Os peroxissomos são organelas celulares delimitadas por uma única membrana, presentes nas células eucarióticas. Seu interior abriga diversas enzimas oxidativas, com destaque para a catalase, que é responsável por converter o peróxido de hidrogênio (H₂O₂) — um subproduto tóxico do metabolismo — em água e oxigênio. Essa ação previne o acúmulo de substâncias nocivas na célula, funcionando como um sistema de proteção interno.
Essas organelas participam de processos que exigem grande controle metabólico, como a quebra de ácidos graxos de cadeia longa, a regulação do colesterol e a biossíntese de certos lipídios. 
Devido à sua ação, os peroxissomos são especialmente abundantes em células do fígado e dos rins, órgãos ligados à filtragem de substâncias e ao metabolismo corporal.
Funções dos peroxissomos no metabolismo celular
A função mais conhecida dos peroxissomos é a decomposição de substâncias tóxicas por meio da oxidação, mas seu papel vai além. A seguir, estão as principais funções associadas a essa organela:
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Oxidação de ácidos graxos: os peroxissomos quebram moléculas de gordura para gerar energia, especialmente em células que não possuem mitocôndrias ativas, como as do fígado. 
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Degradação do peróxido de hidrogênio (H₂O₂): a catalase neutraliza essa substância tóxica, transformando-a em água e oxigênio. 
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Síntese de plasmalogênios: lipídios importantes para a formação da bainha de mielina no sistema nervoso. 
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Metabolismo de aminoácidos e purinas: os peroxissomos ajudam a metabolizar compostos nitrogenados. 
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Detoxificação de xenobióticos: compostos estranhos ao organismo, como medicamentos e álcool, também são processados por essas organelas.