Dentro do desenvolvimento embrionário, após a fecundação, o zigoto ou célula-ovo passa por diversas divisões celulares, em um processo conhecido como segmentação ou clivagem. Durante essas clivagens, o zigoto entra no estágio de blástula, onde fica semelhante a uma amora, com o interior formado por uma cavidade de nome blastocele.
As divisões celulares continuam ocorrendo, e os primeiros processos de diferenciação celular transformam a blástula em gástrula, iniciando, assim, o processo de gastrulação.
Na gastrulação, são formadas as estruturas primitivas, como:
O processo de formação dos órgãos e demais tecidos que compõem o organismo ocorre dentro do estágio do desenvolvimento embrionário conhecido como organogênese.
Após a formação dos folhetos embrionários e das estruturas características como notocorda e arquêntero, as células do embrião passam pelo processo de diferenciação celular.
Na diferenciação celular, sinalizadores são enviados e ativados nas células, de forma que elas mudem sua morfologia e adquiram funções específicas. Após a diferenciação, as células podem se agrupar para formar tecidos que, por sua vez, formam os órgãos do indivíduo.
Portanto, a partir da gastrulação, o embrião entra na fase de organogênese, na qual seus órgãos são formados. Essa fase permanece até o final do desenvolvimento embrionário.
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A organogênese é um conjunto de processos que ocorrem durante o desenvolvimento embrionário. A função desses processos é a formação de tecidos e órgãos que compõem um organismo. Após a etapa de gastrulação, o embrião entra na organogênese e é então que as células começam a se diferenciar e se agrupar, e então os tecidos e órgãos começam a ser formados.
Os folhetos embrionários são as camadas primárias de células, com capacidade de diferenciação que aparecem no embrião. A partir dos folhetos embrionários, também chamados de folhetos germinativos, ou ainda camadas germinativas, é que serão formados os demais tecidos e órgãos de um animal em desenvolvimento embrionário.
Os animais mais primitivos na escala evolutiva, como os poríferos e os cnidários, apresentam apenas dois folhetos embrionários (ectoderma e endoderma) e são chamados de seres diblásticos.
Os demais filos de animais apresentam, além do ectoderma e do endoderma, um terceiro folheto, localizado entre os outros dois, chamado de mesoderma. São chamados de triblásticos.
Os folhetos embrionários são formados na etapa de gastrulação do embrião, mas é na organogênese que se diferenciam para formar os diversos órgãos e tecidos presentes em um indivíduo.
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Folheto ou camada em contato com o meio externo e que é responsável por originar:
Folheto localizado entre o ectoderma e o endoderma, que forma:
Folheto mais interno, responsável pela formação dos:
Na organogênese de alguns cordados, a partir dos folhetos embrionários, são finalizadas as estruturas dos anexos embrionários. São estruturas que não fazem parte do embrião, mas que possuem a função de auxiliar no seu desenvolvimento.
Esses anexos embrionários começam a ser formados no final da gastrulação, mas só são finalizados e desempenham suas funções a partir da organogênese:
Após a formação dos folhetos embrionários e das estruturas características como notocorda e arquêntero, as células do embrião passam pelo processo de diferenciação celular.
No início da gastrulação ocorre uma ativação dos genes e consequente síntese de novos tipos de proteína. Porém, isso não é o suficiente para a formação de diferentes tecidos, órgãos e sistemas. Para a formação dessas estruturas mais complexas, essas novas proteínas devem migrar para diferentes partes do embrião, para sofrer tipos diferentes de diferenciação.
Na diferenciação celular, sinalizadores são enviados e ativados nas células, de forma que elas mudem sua morfologia e adquiram funções específicas. Após a diferenciação, as células podem se agrupar para formar tecidos que, por sua vez, se agrupam e formam os órgãos do indivíduo.
Oganização dos folhetos embrionários após a gastrulação. (EternamenteAprendiz, CC BY-SA 3.0 <https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0>, via Wikimedia Commons)
No total são três os folhetos embrionários (ectoderma, mesoderma e endoderma) que darão origem a todos os tecidos e órgãos que compõem o organismo.
O ectoderma é o folheto mais externo no embrião. A epiderme e seus anexos, sistema nervoso, epitélios de revestimento da boca, anus e nariz são formados a partir do ectoderma.
O mesoderma é o folheto embrionário “do meio”, entre o ecto e o endoderma. Este folheto dá origem a derme, músculos, tecidos conjuntivos, tecido sanguíneo, tecido linfático, sistema genital e ainda delimita o celoma.
Por fim, o endoderma é o folheto embrionário localizado mais internamente. Estruturas como os epitélios de revestimento do sistema digestório, fígado, pâncreas e sistema respiratório são formados pelo endoderma.
Sumário do destino dos folhetos embrionários dos mamíferos. (Fonte: https://uab.ufsc.br/biologia/files/2020/08/Capitulo_07.pdf)
Um fato importante e que vale a pena ressaltar é o fato do ectoderma, folheto embrionário mais externo, dar origem à crista neural que, por sua vez, migra pelo corpo e origina diversos tipos celulares.
Em resumo, podemos dizer que a organogênese se inicia a partir da gastrulação e permanece até o final do desenvolvimento embrionário.
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Assinale a alternativa incorreta quanto aos tecidos e aos órgãos derivados dos folhetos embrionários.