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Classificação dos seres vivos: o que é, importância e resumo

Biologia - Manual do Enem
Barbara Mello Publicado por Barbara Mello
 -  Última atualização: 2/10/2025

Introdução

A diversidade de organismos no planeta é imensa, variando desde bactérias microscópicas até animais complexos. Para compreender essa variedade, a biologia sistemática desenvolveu métodos de classificação que organizam os seres vivos em grupos de acordo com suas características evolutivas, morfológicas, fisiológicas e genéticas. A classificação dos seres vivos organiza a biodiversidadeem categorias hierárquicas em reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie com possíveis subdivisões para detalhar relações evolutivas. Exemplo: Homo sapiens (humano) é classificado no reino Animalia, filo Chordata, classe Mammalia.

Os organismos podem ser agrupados em três domínios (Bateria, Archaea e Eukarya) e seis reinos: Eubacteria, Archae-bacteria, Protista, Plantae, Fungi, Animalia.. Entenda mais sobre a classificação de seres vivos a seguir!

diferentes animais, como cachorro, borboleta, gato e rato, em fundo branco.

Índice

O que são as categorias taxonômicas?

As categorias taxonômicas são os níveis usados para organizar e classificar todos os seres vivos de acordo com suas relações evolutivas e características comuns. Essa hierarquia é conhecida como taxonomia e ajuda os cientistas a entender melhor as relações entre diferentes organismos. As principais categorias taxonômicas, em ordem decrescente de abrangência, são:

  1. Domínio: A divisão mais ampla, agrupando organismos com características celulares fundamentais similares.
  2. Reino: Segrega os organismos em grandes grupos como animais, plantas, fungos, etc.
  3. Filo: Divide os reinos em grupos baseados em estruturas corporais importantes ou planos de organização.
  4. Classe: Agrupa organismos dentro de um filo que compartilham características mais específicas.
  5. Ordem: Uma subdivisão de classe, agrupando organismos ainda mais similares.
  6. Família: Agrupa gêneros semelhantes com muitas características compartilhadas.
  7. Gênero: Agrupa espécies que são muito semelhantes e frequentemente podem se intercruzar.
  8. Espécie: A categoria mais específica, que identifica um grupo de indivíduos que podem se reproduzir entre si, produzindo descendência fértil.

Classificação dos seres vivos por Reino

Uma das formas de classificar os seres vivos é por meio do Reino. Entenda melhor:

Reino animal

O reino Animalia divide-se em dois grupos: vertebrados e invertebrados. As espécies desse reino são eucariontes, pluricelulares, heterotróficos, com respiração aeróbia, reprodução sexuada e capacidade de deslocamento. Dentro deste reino estão presentes: mamíferos, peixes, aves, répteis, anfíbios, insetos, moluscos, anelídeos e outros. 

Reino vegetal

As espécies do reino Plantae são eucariontes, pluricelulares, autotróficos, sésseis (sem capacidade de locomoção) e podem se reproduzir de forma sexuada ou assexuada.

Esse reino é um dos mais antigos e agrupa diversas espécies de árvores e outros vegetais. É um grupo de extrema importância para a vida na Terra, devido a dinâmica de gases envolvida na respiração dos indivíduos. 

Reino fungi

Neste reino encontramos os fungos, que são organismos eucariontes, pluricelulares, aeróbicos e heterotróficos. Eles se reproduzem através de esporos e, por isso, podem ser encontrados em diversas regiões, inclusive como parasitas de outras espécies de animais e plantas. 

Reino protista

O reino dos protistas é o mais primitivo e acredita-se que todos os demais derivam deste. São eucariontes, uni ou pluricelulares. Devido a sua origem parafilética, é um reino de difícil caracterização, uma vez que nem todos os indivíduos têm um mesmo ancestral comum. 

Reino Monera

Antigamente, todos os organismos procariontes eram reunidos no chamado Reino Monera. No entanto, estudos genéticos e bioquímicos mostraram diferenças profundas entre os grupos, o que levou à divisão em dois domínios distintos: Bacteria e Archaea.

Bactérias (Domínio Bacteria):

São organismos unicelulares e procariontes, amplamente distribuídos na Terra. Podem ser aeróbias ou anaeróbias, além de apresentarem grande diversidade metabólica (heterotróficas, autotróficas fotossintetizantes ou quimiossintetizantes). Muitas espécies vivem em associação com outros seres vivos, podendo ser tanto benéficas (flora intestinal, produção de antibióticos, decomposição) quanto causadoras de doenças.

Arqueas (Domínio Archaea):

Também são unicelulares e procariontes, mas possuem características bioquímicas únicas, como membranas celulares com lipídios distintos e ribossomos semelhantes aos de eucariotos. São famosas por habitar ambientes extremos (altas temperaturas, elevada salinidade, pH ácido), mas também ocorrem em ambientes comuns. A maioria é anaeróbia e algumas participam do ciclo do carbono e do nitrogênio, produzindo metano (arqueas metanogênicas).

Classificação dos seres vivos por espécie

Cada espécie é designada por um nome binomial em latim, que inclui o gênero seguido pelo epíteto específico. Por exemplo, o ser humano é classificado como Homo sapiens. Esta classificação destaca a capacidade de reprodução entre membros da mesma espécie e o isolamento reprodutivo em relação a outros grupos.

Além disso, os indivíduos de uma mesma espécie compartilham características genéticas e morfológicas semelhantes, facilitando sua identificação e classificação na taxonomia biológica.

Saiba mais: Evolução Biológica

Entenda a importância de classificar os seres vivos

A classificação é uma ferramenta essencial para a biologia, ecologia, medicina e muitas outras áreas, facilitando a exploração e entendimento da vida na Terra.

  1. Organização: Facilita a organização e o entendimento da imensa diversidade biológica, permitindo aos cientistas e estudantes identificar e estudar organismos de maneira sistemática. (Veja também os níveis de organização dos seres vivos)

  2. Comunicação: Estabelece uma linguagem comum entre os cientistas ao redor do mundo, permitindo o compartilhamento eficiente de informações e descobertas sobre diferentes espécies.

  3. Compreensão Evolutiva: Ajuda a entender as relações evolutivas entre os organismos, mostrando como diferentes espécies estão relacionadas e como evoluíram ao longo do tempo.

  4. Conservação: Auxilia na conservação da biodiversidade, identificando espécies ameaçadas de extinção, seus habitats e as ações necessárias para sua proteção.

  5. Pesquisa Médica e Biotecnologia: Fornece insights sobre a biologia e a genética de organismos que podem ser cruciais para o desenvolvimento de medicamentos, tratamentos e tecnologias inovadoras.

  6. Agricultura e Controle de Pragas: Permite a identificação de espécies benéficas para a agricultura e a detecção de pragas e patógenos, contribuindo para a segurança alimentar e controle de doenças.

Representação de classificação dos seres vivos

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Classificação dos seres vivos por espécie

  • A necessidade de classificar os seres vivos surgiu há muitos anos, ainda na Idade Clássica, quando Aristóteles dividiu os seres em plantas e animais;
  • Ao agrupar todas as plantas em um mesmo grupo, fatores como formação de flores, modelo de caule, produção de sementes e etc, não eram considerados;
  • Após avanços científicos no ramo da microscopia, definiram-se novos grupos para classificar aqueles indivíduos que não se classificavam no sistema proposto;
  • No século XVIII, Lineu propôs uma forma hierárquica de classificação dos seres vivos: reinos mineral, vegetal e animal, e dentro de cada reino a classificação seguia a hierarquia Classe, Ordem, Gênero, Espécie, e Variedade;
  • No século XIX, Ernst Haeckel propos o sistema de cinco reinos utilizado até hoje: Monera, Fungi, Protoctista, Plantae e Animalia; 
  • Em 1990, C. Woese, junto de Kandler e Wheelis, propuseram a formação de três supra-reinos (domínios), acima dos reinos: Dominio Bacteria, Archaea e Eukarya. Esse é o modelo utilizado atualmente, baseado em analises profundas de RNA.

    Resumidamente, a classificação dos seres vivos segue a sequência:

    Domínio → Reino → Filo → Classe → Ordem → Família → Gênero → Espécie

Classificar os seres vivos é fundamental porque:

  • Facilita o estudo e a comunicação científica: ao organizar os organismos em categorias (domínios, reinos, filos, classes, ordens, famílias, gêneros e espécies), torna-se mais simples compreender suas semelhanças e diferenças.

  • Revela relações evolutivas: a sistemática moderna utiliza evidências moleculares (DNA, RNA e proteínas) para entender como os organismos estão relacionados ao longo da história evolutiva, estabelecendo árvores filogenéticas.

  • Permite identificar novas espécies: ao descrever características de um grupo, é possível reconhecer quando um organismo não se encaixa nele, indicando uma possível nova espécie.

  • Auxilia em áreas aplicadas: a classificação é essencial para a medicina (identificação de microrganismos patogênicos), para a agricultura (controle de pragas e melhoramento genético), para a ecologia (conservação de espécies e habitats) e para a biotecnologia.

  • Organiza o conhecimento humano sobre a vida: ao dividir a biodiversidade em três domínios (Bacteria, Archaea e Eukarya) e seis reinos (Bacteria, Archaea, Protista, Fungi, Plantae e Animalia), os cientistas conseguem estruturar informações de maneira didática e prática para pesquisa, ensino e conservação.

 

Entenda a importância de classificar os seres vivos

Resumo sobre classificação dos seres vivos por espécie

Exercício de fixação
Passo 1 de 7
ENEM/2014

A classificação dos seres vivos permite a compreensão das relações evolutivas entre eles. O esquema representa a história evolutiva de um grupo.

Esquema da história evolutiva dos cordados.Esquema da história evolutiva dos cordados.

Os animais representados nesse esquema pertencem ao filo dos cordados, porque

A possuem ancestrais que já foram extintos
B surgiram há mais de 500 milhões de anos
C evoluíram a partir de um ancestral comum.
D deram origem aos grupos de mamíferos atuais.
E vivem no ambiente aquático em alguma fase da vida.
Conheça o autor
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Escrito por:
Barbara Mello

Formada em Biologia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Pedagogia pela Univesp e pós-graduada em Ensino de Inglês como segunda língua, com especializações em Disciplina Positiva, Comunicação Não Violenta e Design Instrucional. Atualmente, é professora parceira na FourC Bilingual Academy, Diretora no English Club Educação e professora particular de Inglês.

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