Confira 12 fatos curiosos e até engraçados sobre a chegada da família real e o período imperial. Saiba também como estudar história e se preparar para o Enem.
Há quase 200 anos, Dom Pedro I proclamava a independência do Brasil e tornava o Brasil seu império. Mas, a história da família real em terras brasileiras começou anos antes, em 1807, com a chegada da Corte Portuguesa.
A Família Real veio fugida para o Brasil em 1807. Isso porque Portugal estava prestes a ser invadido pelas tropas de Napoleão Bonaparte. A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil teve como finalidade assegurar a independência de Portugal e contou com o apoio dos ingleses. Eles chegaram no país em 22 de janeiro de 1808, após 55 dias de viagem.
Obra do pintor francês Nicolas Louis Albert de LaRiva representando o embarque da Família Real para o Brasil
2. Viagem péssima
Na época, as condições das viagens marítimas eram péssimas. A nobreza portuguesa enfrentou a falta de higiene, escassez de alimentos e água potável, surtos de viroses e até infestação de piolhos, que obrigou até a princesa Carlota Joaquina a raspar o cabelo.
3. Travessia arriscada
Ainda cruzando o Oceano Atlântico, a frota real enfrentou uma travessia arriscada. Uma tempestade obrigou as embarcações a pararem a viagem, atrasando a chegada no Brasil, e a se dividirem, metade foi para o Rio de Janeiro e outra metade para Salvador. A tripulação também sofreu com dias de sol forte, o que provocou muita desidratação e insolação.
4. Capital de cara nova
A realeza chegou num país muito precário e logo ordenou rápidas melhorias na infraestrutura principalmente da antiga capital Rio de Janeiro. Então abriram estradas, fábricas e foi criado o primeiro banco do país, o Banco do Brasil.
Dom João fez uma série de medidas culturais no Rio de Janeiro como a criação do Museu Real, Biblioteca Real (hoje conhecidos como Biblioteca e Museu Nacional), Escola Real de Artes, Teatro Real de São João, Academia Imperial de Belas Artes e Jardim Botânico.
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro
6. Independência cara
A vinda da Família Real para o Brasil antecipou o processo de Independência do Brasil, que aconteceu em 1822. Entretanto, para se ver livre de Portugal, Brasil teve que pagar 2 milhões de libras de indenização ao país europeu.
O nome de Dom Pedro I, o primeiro imperador do Brasil, tinham dezessete sobrenomes. Seu nome completo era Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon. O nome de seu filho, o imperador Pedro II, era um pouco menor, com quatorze sobrenome: Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga.
Dom Pedro II foi nomeado como imperador com apenas 14 anos de idade. A coroação ocorreu com o Golpe da Maioridade arquitetado pelos políticos liberais que pôs fim ao Período Regencial.
Retrato de Dom Pedro II em 1851
9. Imprensa livre
A imprensa vivia plena liberdade durante o reinado de Dom Pedro II. “Durante todo o reinado, a liberdade de imprensa não foi uma só vez atacada. O seu principal cliente era sempre a oposição, e ela bem o fazia; fazia questão que cada erro se fizesse público”, afirmou o político e jornalista da época Joaquim Nabuco. Os jornais podiam defender ou falar mal do imperador abertamente. O imperador dizia: “Imprensa se combate com imprensa”. A liberdade é tanta que até impressionava outros países.
Jornal retrata Dom Pedro II dormindo, como um imperador incapaz de governar
fazia questão que cada erro se fizesse público”, afirmou o político e jornalista da época Joa
O Brasil foi o segundo país do mundo a instalar o telefone, em 1877, poucos meses depois de uma exposição nos Estados Unidos, na qual Dom Pedro II conheceu pessoalmente Graham Bell e seu invento. O primeiro telefone foi instalado na casa da família imperial.
11. Mais modernidades
No processo de modernização, o Brasil também foi o quinto país do mundo a instalar esgoto urbano, o terceiro a ter tratamento de esgoto e o primeiro da América do Sul a instalar um sistema de iluminação elétrica pública, além de expandir as linhas telefônicas pelo território nacional.
12. Escravidão abolida
A escravidão foi abolida no final do Segundo Reinado. Após pressões internas e externas desde o Período Joanino, começaram a ser adotadas políticas que levaram ao fim da escravidão no Brasil. Entre elas: Lei Eusébio de Queiroz (1850), Lei do Ventre Livre (1871), Lei dos Sexagenários (1885) e, por fim, a Lei Áurea (1888), assinada pela Princesa Isabel, filha de Dom Pedro II. Entretanto, a lei não garantiu a integração social, política e econômica da população negra no Brasil.
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