15 filmes para entender o porquê do Dia da Consciência Negra
Veja 15 obras que lembram a luta contra o racismo e ajudam a entender as marcas deixadas pela escravidão negra no Brasil e no mundo
Atualizado em 17/11/2022
Dia 20 de novembro, é celebrado o Dia Nacional da Consciência Negra. A data foi atribuída em homenagem ao líder quilombola Zumbi dos Palmares, um dos símbolos da luta contra a escravidão negra no Brasil.
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O fim da escravidão aconteceu oficialmente dia 13 de maio de 1888, mas sem direitos e garantias para a população negra. Por isso, a celebração foi instituída pelo Congresso brasileiro no dia do guerreiro africano Zumbi em 2003. Na mesma ocasião, o ensino da história e cultura afro-brasileira tornou-se obrigatório nas escolas públicas e particulares.
Após décadas da libertação, as pessoas negras ainda não têm as mesmas oportunidades que as pessoas brancas e sofrem com diversas desigualdades sociais. O Dia da Consciência Negra tem como objetivo promover a reflexão sobre o racismo e discriminação que ainda persiste na sociedade brasileira com a população negra que é maioria, 56,10%, segundo o IBGE.
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15 filmes para entender o porquê do Dia da Consciência Negra
Para lembrar a luta contra o racismo e compreender as marcas deixadas pela escravidão negra no Brasil e no mundo, a Revista Quero elencou 15 filmes que você precisa assistir para entender o porquê o Dia da Consciência Negra deve existir. Confira!
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A última abolição (2018)
“Falamos do genocídio nazista, mas não falamos tanto do holocausto dos negros que nós sofremos nesses 350 anos”, questiona o documentário brasileiro de Alice Gomez. O longa reflete sobre o processo de escravidão negra do Brasil, o porquê o país foi o último país a abolir a escravidão e as marcas disso no presente. Além disso, o filme apresenta vários personagens que lutaram desde a época da escravidão até a implementação do Dia da Consciência Negra.
12 Anos de Escravidão (2014)
Já considerado um clássico, o filme é baseado na história real do músico Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor), um homem negro nascido livre nos Estados Unidos no século XIX, mas que é sequestrado e vive como escravo durante 12 anos. O longa expõe cenas fortes da exploração negra e de como os homens e mulheres escravizados eram tratados pela elite branca.
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Selma: Uma Luta Pela Igualdade (2014)
O filme conta a história da épica marcha negra a favor dos direitos civis liderado por Martin Luther King Jr, nos Estados Unidos. Na ocasião, milhões de pessoas marcharam da cidade de Selma a Montgomery, no estado do Alabama, de forma pacífica pelo direito das pessoas negras de votarem. A marcha provocou reações violentas do Estado e da sociedade sulista, marcada pelo preconceito, mas também foi crucial para a conquista do direito ao voto em 1965.
Estrelas Além do Tempo (2016)
O longa retrata a história real das cientistas afro-americanas da NASA, Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson. Elas foram cruciais para que o primeiro homem americano fosse ao espaço, em plena Guerra Fria e corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética. “Toda vez que temos a chance de avançar, eles mudam a chegada”, afirma uma das protagonistas do filme que mostra a luta contra o racismo e o machismo na NASA.
Histórias Cruzadas (2012)
A história, baseada no livro best-seller “A Resposta (The Help)”, dá voz às empregadas domésticas negras dos Estados Unidos nos anos 1960. Na trama, a jovem jornalista inconformada com a realidade Skeeter (Emma Stone) escreve um livro no qual expõe as histórias de Aibileen (Viola Davis) e Minny (Octavia Spencer) e outras empregadas sobre as injustiças, racismo e perseguições vividos por elas no ambiente de trabalho e na sociedade segregada. O livro abala o status quo do Mississipi e chama a atenção para a luta dos direitos civis.
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Que horas ela volta (2015)
Outro filme que denuncia o racismo presente no cotidiano das empregadas domésticas, mas dessa vez na atualidade e no Brasil, é o filme “Que horas ela volta”. O longa retrata a rotina da pernambucana Val (Regina Casé), que se mudou para a capital São Paulo buscando melhores condições para sua filha Jéssica (Camila Márdila). Quando Jéssica vai morar com a mãe para prestar vestibular, o racismo velado fica cada vez mais evidente na casa dos patrões de Val.
Django Livre (2012)
A releitura de Quentin Tarantino do clássico do faroeste retrata a história de Django (Jamie Foxx), um ex-escravo que, agora livre, busca a esposa que ainda se encontra escravizada em alguma fazenda dos Estados Unidos no final do século XIX. Nessa jornada, o protagonista se depara com as teorias racistas pseudocientíficas da época e outros absurdos do período escravocrata.
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A 13ª Emenda (2016)
O nome do longa faz referência à lei que proíbe a escravidão, exceto em caso de condenação. Segundo o documentário, a lei cria uma brecha para se manter os trabalhos braçais mesmo após a abolição da escravidão, por meio do encarceramento em massa. O filme reflete sobre as consequências de dessa lei para a comunidade negra até hoje e sobre a política de encarceramento dos EUA.
Pantera Negra (2018)
O primeiro filme do herói Pantera Negra da Marvel traz o protagonismo negro às telas. Na história, o herói T’Challa (Chadwick Boseman), retorna ao reino de Wakanda para assumir o posto de rei após a morte de seu pai. Apesar de ser uma ficção, o filme ressalta a história, cultura e realidade do povo negro e reflete sobre as consequências do processo de colonização nos países africanos.
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Corra! (2017)
O terror psicológico “Get Out” explora o racismo velado ainda presente na sociedade. A trama começa quando o jovem negro Chris (Daniel Kaluuya) viaja para conhecer os pais de sua namorada branca de família tradicional. O que no começo parece apenas racismo velado se torna um final de semana terrível após Chris descobrir segredos da família da namorada.
Ó paí, Ó (2007)
Protagonizado por Lázaro Ramos, o filme, baseado numa peça de teatro que também deu origem a uma série, explora a realidade de um cortiço no centro histórico do Pelourinho, em Salvador, na Bahia. Em meio a alegria do Carnaval e as brigas do dia a dia, o filme denuncia os conflitos raciais, violência e desigualdade contra a população negra em Salvador.
Moonlight: Sob a Luz do Luar (2016)
Ganhador do Oscar de Melhor Filme em 2017, a trama mostra a jornada de Chiron, um homem negro gay e pobre num bairro pobre de Miami, nos Estados Unidos. Em meio à violência, pobreza, racismo e homofobia, Chiron tenta se descobrir e sair daquela realidade. “Em certo momento você precisa decidir quem você quer ser! Você não pode deixar ninguém tomar essa decisão por você” é uma das frases marcantes do filme.
Cidade de Deus (2002)
A adaptação do livro de mesmo nome de Paulo Lins conta a história da comunidade Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, do seu início nos anos 1960 até ganhar a fama de um os lugares mais perigosos da cidade. Por meio dos moradores Buscapé (Alexandre Rodrigues), um jovem que sonha em ser fotógrafo, e Zé Pequeno (Leandro Firmino), um jovem traficante ambicioso, a trama retrata a realidade da violência, desigualdade social e racial e crescimento do tráfico de drogas na Cidade de Deus.
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Cor Púrpura (1985)
O clássico, baseado no romance da ativista política negra norte-americana Alice Walker, narra a história de Celie (Whoopi Goldberg), uma mulher negra afro-americana que viveu uma infância de abusos e foi obrigada a casar com um homem mais velho e cuidar de suas crianças. Celie mantém vivo o sonho de encontrar sua irmã que está África, com quem se comunica por cartas, e de se libertar desse destino de violência, racismo e machismo.
Green Book: O Guia (2018)
Baseado numa história real, o filme ganhou o Oscar de Melhor Filme em 2019, o People’s Choice Award e outros prêmios. A trama narra a viagem de turnê de Don Shirley (Mahershala Ali), um pianista afro-americano conhecido mundialmente, pelo sul dos Estados Unidos, em 1962. Com seu motorista e guarda-costas, Tony Lip (Viggo Mortensen), um homem branco, Shirley enfrenta o racismo e segregação racial ainda presente no sul do país.
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Publicado originalmente em 20/11/2019
Atualizado em 17/11/2022
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