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Figuras de linguagem do barroco: principais recursos estilísticos

Literatura - Manual do Enem
Mathias Sallit Publicado por Mathias Sallit
 -  Última atualização: 21/5/2025

Introdução

O Barroco foi um movimento artístico e literário que se desenvolveu entre os séculos XVI e XVIII, marcado por uma forte dualidade entre razão e fé, corpo e espírito, terreno e divino. Essa tensão é refletida não só nos temas das obras barrocas, mas também nos recursos estilísticos usados pelos autores da época.

Entre os principais instrumentos de estilo barroco estão as figuras de linguagem, que ajudam a expressar contrastes, exageros e contradições características desse período. A linguagem é um dos elementos centrais para compreender esse estilo.

Com um vocabulário rebuscado e uma construção textual repleta de recursos retóricos, a literatura barroca utilizava as figuras de linguagem como forma de traduzir as tensões espirituais, morais e existenciais de seu tempo. Neste artigo, você vai entender quais são as principais figuras de linguagem do barroco, como reconhecê-las em textos literários e como esse conhecimento pode te ajudar no Enem.

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Índice

O que é o barroco e por que a linguagem é tão importante nesse movimento?

O barroco surgiu em um contexto histórico de transição: a Europa vivia os reflexos da Reforma Protestante e da Contra-Reforma Católica, enquanto as ideias medievais cediam espaço à visão humanista do Renascimento. No Brasil, esse estilo floresceu principalmente na literatura religiosa, com nomes como Gregório de Matos e Padre Vieira.

O traço mais marcante do barroco é o conflito: entre corpo e alma, fé e razão, vida material e vida eterna. Esses opostos são frequentemente expressos por meio de uma linguagem ornamentada, complexa e carregada de figuras de linguagem. O uso das palavras não é apenas informativo, mas artístico e simbólico, servindo para reforçar a dramaticidade e o dualismo da época.

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Figuras de linguagem mais utilizadas no barroco

A seguir, você confere as principais figuras de linguagem que caracterizam o estilo barroco. Essas ferramentas expressivas ajudam a dar forma às ideias do movimento e são fundamentais para reconhecer um texto barroco nas provas do Enem.

Antítese e paradoxo: o conflito barroco em palavras

A antítese consiste na aproximação de palavras ou ideias opostas, enquanto o paradoxo apresenta ideias contraditórias em um mesmo enunciado. Ambas são amplamente utilizadas no barroco para representar os conflitos internos do ser humano.

  • Exemplo de antítese: "Buscas no mundo e não achas contentamento, / Porque o mundo é contraste do descanso" (Gregório de Matos)
  • Exemplo de paradoxo: "Nasce o sol, e não dura mais que um instante. / Depois da luz, se segue a noite escura..." (Gregório de Matos)

Essas figuras transmitem com força a dualidade da existência humana, um dos temas centrais do barroco.

Metáfora e hipérbole: linguagem intensificada

A metáfora estabelece uma comparação implícita entre dois elementos, enquanto a hipérbole utiliza o exagero como recurso expressivo. Ambas conferem intensidade e riqueza à linguagem barroca.

  • Exemplo de metáfora: "O mundo é um grande teatro" (Padre Vieira)
  • Exemplo de hipérbole: "Chorei rios de lágrimas ao ver teu retrato"

Esses recursos estilísticos ajudam a expressar o exagero das emoções e a busca por transcendência, tão presentes na época.

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Prosopopeia e anáfora: ritmo e vivacidade no discurso barroco

A prosopopeia (ou personificação) atribui qualidades humanas a seres inanimados ou abstratos. Já a anáfora é a repetição de palavras no início de versos ou frases para criar ritmo e reforço de sentido.

  • Exemplo de prosopopeia: "A morte me chamou, e eu não quis ouvi-la."
  • Exemplo de anáfora: "Tudo passa, tudo voa, tudo finda..."

Essas figuras dão vida ao texto e marcam o estilo retórico dos sermões e poesias barrocas.

As principais figuras de linguagem do barroco são a antítese, o paradoxo, a metáfora, a hipérbole, a prosopopeia e a anáfora. Esses recursos estilísticos expressam os contrastes, exageros e conflitos típicos do estilo barroco, marcando sua linguagem rebuscada e emocional.

Como reconhecer essas figuras em provas como o Enem

As provas do Enem costumam cobrar a identificação e interpretação de figuras de linguagem em textos literários e jornalísticos. Saber reconhecer os recursos utilizados no barroco é essencial para interpretar corretamente poemas e trechos de sermões, que aparecem com frequência nas questões de linguagens.

Dicas para identificar:

  • Observe a presença de opostos (antítese, paradoxo);

  • Repare em comparações implícitas (metáforas);

  • Note o uso de exageros expressivos (hipérbole);

  • Fique atento a repetições no início de versos (anáfora).

Ao reconhecer essas figuras, você consegue compreender com mais profundidade o sentido do texto e aumentar suas chances de acerto nas questões de interpretação. Elas são recorrentes nas provas de Linguagem.

Diferença entre a linguagem barroca e a do arcadismo

Enquanto o barroco se caracteriza por uma linguagem rebuscada, cheia de ornamentos e contrastes, o arcadismo (ou neoclassicismo) adota uma linguagem simples, clara e objetiva. O ideal árcade é o do "fugere urbem" (fugir da cidade) e "carpe diem" (aproveitar o dia), com uma visão mais racional e equilibrada da vida.

Saber distinguir esses dois estilos é importante para não confundir autores e características nas provas de literatura.

Por que entender os recursos estilísticos do barroco é essencial para o Enem?

Conhecer as figuras de linguagem mais usadas no barroco é fundamental para entender a expressividade desse movimento e interpretar com precisão os textos exigidos no Enem. Recursos como a antítese, o paradoxo, a metáfora e a anáfora ajudam a revelar os dilemas e as angústias da época, proporcionando uma leitura mais rica e consciente.

Se você quer se aprofundar nesse e em outros conteúdos importantes para o Enem, explore o Manual do Enem e aproveite para simular sua nota e descobrir bolsas de estudo com o Quero Bolsa.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
(FEI)

Nos versos citados acima, Gregório de Matos empregou uma figura de linguagem que consiste em aproximar termos de significados opostos, como “tristezas” e “alegria”. O nome desta figura de linguagem é:

A metáfora
B aliteração
C eufemismo
D antítese
E sinédoque
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