
Gabarito Enem 2025: prova branca
Isabella Baliana | 09/11/25Veja o gabarito extraoficial do Enem 2025 da prova branca e descubra seu desempenho no primeiro dia de aplicação do exame.
A prova do Enem costuma abordar interpretação de texto, atualidades e competências interdisciplinares
Em resumo:
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 começou neste domingo (9), com a aplicação do primeiro dia de provas em todo o país. Milhões de estudantes participaram da avaliação, que serve como porta de entrada para universidades públicas e privadas, além de programas como Sisu, Prouni e Fies.
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A prova teve duração máxima de 5 horas e 30 minutos e contou com as áreas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências Humanas e suas Tecnologias e Redação.

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Vale destacar que, no primeiro domingo, os participantes responderam 90 questões objetivas, distribuídas entre as disciplinas de:
Além disso, os estudantes também produziram a redação do Enem 2025, no formato dissertativo-argumentativo.
O Enem 2025 explorou este ano temas como:
A autora e docente de Linguagens do Colégio e Sistema pH, Larissa Maciel, classificou a prova como “um pouco assustadora” e destacou inovações estruturais.
Segundo ela, um dos aspectos que mais chamaram atenção foi o fato de haver uma única crônica completa com cinco questões relacionadas, o que, segundo a docente, nunca havia ocorrido nas edições anteriores.
Larissa também observou que a prova cobrou estéticas literárias clássicas, com questões sobre Simbolismo e Romantismo, além de manter a tradicional abordagem sobre função social do texto.
As questões de arte foram consideradas mais tranquilas, pois pediam a relação entre texto e imagem, exigindo leitura contextual e compreensão da função estética.
Outro ponto citado pela professora foi a presença de questões sobre coesão e progressão textual, que exigiam maior conhecimento gramatical e sintático. Ela classificou a prova como “levemente conteudista”, mas coerente com o perfil do Enem.
“Foi uma prova com algumas inovações, fontes recentes e um pouco mais conteudista, mas esperada e coerente com o foco nos recursos expressivos”, resume a profissional.
A redação do Enem 2025 trouxe o tema “Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira”, considerado relevante e socialmente sensível pelos especialistas.
Segundo Victor Matheus dos Santos, professor de Redação do Colégio Oficina do Estudante, o assunto representa “uma abordagem diferente dos últimos anos, em que a palavra ‘desafios’ estava presente”.
O professor destacou que a proposta exigia dos candidatos uma reflexão crítica sobre a forma como o Brasil lida com o envelhecimento populacional, especialmente diante da “falta de assistência social do Estado, da valorização da juventude e da crescente exclusão das pessoas mais velhas”.
Para ele, a escolha do tema reforça o caráter social do Enem e oferece boas oportunidades de repertório: “o Enem nos mostra mais uma vez seu olhar apurado para um tópico tão sensível, mas que, por vezes, não está nos holofotes. Alunos e alunas têm diversas oportunidades de associar essa discussão temática a seus estudos, filmes, livros etc”.
De acordo com o autor e professor de Geografia do Colégio e Sistema pH, Eduardo Ramalho, a prova de Geografia do Enem 2025 apresentou grande variedade temática.
O docente destacou que o exame equilibrou temas clássicos e discussões contemporâneas, com forte presença de questões socioambientais, energéticas e culturais.
O primeiro eixo, mais tradicional, reuniu conteúdos ligados à realidade agrária, urbana e ambiental. Segundo Ramalho, o exame trouxe debates sobre concentração fundiária, função social da terra e presença de empresas estrangeiras na produção agrícola brasileira, além de reflexões sobre agrotóxicos e impactos ambientais, como o desaparecimento das abelhas.
O segundo eixo abordou atualidades e energia, com destaque para fontes alternativas pouco habituais no Enem, como a energia geotérmica. Também apareceram questões sobre mudanças climáticas, cidades resilientes, canalização de rios e carros elétricos.
O terceiro eixo, segundo o professor, foi voltado à memória e à geopolítica, com temas como União Europeia, migrações internas (rural e urbana) e relações culturais globais.
A prova também incluiu discussões sobre populações africanas e alteridade, religiões de matriz africana e saberes indígenas, valorizando a dimensão humana e identitária da disciplina.
“Foi um Enem mais humano, com valorização dos saberes tradicionais e das populações indígenas e africanas”, avalia o especialista.
Por fim, Ramalho destacou um quarto eixo, mais estrutural, que retomou fundamentos da geografia física, como intemperismo, agentes exógenos e dinâmica atmosférica, além de poluição do ar e circulação atmosférica.
De forma geral, o professor avaliou que o Enem 2025 em Geografia foi abrangente e coerente com o perfil interdisciplinar do exame, articulando temas ambientais, sociais e culturais com contextos contemporâneos e reflexivos.
O autor e docente de História do Colégio e Sistema pH, Thiago Teixeira, classificou a prova como de nível médio, tendendo ao fácil, e destacou a forte integração entre História, Sociologia e Filosofia.
Segundo ele, o exame trabalhou temas amplos como cidadania, política, justiça, cultura e memória, exigindo do candidato interpretação e domínio conceitual.
“Quem estava alinhado com esses conceitos e com os períodos da Antiguidade e da Idade Moderna se saiu muito bem”, afirma o especialista.
Teixeira ressaltou que, embora o conteúdo fosse acessível, a linguagem das questões era complexa, o que pode ter exigido mais atenção e concentração dos candidatos.
Entre os conteúdos específicos de História, o professor destacou temas recorrentes como o segundo governo Vargas, com foco nas consequências do atentado da Rua Tonelero e seu impacto político, além de questões sobre a Reforma de 1831 e o voto dos analfabetos, a chegada da Imprensa Régia com a corte portuguesa e o projeto de formação de um novo império luso-brasileiro.
Outros temas cobrados incluíram antropofagia e canibalismo, além de discussões sobre o silenciamento e a religiosidade afro-brasileira, o que, segundo o docente, mantém a linha de reflexão social da prova de 2024.
A principal diferença em relação à edição anterior, segundo Thiago, foi a ausência de conexão direta entre o tema da redação e a prova de História, algo que vinha se repetindo nos últimos anos.
O autor e docente de Filosofia do Colégio e Sistema pH, Carlos Henrique, considerou a prova mediana e equilibrada, mesclando interpretação e conteúdo. Ele destacou que o exame se concentrou em quatro grandes frentes: ética, política, justiça e conteúdos clássicos da filosofia.
“A prova estava mediana, não estava difícil. Tinha uma ou outra questão com palavras que podiam confundir, mas difícil, difícil não estava”, comenta o especialista.
Na parte de ética, apareceram textos de Adam Smith, relacionando capitalismo e moralidade, e de Jeremy Bentham, representando a ética utilitarista. Já nas questões de política, o foco foi mais teórico, com abordagens sobre as formas de governo de Aristóteles e a sofocracia de Platão.
“Na política foi bem mais conteudista. Tinha uma questão sobre as formas de governo aristotélica e outra sobre a organização do Estado segundo Platão”, aponta.
Carlos Henrique também destacou uma questão sobre justiça, que dialogava com temas de sociologia, além de uma abordagem filosófica sobre o cosmos de Heráclito. Ele avaliou que o exame manteve nível médio de dificuldade e apresentou boa coerência temática com os anos anteriores.
Em Sociologia, o professor Carlos Henrique identificou dois eixos principais: direitos e cultura. Ele explicou que o exame trouxe uma abordagem social e antropológica, com linguagem acessível e temas próximos da realidade dos alunos.
No campo da cultura, as questões abordaram a identidade social, a valorização de saberes tradicionais e o respeito às religiões de matriz africana. Uma das perguntas discutia o preconceito contra os orixás, relacionando-o ao tema da diversidade religiosa no Brasil.
“Tinha um texto relacionando o Muro de Berlim à identidade de um grupo e outro sobre orixás e preconceitos religiosos”, lembra o professor.
A prova também explorou conceitos clássicos da antropologia, como a distinção entre o “selvagem” e o “civilizado”, e incluiu questões sobre direitos das mulheres e direitos humanos, destacando como o conceito de cidadania se transforma ao longo do tempo.
Além disso, reapareceram temas ligados a Michel Foucault, principalmente a ideia das instituições como formas de controle social, semelhante ao que foi cobrado no Enem de 2024.
O segundo dia do Enem 2025 será realizado em 16 de novembro, com as provas de:
A duração será de 5 horas, e os portões serão abertos às 12h e fechados às 13h (horário de Brasília).
O gabarito extraoficial do Enem 2025 será divulgado ainda neste domingo (9), em parceria da Revista Quero com o Curso Anglo, para todos os cadernos de prova.
Já o gabarito oficial do Inep será publicado até o dia 28 de novembro, no portal enem.inep.gov.br.
A Quero Bolsa, em parceria com o Curso Anglo, irá disponibilizar o gabarito extraoficial do Enem 2025 ao fim da prova, tanto no primeiro quanto no segundo dia.
Para conferir o gabarito e saber quantas questões acertou, basta acessar abaixo:
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