele é ativado ajuda a compreender melhor como o corpo aproveita os alimentos consumidos diariamente.

Índice

O que é pepsinogênio?

O pepsinogênio é uma enzima digestiva inativa, também chamada de zimogênio. Ele é secretado pelas células principais do estômago e permanece nessa forma até entrar em contato com o ambiente ácido da cavidade gástrica. Essa característica é importante porque impede que a enzima degrade as proteínas das próprias células antes do momento correto de atuação.

Quimicamente, o pepsinogênio é uma molécula de proteína que precisa ser ativada para exercer sua função. Assim que o ácido clorídrico é liberado pelas células parietais do estômago, o pH se torna suficientemente baixo para transformar o pepsinogênio em pepsina, sua forma ativa. Esse mecanismo garante que a digestão ocorra apenas no local adequado, sem comprometer os tecidos do sistema digestivo.

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Qual a função do pepsinogênio?

A principal função do pepsinogênio é servir de precursor para a pepsina, enzima responsável por quebrar proteínas em fragmentos menores chamados peptídeos. Esse processo facilita a absorção dos nutrientes pelo intestino delgado e garante o aproveitamento de alimentos ricos em proteína, como carnes, ovos e leguminosas.

De forma simplificada, pode-se dizer que o pepsinogênio é pepsina inativa. Quando ativado, passa a atuar diretamente sobre as ligações peptídicas das proteínas, dando início ao processo de digestão proteica. Sem ele, o corpo teria dificuldade em aproveitar aminoácidos essenciais, fundamentais para construção muscular, funcionamento hormonal e manutenção de tecidos.

O pepsinogênio é uma enzima inativa produzida no estômago que, em ambiente ácido, se transforma em pepsina. Sua principal função é permitir a digestão de proteínas em fragmentos menores, auxiliando na absorção de nutrientes durante o processo digestivo.

Como o pepsinogênio é ativado no estômago?

A ativação do pepsinogênio depende do ambiente altamente ácido do estômago. Quando o alimento chega, ocorre a liberação de ácido clorídrico (HCl) pelas células parietais. Esse ácido reduz o pH gástrico para valores próximos a 2, condição ideal para que o pepsinogênio sofra alterações estruturais e seja convertido em pepsina.

Além disso, uma vez que parte do pepsinogênio já foi transformada em pepsina, a própria enzima ativa outras moléculas de pepsinogênio, criando um efeito em cadeia. Esse mecanismo garante que grandes quantidades da enzima ativa estejam disponíveis rapidamente durante a digestão.

O corpo também possui mecanismos de proteção: o estômago é revestido por uma camada de muco gástrico, que impede a ação corrosiva do ácido clorídrico e da pepsina sobre os tecidos. Caso essa barreira falhe, podem surgir lesões como gastrite e úlceras.

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Diferença entre pepsinogênio e pepsina

Embora intimamente relacionados, há uma diferença essencial entre os dois:

  • Pepsinogênio: é a forma inativa, produzida pelas células principais do estômago.

  • Pepsina: é a forma ativa, que atua diretamente na digestão de proteínas.

O pepsinogênio só se transforma em pepsina em condições de acidez, garantindo que a enzima não prejudique as células que a produzem.

Em algumas referências médicas, a pepsina também é chamada de betaína cloridrato de pepsina, expressão encontrada em suplementos utilizados para auxiliar na digestão em pessoas com baixa produção de ácido gástrico.

Pepsinogênio I e II

Existem dois tipos principais de pepsinogênio: I e II. Embora ambos sejam precursores da pepsina, eles diferem em relação ao local de produção e à importância clínica.

  • Pepsinogênio I: produzido principalmente pelas células da mucosa do corpo do estômago.

  • Pepsinogênio II: produzido tanto no corpo quanto no antro gástrico.

A análise das concentrações desses dois tipos no sangue pode fornecer informações valiosas para médicos.

Em especial, a redução dos níveis de pepsinogênio I, associada à diminuição da razão entre I e II, pode indicar gastrite atrófica, condição que aumenta o risco de câncer gástrico. Por isso, os dois tipos não são apenas conceitos bioquímicos, mas também marcadores clínicos relevantes em exames laboratoriais.

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Exame Pepsinogênio I: quando é indicado?

O exame de pepsinogênio I é um teste laboratorial realizado a partir da coleta de sangue. Ele mede a concentração desse zimogênio no organismo e é utilizado como ferramenta para auxiliar no diagnóstico de doenças gástricas.

Em geral, esse exame pode ser indicado para:

  • Investigar casos de gastrite atrófica, uma inflamação que leva à perda de células produtoras do estômago.

  • Monitorar pacientes com risco aumentado de câncer gástrico, especialmente em populações onde a incidência é elevada.

  • Avaliar a função secretora das células gástricas em quadros de desconforto digestivo persistente.

Embora não seja um exame de rotina, ele pode ser solicitado em casos específicos, funcionando como complemento a endoscopias e biópsias. Por se tratar de um marcador indireto, seus resultados devem ser interpretados junto a outros exames clínicos e laboratoriais.

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Relação com outras enzimas digestivas

O pepsinogênio, quando ativado em pepsina, não atua sozinho no processo digestivo. No intestino delgado, outras enzimas, como a tripsina, continuam o trabalho iniciado no estômago, quebrando os peptídeos em moléculas ainda menores, até que se tornem aminoácidos livres.

Esse conjunto de enzimas garante que as proteínas consumidas na dieta sejam totalmente aproveitadas pelo organismo. Enquanto a pepsina atua em pH ácido no estômago, a tripsina trabalha em pH mais alcalino no intestino.

A importância do pepsinogênio para a digestão

O pepsinogênio é indispensável para o processo digestivo, pois possibilita a transformação em pepsina, enzima essencial para a degradação de proteínas.

Sua ativação controlada garante que o estômago consiga lidar com alimentos complexos sem se comprometer, enquanto suas variações clínicas podem indicar alterações importantes na saúde gástrica.

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