A seguir, você confere as principais figuras de linguagem que caracterizam o estilo barroco. Essas ferramentas expressivas ajudam a dar forma às ideias do movimento e são fundamentais para reconhecer um texto barroco nas provas do Enem.
Antítese e paradoxo: o conflito barroco em palavras
A antítese consiste na aproximação de palavras ou ideias opostas, enquanto o paradoxo apresenta ideias contraditórias em um mesmo enunciado. Ambas são amplamente utilizadas no barroco para representar os conflitos internos do ser humano.
- Exemplo de antítese: "Buscas no mundo e não achas contentamento, / Porque o mundo é contraste do descanso" (Gregório de Matos)
- Exemplo de paradoxo: "Nasce o sol, e não dura mais que um instante. / Depois da luz, se segue a noite escura..." (Gregório de Matos)
Essas figuras transmitem com força a dualidade da existência humana, um dos temas centrais do barroco.
Metáfora e hipérbole: linguagem intensificada
A metáfora estabelece uma comparação implícita entre dois elementos, enquanto a hipérbole utiliza o exagero como recurso expressivo. Ambas conferem intensidade e riqueza à linguagem barroca.
- Exemplo de metáfora: "O mundo é um grande teatro" (Padre Vieira)
- Exemplo de hipérbole: "Chorei rios de lágrimas ao ver teu retrato"
Esses recursos estilísticos ajudam a expressar o exagero das emoções e a busca por transcendência, tão presentes na época.
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Prosopopeia e anáfora: ritmo e vivacidade no discurso barroco
A prosopopeia (ou personificação) atribui qualidades humanas a seres inanimados ou abstratos. Já a anáfora é a repetição de palavras no início de versos ou frases para criar ritmo e reforço de sentido.
- Exemplo de prosopopeia: "A morte me chamou, e eu não quis ouvi-la."
- Exemplo de anáfora: "Tudo passa, tudo voa, tudo finda..."
Essas figuras dão vida ao texto e marcam o estilo retórico dos sermões e poesias barrocas.
As principais figuras de linguagem do barroco são a antítese, o paradoxo, a metáfora, a hipérbole, a prosopopeia e a anáfora. Esses recursos estilísticos expressam os contrastes, exageros e conflitos típicos do estilo barroco, marcando sua linguagem rebuscada e emocional.