Os piolhos de cobra, também conhecidos como "milípedes", são artrópodes pertencentes à classe Diplopoda. Suas principais características incluem a presença de numerosos segmentos corporais, geralmente variando de algumas dezenas a centenas, com cada segmento contendo dois pares de pernas. Essas pernas duplas são uma característica distintiva dos milípedes e os distinguem de centopeias, que têm apenas um par de pernas por segmento.
Além disso, os piolhos de cobra possuem corpos cilíndricos e alongados, cobertos por um exoesqueleto resistente. Eles variam em tamanho, desde alguns centímetros até mais de 30 centímetros de comprimento, dependendo da espécie.
Outra característica dos piolhos de cobra é a sua dieta herbívora, alimentando-se principalmente de matéria vegetal em decomposição, folhas em decomposição e outros detritos orgânicos. Eles desempenham um papel importante na decomposição de matéria orgânica no solo, contribuindo para a reciclagem de nutrientes e o equilíbrio do ecossistema.
Muitas espécies de piolhos de cobra têm glândulas de defesa que secretam substâncias químicas tóxicas para proteger-se de predadores, embora sua mordida seja inofensiva para os seres humanos.
Anatomia
O piolho de cobra apresenta corpo segmentado, dividido em cefalotórax e abdômen, como é comum em aracnídeos. Possui oito patas articuladas, sendo que algumas espécies apresentam apêndices modificados para captura de presas ou locomoção em superfícies estreitas.
Na região anterior, estão as quelíceras e pedipalpos, que funcionam na alimentação e na manipulação de alimentos. O sistema digestório é simples, adaptado à ingestão de pequenos invertebrados ou de fluidos de hospedeiros, conforme a espécie.
O sistema nervoso inclui um cérebro concentrado na região cefálica e cordões nervosos longitudinais, permitindo coordenação de movimentos e percepção sensorial. O piolho de cobra também possui órgãos sensoriais especializados, como quimiorreceptores e mecanorreceptores, que auxiliam na detecção de presas e na navegação em ambientes escuros, como tocas de cobras.
Diversidade
Há diferentes espécies de artrópodes que variam em tamanho, forma e comportamento, mas que compartilham a característica de se associar a cobras ou a ambientes semelhantes.
A diversidade desses organismos se manifesta principalmente em relação à morfologia das pernas, ao número de segmentos corporais e à adaptação a diferentes habitats, como solos úmidos, tocas de répteis e folhas em decomposição.
Algumas espécies apresentam hábitos parasitas, alimentando-se de sangue ou secreções de cobras, enquanto outras são predadoras de pequenos invertebrados presentes no mesmo ambiente. Essa variedade permite que os piolhos de cobra desempenhem diferentes papéis ecológicos, influenciando o equilíbrio das populações de invertebrados e a dinâmica dos ecossistemas onde vivem.
Habitat
Além dos ambientes úmidos e protegidos, como solos ricos em matéria orgânica, algumas espécies vivem de forma associada direta a cobras, retirando nutrientes do hospedeiro, enquanto outras ocupam o solo e a vegetação próxima, alimentando-se de pequenos invertebrados.
A distribuição geográfica varia conforme a espécie, ocorrendo em regiões tropicais e subtropicais, onde as condições de temperatura e umidade favorecem sua sobrevivência.