Atualizado em 05/03/2024
Você sabia que 51,5% da população brasileira é formada por mulheres? Os dados são do Censo Demográfico de 2022, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Encontre bolsas de estudo de até 80%
Além disso, as mulheres representam 58,4% dos matriculados no Ensino Superior, segundo o Mapa do Ensino Superior de 2021, publicação organizada pelo Instituto Semesp. Mas afinal, como estão as mulheres no mercado de trabalho? Confira a seguir!
Mulheres no mercado de trabalho
Conforme revelam os dados da Cartilha Desenvolvimento Feminino e Protagonismo de Carreira, realizado pelo Infojobs, mesmo com as mulheres assumindo mais postos de trabalho ao longo dos anos, a igualdade de oportunidades entre os sexos está longe de ser uma realidade.
De acordo com a projeção do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a presença feminina no mercado de trabalho deve chegar a 64,3% em 2030. Em contraponto, na pesquisa do Infojobs, cerca de 78% das entrevistadas acreditam que já perderam alguma oportunidade de emprego de emprego apenas por ser mulher.
Veja: Mulheres ganham mais no futebol, mas são menos contratadas
+ 8 de março: entenda porque é comemorado o Dia Internacional das Mulheres
A pesquisa também revelou dois grandes desafios que as mulheres enfrentam no mercado de trabalho no dia a dia: a própria dificuldades de conquistar uma oportunidade de emprego e a dificuldade para conquistar reconhecimento e crescer profissionalmente.
Os dados da Cartilha revelam, por exemplo, que 42,2% das mulheres estão em funções de gerência e apenas 13,9% assumem cargos na diretoria das empresas. Das entrevistadas, 66% afirmaram nunca terem trabalhado em empresas onde a quantidade de mulheres na liderança era maior do que a de homens.
Para além do desafio de entrar no mercado, quando entram, muitas mulheres se deparam com a realidade da dupla jornada. Segundo a pesquisa, 87% das entrevistadas afirmam vivenciar a dupla jornada de trabalho, ou seja, trabalhando fora de casa e ainda realizando as atividades domésticas, uma vez que 48% revelaram que não contam com nenhuma rede de apoio ou ajuda de parceiros.
Ademais de todas esses desafios, infelizmente muitas mulheres ainda enfrentam o problema do assédio: 74% das entrevistadas relatam que já sofreram assédio ou preconceito na vida profissional, sendo que, em 72% dos casos, a abordagem partiu de superiores.
Leia mais: 10 mulheres para citar na redação do Enem
+ Mulheres cientistas: veja 6 pioneiras que mudaram o mundo da ciência
Profissões que mais e menos contratam mulheres no Brasil
Além dos dados, para demonstrar de forma prática o cenário da participação das mulheres no mercado, a Revista Quero fez uma lista com as profissões que mais contrataram mulheres e as que menos contratam mulheres no Brasil, segundo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de 2019*, a última versão que apresentou esses dados.
Na tabela de profissões que mais contratam mulheres, foram consideradas aquelas com um número superior a 10 mil contratações.
A partir dos dados coletados, é possível verificar uma presença maior de mulheres nas áreas da saúde e da educação. Veja abaixo as profissões que mais contratam mulheres:
Profissão |
Número de contratações |
42.508 |
|
27.992 |
|
17.526 |
|
Professora de nível superior do Ensino Fundamental |
16.917 |
16.062 |
|
Professora de nível médio do Ensino Fundamental |
12.855 |
Professora de nível superior na Educação Infantil (0 a 3 anos) |
11.637 |
Professora de nível superior na Educação Infantil (4 a 6 anos) |
10.947 |
10.611 |
|
10.568 |
|
Professora na Educação de Jovens e Adultos do Ensino Fundamental |
10.457 |
Professora de nível média na Educação Infantil |
10.311 |
O curioso é que, ao comparar dados de 2010 e 2019, a lista de profissões que mais contratam mulheres quase não passou por muitas alterações. Apenas profissões como médica clínica e assistente social que atualmente não estão entre as que mais contratam faziam parte da lista.
Confira: 10 profissões com menor diferença salarial entre homens e mulheres
+ 10 profissões com maior diferença salarial entre homens e mulheres
Por outro lado, o número de contratações de mulheres na área de exatas é expressivamente menor. Na tabela das profissões que menos contratam mulheres, foram consideradas as profissões com média de contratação geral acima de 50. Confira:
Profissão |
Número de Contratações |
5 |
|
6 |
|
6 |
|
Tecnólogo em Automação Industrial |
7 |
8 |
|
9 |
|
Engenheira Mecatrônico |
10 |
11 |
|
Médica em Endoscopia |
12 |
Tecnólogo em Eletrônica |
12 |
16 |
|
18 |
|
Engenheira de Materiais |
18 |
Tecnólogo em Telecomunicações |
18 |
19 |
Entre 2010 e 2019, a lista de cursos que menos contratam mulheres obteve muitas alterações. O primeiro lugar da lista era ocupada pela função engenheira química, com 53 contratações. Veja a lista completa abaixo com as profissões e os números de contratações:
- Engenheira Química: 53
- Professora de geografia do Ensino Superior: 53
- Engenheira de Controle e Automação: 54
- Designer de Produto: 54
- Professora de Medicina Veterinária: 55
- Economista Ambiental: 56
- Engenheira Metalurgista: 56
- Atuária: 59
- Engenheira Ambiental: 60
Saiba mais: 11 mulheres que mudaram a educação no mundo
+ As profissões com maior diferença salarial entre homens e mulheres
Entre na faculdade com bolsa de estudos!
Se você pensa em entrar na faculdade e seguir carreira em alguma dessas áreas, você precisa conhecer a Quero Bolsa, a maior plataforma de bolsas de estudo do Brasil!
No site da Quero Bolsa você encontra bolsas de estudo de até 80% de desconto em inúmeros cursos, em milhares de faculdades espalhadas por todo o país.
Tem cursos em todas as modalidades: presenciais, semipresenciais e totalmente à distância (EaD). Para ver as ofertas, basta acessar o botão abaixo e procurar pelo curso que você quer:
Além disso, conheça abaixo algumas das faculdades parceiras da Quero Bolsa e que oferecem descontos muito bons:
*Elaboração dos dados: Heitor Facini/Quero Bolsa