Cursos da USP com maior e menor desistência dos alunos: veja a lista
Saiba quais são os cursos da USP com as maiores e menores taxas de evasão de estudantes e entenda o porquê
Se entrar na faculdade já não é fácil, em certos cursos a dificuldade para se formar pode ser ainda maior. Esse foi um dos fatos confirmados por uma pesquisa divulgada pela Universidade de São Paulo (USP), que revelou quais são os cursos com maiores e menores taxas de desistência na instituição.
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Segundo a pesquisa, a taxa de evasão geral da faculdade (quantidade de alunos que desistem) é de 17,41%, valor menor que adas universidades federais ou a do conjunto do sistema brasileiro de ensino superior.
No entanto, essa porcentagem varia muito dependendo do curso. Por exemplo, os cursos com as maiores taxas de evasão são aqueles nos quais há muitas reprovações em disciplinas de matemática. Confira a seguir quais são os cursos com maior e menor desistência na USP!
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Cursos da USP que os alunos mais desistem
Confira a seguir quais são os cursos da USP com as maiores taxas de evasão:
- Matemática Aplicada e Computacional (Bacharelado) – 54%
- Matemática Aplicada (Bacharelado) – 50%
- Matemática (Licenciatura) – 50%
- Física (Licenciatura) – 46,7%
- Meteorologia (Bacharelado) – 43,3%
- Gestão de Políticas Públicas – 43,3%
- Filosofia – 42,2%
- Astronomia (Bacharelado) – 40%
- Matemática (Bacharelado e Licenciatura) – 37,9%
- Ciências Exatas (Licenciatura) – 37,2%
- Educomunicação (Licenciatura) – 36,7%
- Filosofia – Vespertino – 36,7%
- Ciências da Natureza (Licenciatura) – 36,2%
- Matemática Aplicada e Computação Científica – 36%
- Física (Licenciatura – Diurno) – 36%
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Cursos da USP que os alunos menos desistem
Agora veja abaixo quais são os cursos da USP com as menores taxas de evasão:
- Nutrição e Metabolismo – 0%
- Jornalismo (Bacharelado) – 0%
- Medicina – USP/Ribeirão Preto – 1%
- Engenharia de Materiais e Manufatura – 2%
- Arquitetura e Urbanismo – 2,2%
- Medicina – USP/São Paulo – 2,9%
- Publicidade e Propaganda – 3,3%
- Engenharia Civil – 3,3%
- Relações Internacionais (Bacharelado) – 3,3%
- Odontologia (FORP) – 3,8%
- Ciências Biomédicas (Bacharelado) – 4%
- Engenharia Mecatrônica – 4,1%
- Odontologia – FOB – 4,2%
- Medicina Veterinária – 5%
- Administração – 5%
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O que mais a pesquisa descobriu?
A pesquisa, realizada pelo estudante Luis Pedro Polesi de Castro, ainda revelou que existe um perfil médio do estudante mais propenso a evadir: homem, negro, com renda familiar mais baixa e que chegou à Universidade na faixa etária dos 20 aos 40 anos.
No entanto, essas características pessoais não são suficientes para explicar a evasão em todos os cursos de graduação, porque muitos não seguem essas regras. Segundo Marta Arretche, professora orientadora de Luis, há diversos fatores que afetam os resultados, como a cidade onde o curso é oferecido ou mesmo o desempenho médio dos estudantes, medido pelas notas ponderadas semestrais.
Além disso, outro padrão observado pela pesquisa é que as evasões tendem a se concentrar mais no primeiro e no segundo anos da graduação do que no restante do curso, o que reflete ainda mais o choque de entrada no ensino superior.
De acordo com Luis, o estudo teve como objetivo entender como a evasão nos cursos superiores estão relacionadas com as desigualdades entre os diferentes perfis de estudantes. Conhecer os fatores que influenciam na decisão dos alunos em abandonar seus cursos, por sua vez, pode ajudar a melhorar políticas públicas de permanência.
“Se no momento que você tira a foto da entrada você vê uma diversidade maior, isso não é suficiente se lá no final do curso você tirar a mesma foto e essa diversidade não se manter”, reitera o estudante.
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