Como estudar Literatura para o Enem e outros vestibulares?

Quando Machado de Assis descreveu os olhos de Capitu, uma das personagens principais do livro "Dom Casmurro", como orbes de cigana oblíqua e dissimulada, muito provavelmente o autor não imaginava o quanto a sua obra marcaria a literatura brasileira e, consequentemente, a vida de milhares de vestibulandos. 

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Mesmo após 110 anos da sua morte, o legado do escritor brasileiro ainda é celebrado e relembrado anualmente em provas. Afinal, se você está estudando para o Enem e qualquer outro vestibular, sabe que a literatura brasileira é muito importante e, além do mais, muito cobrada em processos seletivos de diversas universidades.

"A Universidade Estadual do Rio de Janeiro costuma cobrar bastante literatura na prova específica para quem vai fazer cursos que vão ter linguagens na área específica e, sem dúvidas a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade de Campinas (Unicamp), que possuem uma lista extensa de livros que são obrigatórias para a leitura", explica Thiago Braga, gestor de Linguagens e de Convivência Ética do pH.

O também professor especialista em redação relembra que o Enem também exige conhecimentos em Literatura.

"O Enem costuma cobrar bastante literatura, principalmente a leitura e entendimento de poema e texto lírico, por isso é importante conhecer as características dessa modalidade textual. Tivemos recentemente algumas questões bastante direcionadas para o entendimento de escolas literárias e de textos específicos dessas escolas", aponta.

Quer saber como estudar literatura para ir bem no vestibular? Veja as dicas abaixo!

Quais é a escola literária mais cobrada?

Se as suas apostas para a resposta dessa pergunta são Barroco, Romantismo ou até mesmo Simbolismo, você está errado. A escola literária mais cobrada é o Modernismo!

"O Modernismo é a escola literária que mais cai em provas. Então, o aluno precisa de fato entender os movimentos que conduziram até o modernismo. Por isso, o Pré-modernismo e o Modernismo são momentos importantes para ser estudado se você quer ir bem numa prova", indica Thiago. 

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Quais são os principais autores do Modernismo?

Para cada fase, o professor e gestor de Linguagens também sugere que o estudante compreenda as características da época e conheça os autores mais importantes de cada fase, são eles:

• 1ª fase do Modernismo: Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Manuel Bandeira.
• 2ª fase do Modernismo: Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Moraes e Cecília Meirelles.
• 3ª fase do Modernismo: Clarice Lispector e Guimarães Rosa. 

Como otimizar os estudos sobre literatura?

Se você está na busca de algum macete que encurte o caminho para compreender a literatura brasileira, sinto muito, mas isso não é possível! 

O segredo para mandar bem nessa matéria é a antiga fórmula de compreender as características de cada escola literária e reconhecê-las dentro do texto. Como fazer isso? Estudando e resolvendo muitos muitos mesmo exercícios.

"O Enem, por exemplo, é uma prova que trabalha com o desenvolvimento de habilidades. Então, é muito mais que entender meramente a característica, é saber reconhecer como ela está localizada no texto porque, certamente, as alternativas virão buscando esse entendimento e compreensão por parte do aluno", reforça Thiago Braga.

Para o professor e gestor de Linguagens, o "macete" é estudar as características de determina época e focar em exercícios sobre o tema. Para isso, o indicado por ele é dedicar, no mínimo, duas horas semanais para o estudo da literatura. 

Dica extra: para entender melhor literatura, estude as funções de linguagem!

"As funções de linguagem são importantes para entender qualquer processo de comunicaçã, inclusive um processo literário, pois a função poética, que é aquela que garante o uso criativo na linguagem, é uma base para a construção literária", explica o professor de redação. 

A partir das funções de linguagem é possível compreende de forma mais exata qual intenção o autor teve a partir dos recursos utilizados no texto. "Ter o entendimento das funções de linguagem é basal para fazer qualquer tipo de interpretação mais complexa e de textos mais complexos, como são os poemas", finaliza Thiago.

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