Após negociação com Portugal, França e Inglaterra, Cristóvão Colombo firma acordo com a coroa espanhola para explorar um possível caminho para as Índias. Em agosto de 1492, Colombo parte com três embarcações do Porto de Paios, região da Andaluzia, rumo às Índias. Em 12 de outubro de 1492, aporta na Ilha de São Salvador, na América Central. Atribui-se a ele, portanto, o descobrimento da América.
Após a chegada, Colombo e seus homens percorrem a região em busca das jóias e riquezas, descritas por Marco Polo em sua viagem à China. Ao encontrar-se com os nativos, Colombo acreditou ter chegado a alguma região próximo à Índia. Por esse motivo, os nativos foram chamados de índios, por serem supostamente habitantes das Índias.
Em 1494, o Tratado de Tordesilhas, assinado por Portugal e o Reino de Castela (Espanha), dividiu as terras do novo continente. Após a divisão das terras, os espanhóis deram início ao massacre e escravização da população nativa, processo intensificado pela transmissão de novas doenças trazidas pelos europeus, uma vez que os nativos não tinham anticorpos para combatê-las. O período de conquistas se deu com maior força e violência entre os anos de 1532 e 1580.
Em 1500, os primeiros portugueses chegaram à parte territorial que lhes cabia, de acordo com o Tratado de Tordesilhas, desembarcando na região da atual cidade de Porto Seguro e dando início ao desbravamento da América do Sul e ao descobrimento do Brasil. Em 1516, o rei de Portugal, D. Manuel, enviou navios e homens para que efetivassem a dominação dos povos e explorassem as riquezas que o território e os nativos pudessem oferecer.
Assim como a colonização espanhola, o modelo usado pelos portugueses tinha como principais características:
- Exploração das riquezas naturais;
- Civilização dos povos indígenas por meio da catequese e ação de padres e missionários católicos;
- Conquista e povoamento das áreas;
- Extermínio e escravização das populações locais.
As características do modelo de colonização utilizado demonstram o estabelecimento de poder e da noção de importância do europeu em relação aos indígenas, características que colaboram com a perpetuação da visão eurocêntrica.