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Vírus: Constituição, Metabolismo e Características

Biologia - Manual do Enem
Jéssica Maciel Publicado por Jéssica Maciel
 -  Última atualização: 8/9/2023

Índice

Introdução

Mesmo não possuindo organelas específicas, os vírus são capazes de se reproduzir e de sofrer mutações. Alguns estudiosos defendem que essas características fazem do vírus um ser vivo simples, enquanto outros estudiosos defendem que para que o vírus seja considerado um ser vivo, seria fundamental que ele possuísse metabolismo próprio. 

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O que são os vírus?

Os vírus são seres caracterizados pela ausência de células, ou seja, são seres acelulares. Sua organização é menos complexa do que a de outros seres celulares, já que não existe no vírus organelas, membranas e outras estruturas mais especializadas. Como os vírus não apresentam metabolismo próprio, sua existência depende de outros seres vivos para poderem realizar suas funções vitais, por isso o vírus é chamado de parasita intracelular. Pode parasitar animais, vegetais, bactérias, fungos, algas e arqueas.

Por que os vírus não tem metabolismo próprio?

Os vírus não têm metabolismo próprio, pois são entidades biológicas muito simples e dependem inteiramente das células hospedeiras para se replicarem e realizar suas funções metabólicas. Em contraste com os organismos celulares, que têm um metabolismo complexo e autônomo, os vírus são considerados parasitas intracelulares obrigatórios.

O ciclo de vida de um vírus envolve várias etapas, mas todas elas ocorrem dentro da célula hospedeira:

  1. Adsorção: O vírus se liga à superfície da célula hospedeira por meio de proteínas virais que se ligam a receptores específicos na membrana celular. Isso é semelhante a uma chave (proteína viral) encaixando em uma fechadura (receptor na célula).

  2. Penetração: O vírus introduz seu material genético (que pode ser DNA ou RNA, dependendo do tipo de vírus) no interior da célula hospedeira. Isso pode ocorrer através de fusão da membrana viral com a membrana celular ou por endocitose, onde a célula engloba o vírus em uma vesícula.

  3. Replicação e Transcrição: Dentro da célula hospedeira, o material genético viral é replicado e transcrito para produzir cópias do genoma viral e moléculas de RNA mensageiro. Esses processos geralmente ocorrem utilizando as maquinarias de replicação e transcrição da célula hospedeira.

  4. Tradução e Montagem: As moléculas de RNA mensageiro viral são traduzidas pela maquinaria da célula hospedeira para produzir proteínas virais. Essas proteínas virais, juntamente com o genoma viral replicado, são então montadas para formar novas partículas virais, chamadas virions.

  5. Liberação: Novos virions são liberados da célula hospedeira. Isso pode ocorrer por lise celular, onde a célula hospedeira é destruída e os virions são liberados, ou por brotamento, onde os virions são liberados gradualmente sem matar a célula hospedeira.

O metabolismo propriamente dito, que envolve a produção de energia, síntese de biomoléculas e regulação das reações químicas em uma célula, não ocorre nos vírus. Eles não têm organelas, como mitocôndrias ou ribossomos, para realizar essas funções metabólicas. Em vez disso, eles sequestram as maquinarias metabólicas da célula hospedeira para realizar as etapas essenciais de seu ciclo de vida.

Como é a estrutura do vírus?

Vírus dentro da célula hospedeira azul

Devido à alta capacidade de mutação dos vírus, eles se apresentam de diversas formas na natureza, com diferentes estruturas. 

Quando o vírus está fora da célula hospedeira, assume a forma de vírion, ou seja, uma unidade viral completa. O vírion é composto por material genético, podendo possuir RNA ou o DNA, sendo que uma pequena parcela apresenta ambos e proteínas. Além disso, o vírion pode possuir uma proteína denominada transcriptase reversa, proteína que é capaz de transformar DNA a partir de RNA viral, ganhando o nome de Retrovírus.

Outra estrutura que podemos encontrar nos vírus é o capsídeo proteico, responsável por proteger o ácido nucleico, que junto ao material genético, são denominados nucleocapsídeo

Dentre os diversos tipos de vírus, estão os bacteriófagos, também conhecidos como fagos, organismos que infectam somente procariotos. Vários desses seres possuem o corpo dividido em três partes: a cabeça, onde está concentrado o maior volume do vírus e também onde está localizado o material genético; a cauda, que possui formato cilíndrico e alongado, fazendo conexão com as fibras da cauda; e as próprias fibras da cauda, importantes estruturas que auxiliam na conexão entre o vírus e a bactéria que será parasitada. 

Por fim, existem alguns tipos de vírus que apresentam em sua estrutura o envelope lipídico. Essa estrutura é obtida na célula e possui glicoproteínas que facilitam a interação com uma futura célula hospedeira. A presença do envelope caracteriza o vírus em mais duas categorias: os envelopados, como o vírus da herpes e o HIV, e os não envelopados, como o vírus da poliomielite e HPV.  

Quais são as fases do ciclo de vida de um vírus? 

Os vírus apresentam dois diferentes ciclos de vida: o lisogênico e o lítico.

  • Lítico: no ciclo lítico, ocorre a invasão do vírus na célula, onde se multiplica até rompê-la. O primeiro momento do ciclo se dá no contato entre o vírus e a parede da bactéria. Em seguida, são liberadas da cauda do vírus enzimas denominadas lisozimas, capazes de digerir parte da parede da bactéria, produzindo uma abertura na parede celular, por onde o vírus introduzirá seu DNA na célula hospedeira. Uma vez dentro da célula hospedeira, o DNA passa a comandar as atividades metabólicas dessa célula, fazendo com que ela replique o DNA depositado em seu interior e sintetize as outras partes do vírus, dando forma a um novo vírus. Esse processo ocorre até que a célula se rompa e libere os novos vírus no organismo. 

  • Lisogênico: no ciclo lisogênico, o vírus invade a célula e ocorre a fusão entre os DNAs das estruturas, formando uma nova estrutura, denominada prófago. Assim, quando as células se multiplicam, todas elas estarão infectadas pelo DNA viral. Na forma de prófase, o vírus não exerce danos à célula hospedeira, ficando em estado latente até que em uma das bactérias produzidas, sejam formados unidades virais inteiras, iniciando assim o ciclo lítico. 

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Como o vírus entra na célula hospedeira?

Independente do tipo de transmissão do vírus, que pode acontecer de diversas formas, como em relações sexuais, pelo ar, pelo contato com sangue infectado e pelo contato com animais, a penetração do vírus na célula hospedeira pode ocorrer pela injeção de ácido nucleico, em que apenas o ácido penetra na célula, e o restante do vírus permanece na região externa dela. Pode ocorrer também pela fusão, em que o envelope viral se funde com a membrana plasmática, e a liberação do material genético ocorre. Por último, pode acontecer a endocitose, um processo em que a célula envolve o vírus por inteiro. 

Estrutura de um fago, podendo ser observado: cabeça, cauda e fibras da cauda.Estrutura de um fago, podendo ser observado: cabeça, cauda e fibras da cauda

Resumo sobre os vírus

Os vírus são pequenos agentes infecciosos que não são considerados seres vivos, pois não possuem células nem metabolismo próprio. Eles são compostos por material genético (DNA ou RNA) envolvido por uma camada de proteína.

Os vírus têm a capacidade de se replicar apenas dentro de células hospedeiras, usando a maquinaria celular do hospedeiro para produzir cópias de si. Eles são responsáveis por uma variedade de doenças em seres humanos, animais, plantas e até mesmo bactérias, sendo a gripe, o HIV, o SARS-CoV-2 (responsável pela COVID-19) e o vírus do resfriado exemplos conhecidos.

A pesquisa e o entendimento dos vírus são fundamentais para a saúde pública, a medicina e a biologia em geral, uma vez que eles desempenham um papel importante nas doenças infecciosas e nas estratégias de prevenção e tratamento.

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Resumo sobre os vírus

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Exercício de fixação
Passo 1 de 3
UFRN

Todos os vírus são constituídos por:

A DNA e proteínas.
B Aminoácidos e água.
C Ácidos nucléicos e proteínas.
D DNA e RNA.
E RNA e proteínas.
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